segunda-feira, 3 de novembro de 2014

TORRE DE MONCORVO -RESTAUROS PRIVADOS


                                                  Click na imagem para aumentar.

Repetição de um post anterior, por ser mais rigorosa a visão  com esta fotografia que me enviaram posteriormente .Verifica-se melhor a alteração profunda, que se concretizou na transformação de uma casa abandonada e em ruínas no edifício que nos orgulha a todos e contribui assim para o restauro do centro medieval da vila. Sem iniciativa privada não há vida .Cada um no seu lugar :a câmara faz (e bem)o que é da sua competência e o IPPAR tem que tomar consciência das realidades.

(Reedição de posts desde o inicio do blogue)

9 comentários:

  1. paulo patoleia disse...
    Muito oportuna esta singela homenagem á mestra de três gerações de raparigos, que ontem a recordaram com tanto afecto, por certo o mesmo afecto que receberam da tiua Marquinhas em crianças. As memórias fazem parte do nosso crescimento espiritual e quando partilhadas, são como que janelas entreabertas sobre o passado para as gerações do futuro.
    paulo patoleia
    20 de Setembro de 2009 15:31
    Marco Deus disse...
    Quero aqui deixar os meus sinceros parabéns ao Sr. paulo Patuleia pelo trabalho desenvolvido na recuperação dos edificios envolventes à Capela de Nossa Senhora dos Remédios. Eu próprio tive a oportunidade de visitar o local ainda no decorrer das obras, e pude ai verificar o bom trabalho desenvolvido, numa perfeita adapatção entre o rigor Histórico e as funcionalidades mais modernas. Não estive presente neste evento pois não tive conhecimento do mesmo antecipadamente. Deixo desde já as minhas felicitações ao mentor deste projecto, pois a ele cabem todos os méritos. Mais tarde poderei desenvolver uma matéria mais aprofundada sobre este mesmo projecto. Até lá desejo apenas "Força" ao Paulo.
    Um abraço.
    21 de Setembro de 2009 23:58

    Textos relacionados com o post e encontrados na net.
    By GOOGLEMAN

    ResponderEliminar
  2. Textos relacionados com o post e encontrados na net.
    By GOOGLEMAN

    Mas o dia 19 continuou com a projecção dos filmes do Lelo " Encomendação das Almas" e Gente do Norte" , os dois documentários com texto do Rogério. Temática , cenário e tempo totalmente distintos, ambos nos marcam profundamente.
    E o banho de cultura do dia 19 continuou, para mim e para alguns Amigos: fomos ver o Núcleo Museológico de Fotografia do Douro Superior. "Espaço de Cultura e Baú de Memórias" lhe chama o Professor Arnaldo Silva na revista nº 1 "Superior D'ouro". É, relmente, isso, mas é muito mais do que isso, pois ali encontramos o extraordinário trabalho de longos anos de um homem, um homem apenas, sem apoios nem ajudas, guiado somente pelo seu amor à fotografia. Mas o ideal é ir ver com os próprios olhos e não se ficar pelo que os olhos de outrem viram e as suas palavras expressaram. E terá a acompanhá-lo as claríssimas explicações do Professor Arnaldo e o cálice de vinho fino e as nossas amêndoas torradas e cobertas.
    Pasme-se, mas o banho de cultura do dia 19 ainda não terminou: rua da Misericórdia abaixo, fomos dar ao arco da Senhora dos Remédios, uma das antigas portas da vila. Na casa anexa ao arco morava a nossa velha Mestra Marquinhas dos Remédios, mestra de várias gerações de crianças. Esta casa está quase recuperada para "Turismo de Habitação" e o seu proprietário, o Paulo Patoleia, está a fazer, segundo me pareceu, um bom trabalho. Pois o Paulo fez questão de colocar no interior da casa uma cópia da estorinha que em tempos escrevi sobre a nossa Mestra. E na parede exterior da casa destapámos uma pequena placa, que reza assim:
    " Em memória da nossa Mestra Marquinhas dos Remédios,
    retribuindo o afecto recebido".
    Um grupo de raparigos.
    Também aqui O Paulo nos brindou com uma saborosíssima merenda típica da nossa terra.

    ResponderEliminar
  3. O último comentário é da autoria de Júlia Barros Ribeiro.

    GOOGLEMAN

    ResponderEliminar
  4. Na aula" da Marquinhas dos Remédios (era assim chamada porque ao lado da casa havia e ainda há uma pequenina Igreja com o n"busto" da Nossa Senhora dos Remédios)não havia relógio. Por isso, pertinho do meio-dia, ia eu e o Quim Reis (filho do Sr. Porfírio da Padaria do Sr. Paiva) para o muro da casa para ouvir tocar o meio-dia nos sinos da torre da nossa Igreja. Que saudades! Fui aluno dela como o foi a minha Mãe e também a minha própria Avó!!! Vejam lá como a Sr. Marquinhas dos Remédios era velhinha !!!

    ResponderEliminar
  5. Bem vindo a bordo, Júlio.
    Tens que transmitir ,através do blogue,a tua memória de Moncorvo.Comenta,envia fotos,textos,o que quiseres...mas manda!
    Lelo.

    ResponderEliminar
  6. Dou razão ao Lelo,o Júlio tem mt k contar.E ainda não biu a foto do pai ,jogador da A.A.de Moncorvo birgula k está escarrapatchado noblog.Inté tá u horacio espalha nobinho em folha.Mais lá pó fundo!!Bai lá k bale a pena!I bota sentença.no tebaldes!

    ResponderEliminar
  7. Restaurar é preciso!Toda zona da Misericórdia precisa de uma volta como foi a do centro da vila.Não esquecer que foi aqui que tudo começou.
    Na zona medieval, o restauro tem sido quase só da responsabilidade da família Patuleia.
    L.A.G.

    ResponderEliminar
  8. Anónimo disse...
    A MARQUINHAS DOS REMÉDIOS
    A Senhora Marquinhas dos Remédios tinha este nome, porque morava numa casa que pegava com o arco da capela de Nossa Senhora dos Remédios. Nunca ninguém soube qual era o seu ver¬dadeiro nome. Nunca casou e toda a vida foi a Senhora Mestra. E foi mestra de várias gerações, pois morreu, lúcida, com noventa anos e começou a ser mestra ainda não tinha vinte.
    As meninas iam para a Mestra muito antes de entrarem na escola e, enquanto frequentavam a escola, continuavam a ir para a Mestra durante as férias, pois a Senhora Marquinhas dos Re¬médios nunca fechava. Iam para a Mestra as filhas de campone¬ses e as de pessoas mais abastadas. Só deixavam de ir as mais pobres, quando as mães precisavam de mais um par de mãos para ajudar no rebusco da azeitona ou para ir à espiga. Depois da 3a ou da 4a classe, aí entre os nove e os onze ou doze anos, era o traba¬lho que impunha as suas regras e acabava-se o tempo da Mestra.
    Aprendíamos a fazer faixa, isto é, aprendíamos a manejar duas agulhas de malha. O tamanho da faixa dependia da quantidade de restos de lãs que as mães arranjassem. No fim, a faixa era levada para casa e pendurada à janela ou num pauzinho espetado entre duas pedras da parede, para que o cuco pudesse ver como estava bem feita. Se houvesse uma malha caída ou um ponto errado, então o cuco viria bicar-nos os olhos enquanto dormíamos. Por isso, tínhamos um cuidado enorme quando a Mestra dizia: "Está aqui uma burricada. Ripa tudo e faz de novo. Olha que vem ..........................
    ................................................................
    A Pedagogia e a Vida ensinam-nos que nem só a inteligência é importante. A memória ajuda muito. Sem memória nem sabería¬mos quem somos.
    Mas a nossa Mestra sabia isso tudo! E levava tudo isso à prática.
    Foi uma instituição em Moncorvo, a nossa Mestra, a Senhora Marquinhas dos Remédios!

    In "De Olvido e de Silêncio"
    crónicas e contos
    de Júlia de Barros Biló

    ResponderEliminar
  9. Também frequentei o"jardim de infância" da Senhora Marquinhas dos Remédios, saudosa Mestra, que me ensinou, com sucesso, as primeiras letras, os primeiros números, a fazer a faixa, mas que encontrou a minha resistência na produção da meia, da renda e de outras maravilhas que as nossas mães, tias, avós e vizinhas tão bem executavam.Lá me reencontrava com os raparigos da minha rua, lá conheci outros, mais tarde companheiros da primária, lá aprendi, além das letras, dos números e da faixa, a conviver saudavelmente com "filhos de camponeses e filhos de pessoas abastadas".
    Uma placa evocativa é o mínimo que se pode fazer em homenagem à querida Mestra.

    Outra voluntária,
    M.M.

    Textos relacionados com o post e encontrados na net.
    By GOOGLEMAN

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.