Os doentes do
distrito de Bragança que se deslocam ao Hospital de Mirandela são muitas vezes
obrigados a pagar valores exorbitantes pela deslocação de volta para casa, isto
porque a comparticipação para este tipo de deslocações foi cortada, revela o
jornal Público.
Alguns habitantes
do Nordeste Transmontano veem-se “obrigados a percorrer longas distâncias, que
deixaram de ser comparticipadas” para irem até ao Hospital, mesmo em caso de emergência médica em que são
transportados pelo INEM. Depois são deixados “a 30, 60 ou mais km de casa”,
sendo que o seu regresso “pode custar 150 euros de táxi” e esta quantia é “uma
parte considerável da pensão de reforma da maior parte dos utentes da região”,
revelaram ao Público responsáveis da Secção Regional do Norte da Ordem dos
Médicos.
Mas a situação
difícil não se fica por aqui. Segundo os mesmos, os doentes que se deslocam ao
serviço de urgência do Hospital de Mirandela, que tem a designação de
médico-cirúrgico, mas que por falta de médicos assegura apenas serviços básico,
são obrigados a pagar uma taxa moderadora de 18,05 euros, valor que excede o
que deveria ser pago uma vez que não corresponde ao serviço de que os doentes
usufruem.
O serviço
prestado por este hospital está limitado a um cirurgião, facto que infringe as
regras deste setor, que estabelece como obrigatória a presença de dois
profissionais de saúde deste âmbito. Este problema implica que caso um doente
necessite de anestesia que apenas a possa receber até à meia-noite.
Fonte: http://www.noticiasaominuto.com/pais/235043/doentes-pagam-ate-150-euros-para-regressar-a-casa
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