domingo, 29 de junho de 2014
"Contos no Terreiro ao Luar de Agosto" no Moínho do Papel em Leiria
Foi ontem a apresentação dos "Contos no Terreiro ao Luar de Agosto" no Moínho do Papel em Leiria. O Dr. Baptista Lopes não pôde vir, veio a Sofia Diogo em representação da Editora.
A data também não foi a mais adequada : inicio de férias, pais e meninos mortinhos por praia e por passear...
Só estiveram vinte e poucas pessoas. Mas vá lá que todas compraram livros. A Câmara, apesar do livro nada ter a ver com Leiria, também vai comprar alguns para distribuir pelas bibliotecas.
O Augusto Mota fez uma apresentação muito curiosa e que muito agradou aos ouvintes .
Já estão combinadas duas sessões em escolas para Setembro (início de aulas).
J.R.
Tiago Patrício leva o processo revolucionário até uma terra perdida no meio das serras transmontanas.
Mil novecentos e Setenta e Cinco, assim mesmo por
extenso, é a Revolução de Abril a atiçar eufórica o fogo revolucionário numa
aldeia de Trás-os-Montes.
Na raia, à vista das serras e das fragas, entre senhores
feudais, bastardos, criadas, lavadeiras e pastoras, o espírito novo tenta
germinar em terra seca de arrebatamentos. Num lugar onde a autoridade terrena e
espiritual partilham dono — e não é o altíssimo — e os sonhos se enterram mais
depressa do que os homens.
Ao segundo romance, Tiago Patrício volta às paisagens que
bem conhece, as mesmas terras que davam título ao livro com que ganhou o prémio
revelação Agustina Bessa Luís em 2011 (Trás-os-Montes), para nos
oferecer um primoroso estudo de um lugar identificável no espaço mas avesso a
submeter-se ao tempo. A qualquer um: no interior atávico, a mudança é adjectivo
ruim, coisa do diabo. “Há muitos montes à nossa volta, dizem que o Estado Novo
também teve dificuldade em chegar cá e agora somos o último reduto da
servidão”, diz um dos personagens no decurso do Processo Revolucionário (p.
62). É difícil arrancar maus hábitos, resignações.
Remetendo pelo título ao Noventa e Três de
Victor Hugo e, por consequência, à Revolução Francesa, Mil Novecentos e
Setenta e Cinco é menos idealista no seu retrato e mais terreno nos
que retrata. E embora se possam usar os personagens como arquétipos de um mundo
que se basta a si mesmo por não querer (saber?) olhar mais além, o escritor
evita que isso seja da sua lavra. Prefere que seja o leitor a colher.
O que, sim, há neste livro é um domínio invejável do diálogo
como motor essencial da narrativa — fruto do gosto pelo teatro e do trabalho de
Tiago Patrício na dramaturgia —, uma preocupação atenta à caracterização
rigorosa de um microcosmos com linguagem e características próprias — não só no
espaço, também no tempo —, fechado às influências externas: um feudo onde ainda
não chegara a televisão, esse instrumento essencial da democratização — e da
uniformização. Como afirma Fernanda, a estudante que vem do Porto para ver de
perto a revolução a acontecer: “Estou fascinada com a tua aldeia, Horácio. Se a
pudesse descrever com uma frase, acho que diria que é um paraíso desconhecido
até para quem cá mora. Parece que vive aqui um povo isolado do mundo.” (p. 265)
E Horácio não tem outra coisa para responder que um “nós somos de ferro…
Fernanda.”
A aldeia é um microcosmos suspendido durante um ano, como um
limbo histórico, um parêntesis de modernidade na narrativa habitual, onde até a
morte descansa para desgraça do coveiro que acabará dedicado às leituras e às
escritas por ausência de quem enterrar (“Bons tempos, em que as pessoas ficavam
doentes e dali a um par de meses morriam. Agora não, é uma desgraça”). Há nas
suas narrativas, introduzidas quase no fim do livro, contornos de fantasia que
nos remetem para Alexandre Herculano: “Vós, os que não credes em bruxas, nem em
almas penadas, nem em tropelias de Satanás, sentai-vos aqui à lareira, bem
juntos ao pé de mim (…) e não me digam no fim: — ‘não pode ser.’ – Pois, eu sei
cá inventar coisas destas? Se a conto, é porque a li num livro muito velho. E o
autor do livro velho leu-a algures ou ouviu-a contar, que é o mesmo, a algum
jogral nos seus cantares” (Lendas e Narrativas).
É como a revolução: outros continuarão a usá-la como assunto
literário e a contar o que nela foi feito e o que dela se fez com narrativa
empolgante, metáfora boa, personagens de se lhe tirar o chapéu, mas ninguém
contará tão bem como Tiago Patrício a história da revolução nesta aldeia.
http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/ha-revolucao-na-aldeia-1659130
O Douro é património mundial mas quanto é que isso vale para a região?

Reforçar a aliança entre a ciência e a cultura e apurar
quais são os benefícios reais que esta união - a razão de ser da UNESCO -
representa para uma região classificada é o principal objectivo de várias
entidades ligadas ao Alto Douro Vinhateiro (ADV) que se reuniram nesta
quarta-feira na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). A Comissão
Nacional da UNESCO, o Comité Português para o Programa Internacional das
Geociências e a UTAD realizaram um ciclo de conferências para debater o futuro
do Douro Património Mundial.
Perceber e demonstrar a importância e o valor da aliança
entre ciência e cultura para um território que conta com duas chancelas UNESCO
- o Alto Douro Vinhateiro e o Parque Arqueológico do Côa - é um dos principais
objectivos da Comissão Nacional da UNESCO. “A ciência e a cultura devem
funcionar em conjunto para promover de forma sustentada o desenvolvimento do
território”, adianta o presidente do Comité Nacional para o Programa
Internacional de Geociências, Artur Sá. Nesse sentido, a organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência e Cultura já está a realizar um estudo sobre o
real valor da "marca" UNESCO em termos económicos.
Depois do Reino Unido, Portugal é o 2º Estado Membro dentro
dos 195 estados-membros existentes que vai fazer esta investigação. O objectivo
é perceber se esta certificação de qualidade é ou não uma mais-valia, até que
ponto é monitorizado e avaliado o número de turistas, o impacto que causa no
território e que novas oportunidades se criaram com essa chancela.
Para isso, a Comissão Nacional da UNESCO lançou um desafio
aos gestores dos quinze sítios nacionais, classificados como Património Mundial
da Humanidade, às sete reservas da biosfera e aos três geoparques para que colaborem nesse estudo. “Não há
estudos efectivos que apurem se faz diferença ou não um território ter a
chancela da UNESCO. Queremos ter esse estudo para depois, comparativamente,
perceber o que é que podemos melhorar e como é que podemos colaborar para
tentar rentabilizar" essa classficação, adianta Elizabeth Silva,
representante do sector das ciências da Comissão Nacional da UNESCO.
“Estas duas chancelas têm contribuído para uma maior
notoriedade do Douro”, não tem dúvidas o vice-reitor para o Planeamento e
Estratégia e Organização da UTAD, Artur Cristóvão.
Mas, apesar da classificação e das enormes mais-valias da
região, também há fragilidades. Artur Cristóvão, recordou que “o Douro tem
activos fundamentais para o seu desenvolvimento mas também tem debilidades que
têm de ser vencidas com mais articulação”.
João Rebelo, professor da UTAD e um dos oradores do
seminário, adiantou que o Douro está “em condições de manter a sua
classificação apesar de haver algumas actividades que afectam negativamente os
seus valores”. Entre estas ameaças, foram referidas as vinhas em patamares
largos, alguns novos hotéis e problemas pontuais resultantes do próprio
desenvolvimento económico. A barragem de Foz Tua, como as linhas de alta
tensão, foram consideradas por João Rebelo “problemas pontuais que não vão pôr
em causa a classificação do Alto Douro Vinhateiro”. Este investigador está a
participar no estudo sobre o estado de conservação do ADV, que está em fase de
conclusão, para ser apresentado à UNESCO no início do próximo ano.
Uma das principais conclusões do debate sublinhou que só com
uma aliança entre a ciência, a educação e a cultura se conseguem criar
sinergias e parcerias vitais para a salvaguarda, desenvolvimento e
sustentabilidade do Alto Douro Vinhateiro, estando já a ser realizados
projectos nesse sentido.
Célia Ramos, da CCDRN, garante que “é importante uma
aproximação à comunidade científica e cultural pois o Douro transpira valor
económico e social”, acrescentando que, no entanto, “ainda há muito a fazer” no
campo da inovação social.
Incrementar o conhecimento científico como motor de
desenvolvimento regional é, assim, essencial. Nesse sentido, a Fundação Côa
Parque, através do projecto “Côa na escola”, quer que as escolas da região
façam visitas ao património do Vale do Côa para lhes mostrar as facetas geológicas,
os valores culturais e o património arqueológico característico da região, como
a arte rupestre. “É muito importante avançar com este tipo de projectos porque
estamos a preparar as gerações futuras para serem os guardiões destes
patrimónios mundiais”, explica António Batarda Fernandes, da Fundação Côa
Parque.
Elizabeth Silva concorda e reforça que é importante que as
pessoas reconheçam não só os locais classificados como património mundial, mas
que tenham um sentido de pertença a esses bens: “É necessário que as
comunidades escolares estejam envolvidas e sensibilizadas para o património.”
Fonte: http://www.publico.pt/local/noticia/utad-e-unesco-querem-que-ciencia-e-cultura-andem-de-maosdadas-1660494
Torre de Moncorvo - Capela de Santo António e solar
DescriçãoA capela integra-se ao centro do solar da família do Visconde de Marmeleiro. Esta está separada do resto do edifício por duas pilastras que sobem até à cornija. A porta é de vão recto, sendo ladeada por pilastras que terminam por duas pequenas pirâmides boleadas. Entre estas situa-se o frontão triangular estando inscrito no meio a data da instituição da capela. Por cima do frontão mostra-se o brasão policromo da família e, por cima da cobertura exterior, existe uma pequena sineira sobrepujada por cruz. No interior a nave é simples realçando o altar-mor que é ornamentado com talha. Digna de reparo é a falsa abóbada de berço em caixotões pintada com cenas de temática religiosa e naturezas mortas que alguns autores atribuem a Josefa de Óbidos. | |||
Acessos | |||
Rua Visconde de Vila Maior |
sábado, 28 de junho de 2014
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Torre de Moncorvo - Produtos de qualidade
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Cozinha Regional de Carviçais |
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Queijo Terrincho |
Entende-se por:
"Queijo Terrincho", o queijo curado, de pasta
semidura, ligeiramente untuosa e com alguns olhos, branca e uniforme, obtido
por esgotamento lento da coalhada, após a coagulação do leite cru de ovelha da
raça Churra da Terra Quente (terrinchas), estreme, por acção de coalho animal.
"Queijo Terrincho Velho" , o queijo curado a 90 ou
mais dias, de pasta dura, untuoso, com alguns olhos, amarelada, crosta de cor
vermelho, obtido por ser untado com colorau ou massa de pimentão, sendo
conhecido também por Queijo Terrincho Apimentado.
Características:
Aldeia de Uva - II Encontro de Arquitectura tradicional e sustentabilidade - Concelho de Vimioso
Numa época marcada pela crise e também por uma crescente consciência ambiental, a eco- ou bio-construção tem tido uma projecção cada vez maior. Ainda que os seus princípios fundamentais possam parecer novidade face às práticas que se tornaram mais comuns durante as últimas décadas, a verdade é que grande parte deles está presente em exemplares de arquitectura tradicional um pouco por todo o mundo. Assim, compreender esse conhecimento que, em muitos casos, foi construído ao longo de séculos, vem reforçar a importância e o potencial de técnicas de construção tradicionais sustentáveis.
Depois de uma primeira edição que decorreu num simpático e produtivo ambiente familiar, o II Encontro de Arquitectura Tradicional e Sustentabilidade, a ter lugar em Uva, de 11 a 13 de Julho, procurará encontrar coesão na diversidade, com exposições, cursos práticos introdutórios e intensivos, cinema e palestras, espaços de discussão e convívio.
PROGRAMA
Sexta-feira, dia 11 de Julho9h00: Recepção aos participantes9h30: Cursos práticos intensivos (a decorrer em paralelo) - Construção em terra – Tierra de l Praino - Participação nos trabalhos de recuperação de um pombal tradicional – Palombar (a confirmar, dependendo do número de participantes)
Depois de uma primeira edição que decorreu num simpático e produtivo ambiente familiar, o II Encontro de Arquitectura Tradicional e Sustentabilidade, a ter lugar em Uva, de 11 a 13 de Julho, procurará encontrar coesão na diversidade, com exposições, cursos práticos introdutórios e intensivos, cinema e palestras, espaços de discussão e convívio.
PROGRAMA
Sexta-feira, dia 11 de Julho9h00: Recepção aos participantes9h30: Cursos práticos intensivos (a decorrer em paralelo) - Construção em terra – Tierra de l Praino - Participação nos trabalhos de recuperação de um pombal tradicional – Palombar (a confirmar, dependendo do número de participantes)
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Guardia Civil de Vitigudino em Moncorvo
Vitigudino é um município da Espanha na província de Salamanca, comunidade autónoma de Castela e Leão, de área 52,33 km² com população de 2923 habitantes e densidade populacional de 56,67 hab/km².
Torre de Moncorvo promove Férias de Verão na Biblioteca

Este programa destina-se a crianças dos 6 aos 12 anos e
desenrola-se das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 16h00, com o apoio de uma
educadora de infância e um animador.
Normalmente durante a manhã os mais novos assistem à
exibição de um filme de animação na sala do conto e à tarde participam num
atelier de construção onde podem aprender a criar vários animais e objetos com
diversos materiais.
O Município de Torre de Moncorvo disponibiliza gratuitamente
uma forma de ocupar as crianças durante as férias, enquanto os pais exercem a
sua atividade profissional.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 25 de Junho de 2014
Luciana Raimundo
Torre de Moncorvo - 5º Encontro de Idosos

Às 10h30 tem lugar uma missa campal seguida da atividade
“Idosos em Movimento”, onde os utentes das Instituições Particulares de
Solidariedade Social do concelho são chamados a fazer alguns exercícios
físicos. Logo depois realiza-se um almoço convívio entre todos.
Durante a tarde decorrem as atuações das Instituições
Particulares de Solidariedade Social, onde a animação será garantida. Este dia
especial para os idosos do concelho termina com um lanche convívio.
Esta iniciativa é promovida pelo Município de Torre de
Moncorvo através da Rede Social e em conjunto com os parceiros do Conselho
Local de Ação Social de Torre de Moncorvo.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 26 de Junho de 2014
Luciana Raimundo
Torre de Moncorvo - Programa Natação 2014
Piscinas Municipais de Ar Livre | 10 Bilhetes | 20 Bilhetes | |
Dos 7 aos 17 anos | 1,50 € | 13,50 € | 25,00 € |
Cartão Jovem | 2,00 € | 18,00€ | 35,00 € |
Dos 18 aos 65 anos | 2,50 € | 22,00 € | 40,00 € |
+ 65 anos | 1,50 € | 13,50 € | 25,00 € |
A partir das 17h00 (dias úteis) 1,00 €
Aluguer de espreguiçadeiras:
Diário: 3,50€
Até 14h00: 2,50€
A partir das 14h00 - 2,50€
Aldeia de Uva - Workshop de Carpintaria 5 e 6 de Julho - Concelho de Vimioso

É no sentido de transmitir e, assim, dar continuidade a alguns destes saberes e técnicas que a Palombar decidiu organizar este primeiro Workshop de Carpintaria, a realizar na aldeia de Uva, a 5 e 6 de Julho. Os conhecimentos adquiridos serão aplicados na construção de portas para os pombais, contribuindo assim o trabalho dos participantes para o esforço que a Palombar tem vindo a desenvolver para recuperar estes símbolos da paisagem transmontana.
PROGRAMA
Sábado, dia 5 de Julho9h00: Recepção dos participantes
9h30: Introdução teórica
10h00: Início da componente prática: Construção de portas a meia esquadria
12h30: Almoço
14h30: Continuação dos trabalhos
18h00: Fim dos trabalhos do dia
Domingo, dia 6 de Julho9h30: Continuação dos trabalhos
12h30: Fim dos trabalhos e almoço
Torre de Moncorvo - Visita de estudo
Alunos da escola de Benlhevai, Vila Flor, visitaram o N.M.F.D.S., a Casa da Roda e o núcleo museológico de Arte Sacra de Torre de Moncorvo
Afastada hipótese de desclassificação do Douro como património mundial

“Depois das diversas reuniões realizadas esta semana fiquei
com a noção clara de duas coisas: os compromissos assumidos pelo Estado
português perante a UNESCO estão a ser cumpridos e o processo de avaliação
ambiental da linha de muita alta tensão que está a decorrer não põe em causa
aqueles que são os princípios dos critérios que a UNESCO exigiu em todo este
processo”, explica Luís Ramos.
Todos os anos são levadas situações de risco ou de ameaça ao
Comité do Património Mundial da UNESCO. O início da construção da barragem de
Foz Tua levou a organização das Nações Unidas, numa primeira fase, a incluir o
Alto Douro Vinhateiro na lista do património em risco. Neste momento, o risco
de desclassificação do Douro Património Mundial está afastado. Este ano, o
Douro Vinhateiro não vai ser discutido, o que, segundo Luís Ramos, “é um bom
sinal”. “Havia a ideia de que há uma série de violações neste processo mas a
UNESCO, pelo menos por agora, não tem razões para preocupações maiores com a
situação do Douro e a classificação do Douro como Património Mundial”.
A UNESCO exigiu na decisão de São Petesburgo que a avaliação
do processo tivesse em conta dois critérios fundamentais: que a linha de muito
alta tensão saísse o mais rapidamente da zona classificada e que fossem
utilizados canais por onde já passam linhas eléctricas para implantar a nova
linha eléctrica. “Quanto me foi dado a saber, a solução respeita integralmente
estes dois critérios, o que naturalmente constitui um factor de tranquilidade
relativamente à manutenção do estatuto e à preservação do património mundial do
Alto Douro Vinhateiro”, adianta Luís Ramos.
A consulta pública do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para
a linha de alta tensão que ligará a barragem do Tua à rede eléctrica no Douro
já terminou, estando agora a ser ultimado o relatório do EIA para seguir para a
UNESCO. Em junho do ano passado, a organização aprovou o projecto de
deliberação que compatibiliza a Barragem de Foz Tua com o Douro Património
Mundial.
A Comissão Parlamentar do Poder Local vai realizar uma
visita ao Douro no dia 21 de Setembro. O Bloco de Esquerda e Os Verdes
apresentaram petições relativamente aos impactos da construção da barragem de
Foz Tua. No âmbito da desta discussão, foram ouvidas várias entidades e o
objectivo da visita será a realização de um debate no Tua sobre esta questão.
Fonte:
http://www.publico.pt/local/noticia/afastada-hipotese-de-desclassificacao-do-douro-como-patrimonio-mundial-1660347
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Moncorvo - Final de Ano letivo da Escola Municipal Sabor Artes assinalado com Concerto

Ao palco sobem
todas as classes da escola, nomeadamente as turmas de Piano, Guitarra,
Cavaquinho, Acordeão, Violino, Bateria, Coro, Coro Infantil, Canto, Prática de
Conjunto, Formação Musical, Dança Clássica e Dança de Salão, com actuações
individuais ou em conjunto.
O espectáculo
realiza-se ao ar livre e é gratuito.
Câmara Municipal
de Torre de Moncorvo, 24 de Junho de 2014
Luciana Raimundo
Autarcas de Trás-os-Montes não sabem que escolas vão encerrar

No final da reunião, que decorreu esta segunda-feira no Porto, o presidente da Câmara de Mirandela, o António Branco, afirmou à Lusa que a DREN «não adiantou nada» com o argumento de que «tem de ser o Ministério da Educação a divulgar essa informação».
Segundo o autarca social-democrata, a reunião já estava agendada há algum tempo e coincidiu com o anúncio do Ministério da Educação e Ciência de que vai fechar 311 escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico e integrá-las em centros escolares ou outros estabelecimentos de ensino, no âmbito do processo de reorganização da rede escolar.
Quais as escolas que constam desta lista, era o que os autarcas pretendiam saber, mas, de acordo com o presidente da Câmara de Mirandela, a reunião com a DREN «não serviu para nada».
Em Trás-os-Montes têm surgido posições de contestação ao encerramento de mais escolas desde que, em março, o ministério fez chegar aos municípios orientações para fechar escolas com menos de 21 alunos e jardins-de-infância com menos de 20 crianças, no próximo ano letivo.
A concretizar-se esta orientação, o concelho de Bragança, que é o mais populoso do Nordeste Transmontano, ficaria reduzido praticamente aos dois polos escolares da cidade.
O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, que não esteve na reunião de hoje no Porto - fez-se representar - garantiu à Lusa que não conhece a lista das 311 escolas anunciada recentemente pelo Ministério da Educação e, concretamente, a que diz respeito ao seu concelho.
O autarca social-democrata afirmou que ainda aguarda a resposta do ministério à contestação feita pelo município quando foram conhecidas as primeiras orientações do Governo.
Nesse cenário, Bragança perdia três escolas do ensino básico e três jardins-de-infância.
Hernâni Dias espera que a contestação seja aceite e que encerrem menos estabelecimentos, sem adiantar números.
Já o autarca de Mirandela, recusa «assumir qualquer responsabilidade» neste processo.
«Não me responsabilizo por esse processo», declarou António Branco, vincando que, se o Ministério da Educação avançar com os encerramentos, «que assuma tudo o que isso implica», incluindo os custos, nomeadamente de transporte das crianças.
António Branco sublinhou que «o encerramento pressupõe a transferência das crianças para melhores equipamentos», o que não é o caso de Mirandela que aguarda há quase três anos por verbas para renovar o «degradado parque escolar».
Fonte:
http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/braganca-escolas-mec-ensino-encerramento-tvi24/1561215-4071.html
terça-feira, 24 de junho de 2014
Sendim - Investigador da cultura mirandesa "rendilha" pedaços de madeiras
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Audio RR clique aqui |
Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=153089
GDM (Moncorvo) - I Torneio de Petizes e Traquinas com participação de cerca de 90 atletas

Participaram nesta competição a Geração Benfica-Mãe de Água
de Bragança com a escola de petizes e a escola de traquinas, Macedo de
Cavaleiros e Trancoso com uma equipa de traquinas, o Grupo Desportivo de
Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta com duas equipas cada, uma de traquinas e
outra de petizes.
O torneio teve início às 10h00 e terminou às 17h30,
realizando-se a meio do dia um almoço de confraternização entre todos os
participantes.

Esta iniciativa foi organizada pela Junta de Freguesia de
Torre de Moncorvo, Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e Grupo Desportivo de
Torre de Moncorvo, com o apoio dos Bombeiros Voluntários de Torre de Moncorvo e
do Destacamento Territorial da Guarda Nacional Republicana de Torre de
Moncorvo.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 23 de Junho de 2014
Luciana Raimundo
domingo, 22 de junho de 2014
LÍNGUA MIRANDESA - Manifesto em Forma de Hino, por Amadeu Ferreira (Fracisco Niebro)
Quando uma língua não serve para rezar. Quando se dizem todos os pecados
a Deus, sem medo, e se tem vergonha de rezar em mirandês. Quando é assim, não
há língua que resista. Parece que Deus, quando andou pelo mundo a aprender as
línguas, chegou aqui e passou ao lado. Eu creio que o desviaram. É tempo de
Deus não ter vergonha de falar em mirandês.
Quando uma língua não se escreve, dizem que a história ainda não começou,
porque não há como contar essa história. Apenas pode ser contada pela língua
dos outros. Uma língua sem história não pode durar para sempre.
O pior é quando a língua deixa de servir para pensar. Ou, quando
dormimos, não aparece a falar nos sonhos, porque a língua dos sonhos é aquela
que está dentro de nós. Fala-se como se respira. Se o leite que mamamos não vem
misturado com a língua, esta não pode ficar metida dentro de nós e ser tão
importante para a vida como o estômago, o coração, a cabeça, o fígado. Só dessa
maneira não se pode viver sem ela. Apenas assim aparece nos sonhos, ainda que não
queiramos. Uma língua que não fala nos sonhos não vai longe.
Há palavras que, quando as dizemos, nos deixam com pele de galinha, mas
apenas nós nos apercebemos; há sons que mos envolvem como uma onda de calor,
mas apenas nós sentimos o gelo que por vezes trazemos dentro de nós a derreter;
há trejeitos da língua dentro da boca, falando, que nos fazem cócegas que
ninguém mais sente; há ditos que não têm outra maneira de se dizer e ninguém se
apercebe quando não conseguimos traduzi-los; há coisas que, quando usamos outra
língua para as dizer, soam como estranhas e, no fim, ficamos com a ideia de que
não fomos capazes de as dizer. Há palavras, sons, ditos, coisas, que dormiram
durante tanto tempo connosco, que tomaram cama para um lado e quando não nos
deitamos para esse lado é como dormir sobre uma pedra.
"Derivações Do Ser", de Lara de Léon (Maria Idalina Brito)
Sob um pseudónimo líquido, aliterante,
esconde-se uma voz lírica a ouvir — tão intensamente quanto ela se dá. Diversa
nas tonalidades que ecoam nesta tripartição, a primeira ideia é estarmos face
ao diário de uma paixão amorosa («A Paixão / é o motor da poesia»), com alguns
dias mais inspirados e dolorosos. São derivações do ser no que se tem e não se
tem, no que se quis ser e não se conseguiu, nos sinais de desfasamento, na
perpétua incoincidência — centramento anímico esse que evoca gritos e epístolas
de grandes apaixonadas (lembrem-se as cinco missivas de Maria Alcoforado), como
se percebe num dos mais belos e cantantes poemas, "Neste inquieto
grito": «Silêncio mudo / que no coração trago. / Olhos de veludo / com que
te afago. // Meu corpo cansado, / minha mente louca, / tal cavalo alado, /
voando pra tua boca. // Corre mais além / neste frenético beijo. / Não existe
ninguém / que pare o meu desejo. // A ti me dou, / ao amor me entrego. / Eu
toda sou, / o teu imenso ego. // Neste inquieto grito / de árvore florida, /
alcanço o infinito, / num abraço perdida...» Recorda-nos, também, a memória
vazada no romance histórico Despedimo-nos, então (2009), assinado por Idalina
Brito, que é um adeus de amantes nas perdidas ilusões de um 25 de Abril agitada
e esperançosamente vivido. Na segunda parte, emergem cenários e olha-se às
terceiras pessoas. Intervala-se aquela obsessão com toques descritivos. As
naturezas mortas não são muito comuns em poesia, mas, aqui, até as folhas secas
tomam cor. "Searas maduras",
com que encerra este ciclo, é uma reflexão sobre a nossa passagem terrena; o
envolvimento, porém, é vegetal, animal, e anuncia, mesmo, uma solução a dois,
em quadros enfim harmónicos. Das árvores cuidadosamente nomeadas ao lameiro, da
inesperada gataria ao palhaço, o ser soltou-se, olhou em redor, sente em si as
dificuldades alheias que a loquacidade política não resolve.
O terceiro 'livro' sintetiza amor e vida; abre
com aquela imagem do «cavalo alado», que vai em frente, porque estamos em
continuum, e porque os sentimentos não morrem (só mudam os protagonistas),
enquanto entreluzem instantes de felicidade. Vemo-nos crianças sob olhar dos
mais velhos, e outro "Parque infantil", a fechar itinerário, é sinal
de esperança, de «encantamento», «De vida». Os gritos, agora, são outros;
passámos de longo subterrâneo opressivo ao ar livre invadido por crianças, que
são nossa permanência. A poesia portuguesa de hoje caminha por diferentes
areais. O à-vontade de alguns títulos, o descritivismo e uma prosa poética
cavalgando bem os versos situam esta seleção no que por aí fora se vai fazendo;
acrescenta-se, todavia, algo de que ainda se cuida pouco: um regresso aos
rostos e derivas do ser, empatia com os outros, e, sobretudo, com a natureza,
aqui, variamente aguarelada, quase toda transmontana. É, , isso, refrescante
acompanhar esta aventura.
Ernesto Rodrigues
Fonte:
"Derivações do Ser", de Lara de Léon
Edição
Calendário de Letras
Aguarela de: Manuel Correia
Alfândega da Fé - ATL de Verão de 2014

O Município de Alfândega da Fé disponibiliza durante o mês de julho um A.T.L destinado às crianças do pré- escolar (3 aos 6 anos).
As atividades irão decorrer na Biblioteca Municipal de 7 de julho a 1 de agosto das 07:50h -12:30h / 14:00h- 18:00h.
As atividades a realizar serão: piscinas, festas temáticas, passeios e muitas outras........
Para mais informações contacte a Biblioteca Municipal.
sábado, 21 de junho de 2014
Alice Bártolo, uma pintora moncorvense
Alice Bártolo nasceu em 1952 na vila de Torre de Moncorvo.
Artista autodidata, a pintura é um hobby ao qual se dedica intensamente.
Participou em exposições colectivas e realizou em 2012, uma exposição individual " Transparências", no museu Abade de Baçal em Bragança.
Vê nas Artes Plásticas a magia da transformação e a capacidade criativa original própria do Homem.
As suas obras são a materialização de estados de alma, formas de expressar pensamentos, posturas e emoções.
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Inauguração da Exposição sobre Santos Populares no Museu do Ferro e da Região de Moncorvo
No próximo dia 23 de Junho, pelas 18h00, tem
lugar a inauguração da exposição sobre os Santos Populares, no Museu do Ferro e
da Região de Moncorvo.
Em destaque nesta mostra estão os três Santos
Populares: S. António, S. João e S. Pedro. Em exposição está a biografia de
cada um deles e toda a parte lúdica que também faz parte das comemorações dos
santos populares.
A exposição pode ser visitada no Museu do
Ferro e da Região de Moncorvo até ao próximo dia 13 de Julho, de Terça-feira a
Domingo, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.
Luciana Raimundo
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 20 de Junho de 2014
Miguel Torga e Moncorvo
Moncorvo, 5 de Novembro de 1967 - Mal a caçado
acabou, pus-me o curar no dicionário da memória uma palavra onde pudesse caber
a serra do Reboredo, que calcorreei, o dia inteiro. Queria guardar nela as
emoções que senti, para as ter à disposição quando novamente me apetecessem
algumas horas de violência e dispersão.
Teria de ser negra, pesada, férrea, e ao mesmo tem, alta e circular, aberta a
onfindos e seros horizontes de luz doirada, reflectida dos restolhos ondulados.
Mas não havia maneira de a encontrar. E quando desesperava, dei conta que tinha
os óculos na testa, como os velhos tontos. Era Reboredo, mesmo.
Este texto está incluído no livro "Pátria Breve" de Ernesto Rodrigues, edição Textype.
Nota do editor: fotografia de Leonel Brito - Arquivo Fotográfico do Blogue.
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