sexta-feira, 10 de agosto de 2012

JOSÉ HERMANO SARAIVA E MONCORVO

2 comentários:

  1. HERMANO SARAIVA:
    Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942.

    Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi professor do liceu e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Nessa altura, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, iniciou uma edição de livros didácticos de carácter geral em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.

    Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, procurador à Câmara Corporativa e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao Salazarismo, com a Crise Académica de 1969. Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, em Brasília, entre 1972 e 25 de Abril de 1974[5], tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.

    Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, relação que estabelecera com a RTP em 1971. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.[carece de fontes]
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  2. Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.

    Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.[6]

    Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História e da Academia de Marinha, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, no Brasil e Sócio Honorário do Movimento Internacional Lusófono. Recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho e a Comenda da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em Portugal, e a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil.

    Ficou classificado em 26º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP1[7].

    Foi o irmão do professor António José Saraiva[8] e tio do jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (n. 1895 - m. 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente, que combateu na Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.

    Morreu a 20 de Julho de 2012 aos seus 92 anos, em Palmela, onde residia.[9] Foi homenageado com um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado apenas com os votos contra dos partidos da esquerda radical, PCP e PEV (CDU) e BE.
    Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública (14 de Fevereiro de 1970)
    Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho
    Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco
    Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (por D. Duarte Pio de Bragança)
    Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (10 de Junho de 2012)
    História de Portugal, dirigida por José Hermano Saraiva. Orações académicas editadas pela Academia das Ciências de Lisboa Testemunho Social e Condenação de Gil Vicente (1976);
    A Revolução de Fernão Lopes (1977);
    Elementos para uma nova biografia de Camões (1978);
    Proposta de uma Cronologia para a lírica de Camões (1981-82):
    Evocação de António Cândido (1988);
    No Centenário de Simão Bolívar (1984);
    A crise geral e a Aljubarrota de Froyssart (1988).
    Trabalhos pedagógicos Notas para uma didáctica assistencial (1964);
    Aos Estudantes (1969);
    Aspirações e contradições da Pedagogia contemporânea (1970);
    A Pedagogia do Livro (1972);
    O Futuro da Pedagogia (1974).
    Trabalhos jurídicos O problema do Contrato (1949);
    A revisão constitucional e a eleição do Chefe do Estado (1959);
    Non-self-governing territories and The United Nation Charter (1960);
    Lições de Introdução ao Direito (1962-63);
    A Crise do Direito (1964);
    Apostilha Crítica ao Projecto do Código Civil (1966);
    A Lei e o Direito (1967).
    Trabalhos históricos Uma carta do Infante D. Henrique (1948);
    As razões de um Centenário (1954);
    História Concisa de Portugal (1978), trad. em espanhol, italiano, alemão, búlgaro e chinês;
    História de Portugal, 3 Vols – Direcção e co-autoria (1980-1981);
    O Tempo e a Alma, 2 Vols (1986);
    Breve História de Portugal (1996);
    Portugal – Os Últimos 100 anos (1996);
    Portugal – a Companion History (1997);
    Para uma História do Povo Português Outras maneiras de ver (1979);
    Vida Ignorada de Camões (1980);
    Raiz madrugada (1981);
    Ditos Portugueses dignos de memória (1994);
    A memória das Cidades (1999).

    [editar] Programas de televisão
    Série: O Tempo e a Alma (RTP, 1972)
    Série: Gente de Bem (RTP, 198?)
    Série: Histórias que o Tempo Apagou (RTP, 1994)
    Série: Lendas e Narrativas (RTP, 1995)
    Série: Horizontes da Memória (RTP2, 1996)
    Série: A Alma e a Gente (RTP2, 1997/1998)


    http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Hermano_Saraiva

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