segunda-feira, 19 de março de 2012

FELGAR -VENTOS DE ABRIL














UMA  PRODUÇÃO  DA CINEQUANON (COOPERATIVA   DE  PRODUÇÃO DE FILMES   )
  PARA  A RTP 1
EQUIPA TÉCNICA:LEONEL BRITO, MOEDAS MIGUEL, SÁ CAETANO.
EMITIDO EM JULHO DE 1975
Para ver o documentário:
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4 comentários:

  1. Serafim José Camilo escreveu:
    Obrigado Lelo. Jáestá guardado nos favoritos.
    Dizem que relembrar o passado é sofrer duas vezes, será?....... Será que relembrar o passado não valorizar o presente, e ter esperança num foturo melhor?........ Prezados amigos Felgarenses, hoje é dia de são josé. Que São José proteja a todos nós felgarenses, onde que que estejamos. Grande abraço e boa semana a todos.

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  2. Neste tempo anestesiado,perante tanta informação e hedonismo egoísta,somos levados a pensar: afinal de tanta informação que nos entra,casa adentro, pelos media,qual delas é a verdadeira? Saber ler significa enquadrar e contextualizar a informação.Mas como? Hoje ouve -se dizer a pessoas crédulas que não querem ouvir o telejornal. talvez possamos afirmar que determinadas redacções se " transferiram" para as esquadras de polícia.
    Mas o que nos traz aqui foi culpa Lelo ,que sem culpa ou por causa dele,hoje de manhã ao ver esta reportagem a minha sensibilidade humedeceu,vendo-me naquele Salão ,cabeludo e jaqueta de ganga na companhia de felgaratos.As lágrimas soltaram-se. E a culpa?Gasset diria: o " homem é ele e a sua circunstância" E aquelas circunstâncias politicas e outras, num primeiro momento impulsionou minha vontade..E se conseguisse saber onde estarão aquelas quintanistas de Medicina ? Se pudesse agradecia-lhes e àquele que no filme falava na "irascibilidade trasmontana",a cujo portador lhe poderiam roubar o sangue se tivessem razão...caso contrário seria capaz de lhe "arrancar os fígados vivo". Agradeço, desta forma,pelo facto de ver pessoas como O Ti António Rabeca e o Alípio,cujas somas de idade dava mais de 100,a serem conduzidos por mãos solidárias a fim de aprenderem a juntar as letras que parecendo fácil,precisava de cuidados mil como os manjericos e goivos para crescerem e assimplantarem seus nomes.Sem mentira vos digo que o Alípio ao escrever, copiando do quadro verde, a palavra MANO,se sentiu irmão dos estudantes das campanhas de alfabetização. Mais penso que Alípios e Antónios estarão muito agradecidos aos lisboetas. Se pudessem enviar-lhe-iam,em sinal de gratidão uns goivos de Páscoa como só o Alípio cultivavaem horta garota,qual uma babilónia botãnica..donde retirava manjerico para enfeitar orelha, em dia de Festa. Mas aquele tempo,de crença, de solidariedade e de esperança no futuro,também foi de confronto,hoje anestesiado e a (?)reclamar culpas colectivas que afinal será " sempre dos outros".Recordo bem aquela cena do doente com epilepsia a reclamar assistência.Ainda me ressoa a voz de alguém " Você é médico! Não pode recusar assistência a uma pessoa no estado em que está!Nem que seja Um Valium.Também revejo colchões lançados na rua do Salão da Casa do Povo onde O Ti Benjamim Almeida,O Ti Óscar Salgado e outros a discutirem os problemas da aldeia,e do cruxifixo e , diria genuíno, por vezes ingénuo e ao mesmo tempo dissuador.No fundo era a aprendizagem da democracia e da responsabilidade.Penso que estamos num tempo em que precisamos todos de fazer esforços no reganhar e reforçar a cidadania activa.Pois a soberania reside no povo e é já tempo de não voltarmos a dizer "O país é Lisboa e o resto é paisagem".Para constar também me recordo de nessas noites do Verão Quente eu e meu irmão dizermos para duas pessoas, uma já ter falecido e a outra a passar graves situações de saúde-,que deixassem brigadistas sem pistola como a deles.
    O doente era o Henrique, que,em tempos de morangos teve a amabilidade de me presentear com trutas de um qualquer lago da Dordogne.Para o Henrique, solitário,a sua maior vontade era poder rever a família, sobretudo a filha e o filho.Morreu sózinho e foi com o auxílio de outros ,em cuja casa de familiares meus, se organizou a possibilidade de seu corpo vir para Portugal.Pela amizade pelo Henrique recordo-o a cantar a " marselhesa" com a garotada vizinhos da mãe do Praça e às tantas aparece um senhor qual Clint Estwood (está bem escrito ?)montado e arma de zelador sobre pernas "escanxadas" em albarda de cavalgadura a atirar para o Henrique:
    Ou você se cala já com essas cantorias ou leva já um tiro..Era só para assustar!O Henrique continuava a cantar.. liberdades e esperanças.Memórias..

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  3. Já guardei, para ver com todo o meu vagar.

    Obrigada,Lelo.

    Júlia

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  4. A Campanha de Alfabetização foi levada a cabo graças ao entusiasmo e orientação do saudoso Professor Lindley Cintra.Recorrendo ao método Paulo Freire para alfabetização de adultos,todos os cooperantes partiram para as várias aldeias transmontanas devidamente preparados.Não se conseguiu o que se pretendia-isso levaria meses-,mas ficou a semente do gosto por aprender e a franca e saudável convivência com as populações.Para mim,que fui integrada no grupo que colaborou na aldeia de Santo André,concelho de Montalegre,foi uma experiência inesquecível.

    Uma moncorvense

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