Com o seu desaparecimento, as letras trasmontanas perdem um dos seus nomes cimeiros, embora, devido à sua enorme modéstia pessoal, também dos menos conhecidos.
Poeta, contista e cronista, João de Sá era possuidor de uma escrita límpida, reflexiva, que volitava, como uma borboleta atraída pela luz, em torno da sua Vila Flor natal, fonte de inspiração tão absorvente que é dela que fala nos nove livros que nos deixou. Mas a qualidade dessa escrita, com a sua notável profundidade de análise e intensidade de sentimento, distingue-a bem da vulgar literatura encomiástica e bem intencionada.
Eis os títulos principais da sua bibliografia: Flores para Vila Flor (1996); Um caminho entre as oliveiras (1997); Mãe-d’Água. Ficções e memórias (2003); Assalto a uma cidade feliz (2006); Vila à flor dos montes (2008); Vozes além da fala (2008); E de repente é noite (2009); Pelo sinal da terra (2010); e Cantos da montanha (2010).
Grémio Literário Vila-Realense
Câmara Municipal de Vila Real
Ver:http://descobrir-vilaflor.blogspot.com/2012/02/joao-baptista-de-sa.html
Americo Mourao escreveu: "Paz e tranquilidade ao colaborador da "Terra Quente"! Não o conheci pessoalmente,apenas pelos bem elaborados artigos e estilo inconfundível dos seus escritos! Que descanse em paz e grato pelo legado e vasta obra literária!"
ResponderEliminarConheci João de Sá na apresentação de um livro de Cabral Adão reeditado pela câmara municipal de Vila Flor. E ao ouvi-lo naquele encontro que eu designei de trasmontaneidade, cresceu em mim a convicção de que havia algum elo ligando vários escritores, o que me fazia acreditar na existência de uma maneira de ser e escrever que eu designei, talvez impropriamente, de "literatura trasmontana" com sabor a chão e a terra. Exactamente por isso, no final da sessão, convidei-o para escrever no Terra Quente... e em boa hora o fiz... Se até então nenhuma editora tinha dado pela sua existência, a partir de então... revelou-se um dos grandes escritores e literatos de Trás-os-Montes dos nossos tempos. Durante mais de uma dúzia de anos, quinzenalmente, me deliciei lendo os seus textos no jornal Terra Quente. Amigo! Que a terra te seja leve. J. Andrade
ResponderEliminar- Flores para Vila Flor (1996);
ResponderEliminar- Um caminho entre as oliveiras (1997);
- Mãe-d’Água. Ficções e memórias (2003);
- Assalto a uma cidade feliz (2006);
- Vila à flor dos montes (2008);
- Vozes além da fala (2008);
- E de repente é noite (2009);
- Pelo sinal da terra (2010);
- Cantos da montanha (2010).
Espera-se uma desejável colectânea dos seus artigos no Terra Quente, talvez organizada por temas.
Uma voz destas, um canto destes vai, de todo o modo, demorar a ser silenciado e esquecido.
Estas obras deviam estar disponíveis nas livrarias da região (não apenas em Vila Flor). Se não for pedir muito ao distribuidor.
Carlos Sambade