segunda-feira, 5 de março de 2012

Alheira Transmontana

Alheira de Mirandela, Especialidade Tradicional Garantida
Enchido tradicional fumado, cujos principais ingredientes são a carne e gordura de porco, a carne de aves (galinha e/ou peru) e pão de trigo, o azeite e a banha, condimentados com sal, alho e colorau doce e/ou picante.Podem ainda ser usados como ingredientes a carne de animais de caça, a carne de vaca e o salpicão e/ou o presunto envelhecidos.É um enchido com formato de ferradura, cilíndrico, sendo o interior constituído por uma pasta fina na qual se apercebem pedaços de carne desfiadas e cujo invólucro é constituído por tripa natural, de vaca ou de porco.O uso da menção Produto Específico obriga a que o enchido seja produzida de acordo com as regras estipuladas no caderno de especificações, o qual inclui, designadamente, o processo de produção. Comercialmente este enchido pode apresentar-se acondicionado em embalagens de cartão, de plástico ou de PVC, ou de outros materiais próprios para entrar em contacto com géneros alimentícios, em atmosfera normal, controlada ou em vácuo.
A rotulagem deve cumprir os requisitos da legislação em vigor, mencionando também a menção Produto Específico. A Alheira de Mirandela deve ostentar a marca de certificação aposta pela respectiva entidade certificadora.
Agrupamento de produtores:
ACIM - Associação Comercial e Industrial de Mirandela
Rua de S. Cosme, nº 13 - 5370 MIRANDELA
Tel.: 278 261 085  /  Fax: 278 261 084
 Organismo privado de controlo e certificação:
RADIÇÃO E QUALIDADE
Ass. Interprofissional para Pro. Agro-Alimentares de Trás-os-Montes
Av. 25 de Abril 273 S/L  -  5370 MIRANDELA
Tel.: 278 261 410  /  Fax: 278 261 410
Na fotografia : alheira nas brasas na Taberna  "Carró", em Moncorvo (A.F.M.).
Ver:http://lelodemoncorvo.blogspot.com/2010/12/torre-de-moncorvo-%C3%A9poca-da-matan%C3%A7a-do.html

8 comentários:

  1. A alheira deve manter a tradição

    “É uma ofensa à cultura transmontana e do povo chamarem de alheiras a esses produtos a que chamam de vegetarianos, de bacalhau, etc., porque isso é uma ofensa, ninguém faz vinho do porto de cidra”, explica António Monteiro.
    Esses novos conceitos não existem, isso é uma parolice autêntica. Podem chamar a esse tipo de produto outra coisa que não alheira. Façam esse favor ao nosso povo e à nossa história e arranjem outra denominação para esses novos produtos, mas não lhes chamem alheira”, desabafa o Grão-Mestre.
    Para o Grão-Mestre a alheira não é especificamente de Mirandela, ela é de todo o Trás os Montes e Alto Douro, “Mirandela tomou a dianteira em termos comerciais, difundiu-a pelo país e quando se falava da cidade de imediato se fazia a associação com este enchido.”
    Com o recente prémio de uma das sete maravilhas gastronómicas, este produto tipicamente transmontano, ganha ainda mais vida e notoriedade, “a produção e a procura tem aumentado, os empresários estão a vender mais, e é normal porque a alheira é uma refeição completa, alem de que a alheira é uma das 7 maravilhas, claro que o impacto é outro, este foi sem dúvida um prémio mais que merecido, quer para o produto em si, quer para este povo que mantém acesa esta tradição tão única”, sublinha António Monteiro.
    Em Trás os Montes a alheira não se faz da mesma maneira, os paladares alteram-se de cultura para cultura, contudo o segredo e os ingredientes mantém-se fieis ao mesmo principio, “há muitas formas de fazer alheira, hoje esta iguaria é um produto muito industrializado, ainda bem que o é, mas sempre que possível convém manter a tradição, e para isso tem que usar sempre o melhor o azeite, o melhor pão, o melhor porco, e ainda bem que há cá em Mirandela empresas que estão a praticar esta qualidade”, refere o agrónomo.
    O agrónomo explica ainda o motivo que o levou a procurar saber mais sobre a história da alheira, “interessa-me a historia dos produtos, apesar de trabalhar mais especificamente com o azeite, interessam-me os produtos que são feitos com o azeite, e como gosto de gastronomia, e a alheira é a nossa cultura, resolvi procurar saber mais sobre esta iguaria”, explica.
    Mesmo em tempos de crise, a venda da alheira tem vindo a aumentar e a produção também. Apesar do Grão Mestre contrariar a teoria que as alheiras foram inventadas pelos judeus, a história reza que eles como artimanha para escaparem às malhas da Inquisição criaram este produto. Como a sua religião os impedia de comer carne de porco, eram facilmente identificáveis pelos seus perseguidores pelo facto de não fazerem nem fumarem os habituais enchidos de porco.
    Assim, substituíram a carne de porco por uma imensa variedade de carnes, que incluíam vitela, coelho, peru, pato galinha e por vezes perdiz, envolvidos por uma massa de pão que lhes conferia consistência.
    A receita acabaria por se popularizar entre os cristãos, mas estes juntavam-lhe a omnipresente carne de porco. Embora a ligação da alheira com os cristãos novos seja uma romântica ideia popular, não há factos completamente terminantes e não são grandes as probabilidades de se lhes poder atribuir a sua invenção.

    http://www.imprensaregional.com.pt/jornal_terra_quente/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo0OiIxNzQxIjtzOjk6ImlkX3NlY2NhbyI7Tjt9

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    1. o tuga bronco ofende-se sempre com merd@s que não têm importância nenhuma... e com as q têm importância...

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  2. Ana Sangra disse:Alheira de Mirandela,pois pois ganha fama e deita te adormir.

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  3. Costa Eugenio Antonio comentou a tua ligação.

    Costa escreveu: "alheira de Mirandela é so patente para comércio, a boa alheira se faz em qualquer lugar e com os bons engredientes que lhe pertencem, mas também feitas por boas mãos experientes e bocas de bom sabôr, artesanal claro"

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  4. Não tem nada a ver com a alheira ,tem com a saúde e aí vai:>
    > ALERTA À SAUDE!
    >
    Por favor, não comam bananas nas próximos três semanas!
    >
    > Várias entregas de bananas de Uvongo Kwa-Zulu Natal (África do Sul) foram
    > infectados com fasceíte necrosante, também conhecida como bactéria
    > carnívora. Recentemente esta doença dizimou a população de macacos no
    > litoral sul. Estamos agora começando a aprender que a doença tem sidocapaz
    > de enxertar-se à pele de frutas na região, principalmente a banana que é
    > uma das maiores exportações do sul da África. Até esta descoberta os
    > cientistas não tinham certeza de como a infecção estava sendo transmitida.
    > É aconselhável não comprar bananas para as próximas três semanas! Se você
    > tiver comido uma banana nos últimos 2-3 dias e tiver febre seguida por uma
    > infecção da pele procure ajuda médica!
    >
    > A infecção da pele de fasceíte necrotizante é muito dolorosa e come dois a
    > três centímetros de carne por hora. A amputação é provável, a morte é
    > possível... Se você for a um centro médico é aconselhado queimar a carne à
    > frente da área infectada para ajudar a diminuir a propagação da infecção.A
    > FDA tem sido relutante em emitir uma advertência em todo o país por causa
    > do medo de um pânico nacional. Eles secretamente admitiram que sentem que
    > mais de 15 mil sul-africanos serão afetados por isso, mas que estes são
    > "números aceitáveis". Por favor, envie isto para o maior númerode pessoas
    > quanto possível.
    >
    >
    > Clara Fernandes
    >
    > Instituto Nacional de Recursos Biológicos, IP / L - INIA, Oeiras
    >
    > Unidade de Investigação de Protecção de Plantas (UIPP)
    >
    > Laboratório de Caracterização de Materiais de Multilplicação de Plantas
    >
    >
    > Edificio 2 Tapada da Ajuda 1349 - 018 Lisboa

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  5. Maria Fernanda escreveu: "E nos tempos em que foi inventada levava porco, ou só carne de aves?"

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  6. A alheira é um enchido típico da culinária portuguesa cujos principais ingredientes podem ser carne e gordura de porco, carne de aves, pão, azeite, banha, alho e colorau.

    Segundo a tradição, este enchido terá sido criado por cristãos novos que, em segredo, continuavam a guardar costumes da sua renegada religião judaica, a fim de dar a entender a toda a sociedade que eram cristãos assumidos e bem integrados. Como o judaísmo proíbe o consumo da carne de porco, alguns dos supostamente recém convertidos teriam inventado um chouriço onde discretamente a carne de ave substituía a carne de porco, tradicional entre os cristãos. Desta forma, nas primeiras alheiras foram usadas várias carnes alternativas ao porco, tais como vitela, coelho, peru e galinha.

    A suposta ligação da alheira com os novos cristãos talvez não passe de uma ideia romântica popular, e não há factos concludentes que a suportem. Parece mais certo que o seu aparecimento esteja ligado ao próprio ciclo de produção de fumeiros caseiros, ou simplesmente à necessidade de conservação das carnes dos diversos animais criados e para consumo próprio.

    Na região de origem a norte de Portugal (Trás-os-Montes) a alheira é consumida grelhada, ou assada em lume brando, acompanhada por batata cozida com um fio de azeite, e legumes da época variados. Mais a sul o mais natural é encontrar os menus com a alheira frita, batatas fritas, ovo estrelado e saladas de alface e tomate. Por vezes, é também acompanhada por grelos de couve. É uma presença habitual nas ementas dos restaurantes de todo o país.
    A mais famosa das alheiras é a oriunda de Mirandela, na região de Trás-os-Montes, frequentemente considerada a de melhor qualidade, tendo sido nomeada uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Alheira

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  7. Wanda Alonso Wenceslau escreveu:Alheira é uma delicia. Quando fui a Mirandela trouxe umas para dar de presente a pessoas que não conheciam, apreciaram muito. Agora compro aqui no Mercado da Cantareira. Quando faço churrasco em casa, aproveito para assar . Lelo Demoncorvo, saudades do Blog

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