Com apenas dois anos, foi com os pais e irmãos para a Quinta
da Rapada onde, em criança, guardava “chalanos” (ovelhas pequenas, que ainda
não dão leite).Pastora e criada de servir em casa dos senhores da propriedade, órfã
de mãe aos treze,”mãe” ela própria de
uma irmã de quatro, decide, aos dezoito,
abandonar a quinta por “não aguentar tanto trabalho”.
Vinda para Algodres, conheceu o futuro marido num dia de São João. Mourejando no campo, fazendo queijo à noite e dedicando
ainda algum tempo ao trabalho doméstico, não eram grandes as posses para haver
fartura no lar.”Comia-se sempre a mesma coisa”,confessa-nos.”À noite ,migas de
soro, quando se fazia queijo. Ao almoço, caldo verde e batatas”.Mas ,quando havia matança, os domingos e quartas-feiras
eram dias de carne à mesa.
Depois de uma vida de intenso trabalho e de muitos
sacrifícios, hoje ,a dona Auzília e o
marido são comensais diários no Centro de Solidariedade Social de Algodres ,
onde são” muito bem tratados”.
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Wanda Alonso Wenceslau disse: Uma vida estafante de antigamente, aí e em outras partes do mundo. Aqui (Brasil) era a mesma coisa, muito trabalho e pouca comida!
ResponderEliminarMaria Lucia Melo disse: concordo Wanda! em todos os lugares o trabalho emendava a noite no dia e a comida era escassa! Maus tempo,bons tempos... sobrevivemos,e isso importa!
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