«Esta festa também designada de Festa dos Rapazes tem início na noite de celebração do Nascimento do Menino com o acender da fogueira no fim da missa do galo. Esta fogueira mantém-se acesa até ao Ano Novo. No dia 1 de Janeiro de manhã os intervenientes (o "farandulo", o moço, a "sécia" e o mordomo) começam o peditório que é, ao mesmo tempo, uma visita de saudação aos moradores da terra. No decorrer deste ritual encena-se a luta dos opostos, entre o "farandulo" e o moço. No fim deste ritual decorre a liturgia da missa seguindo-se o leilão das esmolas recebidas. Ao fim da tarde é a vez da corrida à rosca, a transmissão do poder e a animação com o baile que prossegue até altas horas.» [Museu Ibérico da Máscara]
«A festa do "farandulo de Tó" é celebrada tradicionalmente no dia 6 de Janeiro em Tó em Mogadouro, integrando-se nos festejos rituais pagãos de celebração do solstício de Inverno.
A festa consiste numa encenação ritualística repetida todos os anos por quatro personagens, o "Farandulo”, a "Sécia" e o "Moço". Os jovens que encarnam estas personagens escolhidos de entre os solteiros da aldeia de Tó com meses de antecedência pelo Mordomo da festa (o responsável desse ano pela organização).
Durante a festa, o Farandulo, pintado de preto, tenta enfarruscar e tocar na Sécia enquanto ela é defendida pelo Moço. Além da Sécia, o Farandulo persegue todas as outras mulheres da aldeia para lhes gravar no rosto uma marca enfarruscada feita com graxa ou com cortiça queimada. Para tal entra nas casas das moças solteiras, procurando-as na cama, e rouba bebidas, enchidos e outros petiscos. A encenação dá a volta à aldeia e acaba em frente da igreja, sendo seguida de uma atuação dos gaiteiros e, mais recentemente, de um grupo musical pela noite dentro.» [Wikipédia]
Esta obra tem como cerne de estudo o “Farandulo de Tó”, cujas raízes, segundo o autor, parecem encontrar eco nas festividades do Solstício de Inverno, durante o período de romanização da Península Ibérica, sendo inédita a hipótese explicativa dos intervenientes nesta festividade, que se perde na memória do tempo. Mas o autor não se fica por aí e, de uma forma coerente e clara, oferece-nos um retrato histórico e cultural da Aldeia de Tó, Concelho de Mogadouro, rica em património arqueológico e histórico e dessa forma, abre portas para outros estudos e outras investigações.Transmontanices - artesanato, cultura, turismo
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