Uma vida plena em várias dimensões. Foi assim que o bispo
diocesano, D. José Cordeiro, descreveu o percurso do Pe. José Gomes da Costa,
nascido fez domingo 350 anos em Torre de Moncorvo mas que um acaso encaminharia
para a vida da Igreja, tendo-se afirmado como uma das maiores personalidades no
seu tempo.
Ao despedir-se de uns amigos que partiam de barco para
Itália não conseguiu livrar-se da ressaca a tempo e acordou já a caminho de
Nápoles. Acabaria por ser ordenado padre em Áquila, tornando-se no responsável
pela introdução dos Missionários Vicentinos em Portugal.
O Pe. José Gomes da Costa foi homenageado pela diocese e
pelo município moncorvense durante a eucaristia de domingo, onde foi
apresentado um seu retrato recuperado. “Vai ser exibido no museu de Arte Sacra
de Moncorvo”, garantiu o autarca Nuno Gonçalves. Também foi apresentada o
projeto de recuperação de uma praça à qual será dado o nome deste ilustre
moncorvense. “Esta praça enquadra-se como elemento de ligação à rua Martins
Janeira, que se tornará num espaço de convívio entre dois bairros”, sublinhou o
autarca
D. José Cordeiro assinalou a data na sua homilia. “Pode
ler-se na Nota Pastoral da CEP sobre os quatro séculos de evangelização e três
de presença em Portugal da Congregação da Missão: «Os filhos de S. Vicente de
Paulo entraram em Portugal em começos do século XVIII. Foi apoiado num breve de
Clemente XI que autorizava a erigir a Congregação da Missão no reino de
Portugal que o padre José Gomes da Costa (1667-1725), natural de Torre de
Moncorvo, e superior da casa de Monte Célio, em Roma, onde tinha ingressado na
congregação vicentina, chegou a Lisboa, em novembro de 1716, para dar início à
fundação”, disse, recordando outras duas figuras daquela região, até agora esquecidas
na história, dois bispos nascidos em Torre de Moncorvo.
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