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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Património Imaterial do Douro vol. III, de Alexandre Parafita

O lado mais oculto e misterioso do Douro Património Mundial: o Douro das memórias, dos mitos, das lendas, das crenças e das inquietações das gentes que construíram, ao longo dos séculos, a paisagem duriense. Nesta obra, são revelados registos lendários de milagres, lugares de memória, crenças e superstições, atos de bruxaria e outros rituais diabólicos, inquietações de almas penadas, lobisomens, transfigurações do demónio, entre muitos outros.
Património Imaterial do Douro vol. III

Da introdução: “Uma nova definição de património cultural emergiu, entretanto, desde que as ciências sociais, nos seus enfoques antropológicos, passaram a concentrar a atenção mais nos processos do que nos objetos. Ganhou assim dimensão uma nova entidade composta por expressões que se manifestam de forma diversa e complexa através dos usos, costumes, crenças e vivências éticas e estéticas do povo, a que chamamos Património Cultural Imaterial 2.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Património Imaterial do Douro vol. III e Meia dúzia de contos Tão alegres como tontos, de Alexandre Parafita

Património Imaterial do Douro vol. III
 
Da introdução: “Uma nova definição de património cultural emergiu, entretanto, desde que as ciências sociais, nos seus enfoques antropológicos, passaram a concentrar a atenção mais nos processos do que nos objetos. Ganhou assim dimensão uma nova entidade composta por expressões que se manifestam de forma diversa e complexa através dos usos, costumes, crenças e vivências éticas e estéticas do povo, a que chamamos Património Cultural Imaterial 2. E ao ampliar-se, desse jeito, a noção de património cultural, permitiu reconhecer-se que nela se contemplam tanto os aspetos materiais como imateriais das culturas, ao mesmo tempo que se reforça o seu valor como fonte de identidade, diversidade e criatividade dos povos.”

Sinopse: “Num tempo de globalização, de consequências paradoxalmente homogeneizadoras e desintegradoras das identidades, a cultura da memória (dos lugares, dos rituais, do imaginário), assume, cada vez mais, um papel importante na compreensão do tempo e do espaço, num processo de construção e afirmação de uma identidade coletiva, inequivocamente aceite como estrutura de ancoragem para cada indivíduo. Da espiritualidade da paisagem, à emergência de uma interpretação mítica dos fenómenos naturais e culturais, a região do Douro é, toda ela, um imenso filão ativo de Património Cultural Imaterial.
Este 3º Volume é dedicado às Narrações Orais dos concelhos de Sabrosa e Vila Real. Dois concelhos onde a magia das pedras e dos socalcos ainda harmoniza com os rostos e as vozes de um povo que resiste com os seus valores, as suas crenças, a sua cultura.”

Meia dúzia de contos Tão alegres como tontos

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Os Provérbios e a Cultura Popular,por Alexandre Parafita e Isaura N.Fernandes

Fevereiro, velhaco e traiçoeiro

Cuidado com este fevereiro. Ele aí está, o safado. E promete ser como os outros: velhaco e traiçoeiro. Quem hoje, por estas bandas, abrir as janelas dá com ele tal qual é: agora com um sol promissor, depois uma forte ventania, saraivada e uma valente chuvada. Sempre enganador. Afinal, enganou a própria mãe. E “matou-a ao soalheiro”. Em Sabrosa, conta-se que a pobre velhinha, ao olhar pela janela e, vendo o sol a raiar, perguntou ao filho:
– Olha lá, ó fevereiro, hoje não mandas chuva?
– Hoje não – diz ele. – Hoje mando uma ressa de sol.
Ela então pegou na roca e no fuso e foi para o soalheiro fiar. Nisto, o safado mandou vir uma forte saraivada, e a pobre, como era velhinha, não teve tempo de fugir e morreu ali mesmo. Assim se conta em Sabrosa. Noutros sítios conta-se mais: conta-se em Vinhais que o fevereiro fez vir uma ressa de sol e mandou a mãe ao monte nua. A seguir, mandou uma saraivada e matou-a. Por isso, é que o povo diz que ele “é velhaco e traiçoeiro” e que “fevereiro quente traz o diabo no ventre”.

Bibliografia: Os Provérbios e a Cultura Popular, Vila Nova de Gaia, Gailivro, 2007