domingo, 1 de julho de 2012

Em Moncorvo, o lagostim é perigoso


Na tarde quente, mais quente que já houve, no dia em que Portugal jogou à trave com a Espanha, um solícito funcionário da Câmara, avisado, por certo sabiamente,  por denúncia feita, da existência de lagostins, trouxe o camaroeiro e começou a pescar para um caixote do lixo, os crustáceos do pequeno e insignificante lago, lateral à Igreja na antiga Praça das Regateiras.
...do pequeno e insignificante lago
Os lagostins são perigosos, mesmo antes de mudarem de casca: devoram os pés das crianças e lançam mau olhado aos namorados.
São proibidos os lagostins em Moncorvo, terra benevolente para a criação de morcegos ainda que habitem ( e talvez por isso) nos sítios mais esconsos da Igreja. Só nos faltava esta! Primeiro, foi uma jovem hipopótama com o nome ternurento de Margarida, depois foram os morcegos nas suas várias espécies com as conotações políticas mais diversas. Saem à noite, mas ainda não está provado ( senão denunciante já avisara os serviços camarários) que os morcegos não comem lagostins, nem os lagostins se alimentam de morcegos.
O solícito empregado da Câmara bem desafinava: “Ordens são ordens”
Os lagostins são perigosos. Agora que acabaram no lixo, Moncorvo pode dormir descansado. Estes lagostins eram um perigo para o equilíbrio democrático e demográfico da Vila. São capazes de devastar campos de arroz, cultura que o actual Governo de crista alçada quer desenvolver na Vilariça, multiplica-se com a velocidade do vento, substituindo, pela procriação, os que emigram.
Os dirigentes camarários e os denunciantes correlativos que dirigiram a investigação meticulosa e profunda, sem a necessidade de uma comissão de inquérito nem postura municipal, são sábios. A saúde pública e os necessários instrumentos para que ela exista, são o desígnio, o grande desígnio destes dirigentes para quem o cidadão é tudo, mesmo quando reduzido a coisa nenhuma.
Bem hajam! Eu sei que preferem a lagosta ao lagostim.
 Rogério Rodrigues

17 comentários:

  1. A motorizada estacionada ao lado do insignificante lago, é menos perigosa e não há nenhum perigo de cair sobre umaincauta criança...

    ResponderEliminar
  2. Lagostim de água doce em Portugal
    Resumo em Português: O Lagostim de água doce, tem pelo menos desde a idade média uma grande importância nas culturas da Europa. No Norte da Europa é utilizado desde esses tempos como alimento, associado a folclore e cerimónias. Na zona Mediterrânica Oriental, o Lagostim não era consumido uma vez que era considerado maléfico. Nas Américas as tribos Índias utilizavam também os Lagostins como alimento. Hoje em dia, Portugal apresenta duas espécies de Lagostim e um mercado para consumo destas com um potencial pouco explorado. O Lagostim de pés brancos (Austropotamobius pallipes) possivelmente uma espécie autóctone em Portugal e certamente originária da Europa, tem-se encontrado em declínio. O Lagostim vermelho (Procambarus clarkii) originário de Louisiana, EUA, e introduzido na Europa, é referenciado em Portugal pela primeira vez em 1979 (RAMOS & PEREIRA, 1981) na bacia do Guadiana, e tem proliferado por todo o país, sendo muitas vezes considerado uma praga. O potencial mercantil existente será caminho para promover a astacicultura do Lagostim de pés brancos, da família Astacidae, principalmente para repovoamento, de maneira a reabilitar esta espécie mais apreciada na gastronomia Ibérica. Contudo, devido à sua ecologia é uma espécie de difícil controlo em meios condicionados, e a experiência para a sua cultura não é grande. A cambaricultura do Lagostim vermelho, da família Cambaridae, que sendo uma espécie mais facilmente controlada em cultura e com meios bem desenvolvidos principalmente nos EUA, encontra ainda muitas portas abertas no mercado, principalmente a nível da industria de derivados deste, uma vez que apenas cerca de metade do potencial de comercialização desta espécie está a ser explorada na Península Ibérica.
    Palavras-chave em Português: Aquicultura, Austropotamobius pallipes, Lagostim, Procambarus clarkii

    http://www.pluridoc.com/Site/FrontOffice/default.aspx?module=Files/FileDescription&ID=223&state=FD

    ResponderEliminar
  3. AS TRUTAS:
    http://tretas.org/VencimentoCargosPoliticos

    ResponderEliminar
  4. ...é referenciado em Portugal pela primeira vez em 1979 (RAMOS & PEREIRA, 1981) na bacia do Guadiana.
    Eu sabia,eu sabia, são os manhosos dos espanhóis que tentam arruinar a nossa próspera e rentável agricultura, colocando em sítios estratégicos estas bombas de destruição massiva que são os lagostins .Assim como quem sai do Carró, enchidos e bebidos, sentam-se no muro do penico noturno e zás um casal de lagostins. Sondagens a cargo de uma empresa de estudos submarinos especializada em pragas do terciário detetou vestígios de merda fossilizada de lagostins no lago do jardim .O tanque das bestas junto à muralha foi destruído alegando o perigo dos malfadados crustáceos. Houve quem fizesse propostas de manter o tanque ,substituir o lagostim por camarão a água por rosé e mudando também as bestas.
    Noitibó

    ResponderEliminar
  5. Estão abertas as inscrições para o Curso de Deformação "Promover o Espírito Empreendedor anti- lagostim no Baixo Sabor" de 30 horas, conferindo 1,2 créditos, para os iniciados nas lides autárquicas.
    A ação,sem o outro c, poupança imposta pela troyca, será dinamizada pela formadora Fátima de Felgueiras e Espaduarte Lima, n Escola €&$ 2,3 outra vez, na Ponte da Portela, no início do próximo sábado conforme o cronograma em baixo.
    Os critérios de seleção dos deformados são os seguintes:
    1º fregueses do Agrupamento das paróquias partidárias, sem formação acreditada no escalão em que se encontram filiados
    2º fregueses das restantes castas, sem formação acreditada por cunhas no escalão em que se encontram, por ordem de receção das fichas de inscrição no Centro de Deformação do Costume
    3º fregueses com formação acreditada no escalão em que se encontram acantonados
    Em reunião da Comissão Demagógica no dia 1 de julho de 2012, foi decidida a criação de uma Bolsa (recheada) de Deformadores Internos do Centro ASALTO À VARA, cujo regulamento pode consultar no viveiro de iniciados aos velhos tachos.
    Pelo senhor director que está intoxicado com bivaldes do Barlavento Algravio
    Marisqueira Mamona

    ResponderEliminar
  6. Sérgio Gomes escreveu: Parece anedota... Digno de um país terceiro mundista... Há que partilhar para prevenir os incautos que se dignem visitar a nossa terra não sejam devorados pelos lagostins...

    ResponderEliminar
  7. Moncorvo terra de MORCEGOS.FOI ASSIM.
    A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e o Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo (PARM) organizam através do Museu do Ferro e da Região de Torre de Moncorvo uma palestra intitulada “Morcegos Existentes na Região de Moncorvo”. A palestra realiza-se dia 18 de Junho, Sábado, pelas 14h30 e é proferida pelo Eng.º. Afonso Calheiros e Menezes. No final, realiza-se uma visita à Igreja Matriz para observar o habitat dos morcegos aqui residentes.

    Esta actividade integra-se no Ano Internacional dos Morcegos e pretende alertar para a sua importância e dar a conhecer as espécies existentes na nossa região.

    cHUPADA DA NET POR VAMPIRO

    ResponderEliminar
  8. MORTE AOS LAGOSTINS E A QUEM OS APOIAR

    O período de 2011-2012 foi declarado Ano Internacional do Morcego (Year of Bat), pela IUCN (International Union for Conservation of Nature), pela convenção do UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) para a Protecção de Espécies Migrantes (CMS) e do Acordo para a Conservação de Morcegos Europeus (Eurobats). Ver mais: http://www.yearofthebat.org/
    2013 ANO DOS NOVOS MARISCOS

    ResponderEliminar
  9. Se não estivesse atento ,diria que era uma noticia do "correio da manhã".......lol

    ResponderEliminar
  10. Se não viesse assinado por um jornalista de prestígio diria que o texto tinha sido tirado do "inimigo Público" do jornal PÚBLICO que o autor foi um dos fundadores.
    M.C.

    ResponderEliminar
  11. Há anos era só do Entroncamento que notícias como esta chegavam até nós. Agora coisas bizarras acontecem em Moncorvo. Que cabeça bem pensante decidiu declarar guerra aos lagostins vermelhos que, apesar da água rica em ureia e outros nutrientes quejandos nesse micro-tanque, ainda persistiam em lutar pela vida? Mas, coitados, não resistiram à sanha que contra eles se abateu. Eram realmente um perigo para todos os Moncorvenses !!! Seria pela sua cor?

    Um abraço ao Rogério
    Júlia

    ResponderEliminar
  12. Mas a cor da câmara é a dos lagostins!

    ResponderEliminar
  13. Pois,é concorrencia e eles não gostam.São assim há vinte e tal anos.

    ResponderEliminar
  14. Quem foi mesmo o responsºavel deste acto ridiculo?Como muito bem diz a dr.Júlia Barros Moncorvo é o novo Entroncamento.Terra de fenómenos estranhas.Há quem diga que é a raiva do interior ao litoral aqui representado pelos lagostins.Poupem-nos a ser gozados no Porto ou em Lisboa.Quando diser a uma pessoa que sou de Torre de Moncorvo no distrito de Bragança etc e tal ele interrompe-me e diz :jásei da terra que matam os lagostins, da figuera na igreja e da Margarida hipopatamo.
    Afonso Guardado

    ResponderEliminar
  15. Por acaso já vi o(s) dito(s) funcionário(s) de camaroeiro em punho a retirar, não lagostins mas sim LIXO que os utilizadores do referido espaço continuadamente deitam para a água. Deve ser giro ver as garrafas, copos, pontas de cigarro, etc, comporem o habitat dos ditos lagostins (resistentes em qualquer charco pútrido). Se o tanque é para ser um aquário, então outros cuidados devem ser impostos (água corrente não recirculada e sem químicos por forma a que o bichos tenham uma longa vida) podendo sempre optar-se pelas espécies autóctones (barbos, bogas, rãs, salamandras...). É de louvar ver que, mesmo "quando estamos reduzidos a coisa nenhuma", nos preocupamos com os lagostins, morcegos... Há fenómenos bem mais interessantes que não merecem sequer uma linha de comentário, pois, é mais preocupante o que pensam (gozam) os de lisboa e porto. Parabéns ao Rogério por mais uma excelente crónica e por nos fazer rir, mesmo quando "reduzidos a coisa nenhuma".

    ResponderEliminar
  16. Bons tempos em que comiam tremoços e um fino.E aos lagostins ,senhores porque lhe dáis tanta dor,porque os matais assim?Ora tapem V.Ex. o buraco do castelo e limpem o adro e deixem os bichinhos em paz.
    Confraria dos lagostins .

    ResponderEliminar
  17. Ora então vamos lá juntar a confraria para uma limpeza ao adro e depois, uma tainada no Carró com os lagostins que ainda sobraram (também pode ser com tremoços e umas bejecas)? Quanto ao buraco, acho que não fica bem destruir mais um habitat (ainda fazem queixa a Bruxelas)!
    L'Angostin

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.