Extracto da página 73 da revista VISÃO,11 de Agosto de 2011:
SAUDADES DO PEIXE FRITO
Pior foi mesmo o caminho. Com as obras no IP 4, o trajeto até Torre de Moncorvo pode ser um suplício. Ao fim de quatro horas por estradas secundárias, com ligeiros desvios pelo itinerário principal, desaguamos a poucos metros da foz do Sabor, um dos últimos rios selvagens da Europa, prestes a ser domado pela fu¬tura barragem. Enquanto isso não acontece, um pequeno grupo de pescadores aproveita para, diariamente, ir buscar o seu sustento. João e Lucinda, casados há 42 anos, gerem o Lameirinho, um restaurante a poucos metros do rio, com o peixe como único prato. Hélio Loureiro, com memória viva dos escabeches da casa dos tios em Bragança, mata aqui saudades com «uns peixinhos...(continua na página ao lado , reproduzida na íntegra).
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5 de agosto de 2011 17:35
ResponderEliminarjose albergaria disse...
"Mais adiante, em Miranda do Douro, não há que hesitar: vai-se à Balbina."
Pequeno conhecedor destas geografias, mas já tive o privilégio de me amesendar por três vezes neste lugar quase sagrado, servido pela mãe Balbina e, uma outra vez, pelas filhas.
O cabrito...de se lamber os beiços.
O rosé da casa ( não sei se é assim a sua designação...)uma inspiração.
A doçaria, belíssima.
A sabedoria da Balbina, de panelas e comeres, e ainda de vida, merecia um tratado.
O Artur de Carviçais, as suas alheiras, do melhor.
Já a Gabriela (lembro-me da mãe; uma lenda)em tempos, foi coisa de se fazer um milheiro de quilómetros para se comer a caça e a posta de Miranda. Hoje, em Sendim,há lugares onde a mesa é de mor qualidade...mas continua uma "lenda" já a desmerecer na cozinha.
Se passar em Moncorvo, desça em direcção à Foz do Sabor, suba em direcção a Cabanas de Baixo, procure o "Lameirinhos", tenência de uma figura ímpar, mestre Carromondo. Se o tempo estiver de feição, Primavera alta ou Verão, sente-se debaixo do alpendre, e espere. Fritada de bogas, lucio e restante peixe de rio, salada primorosa, azeitonas ricas, molho de segredo bem guardado, bom vinho à ilharga, pão fresco (entregue pelo padeiro) e, o resto, é surpresa.
O "Lagar", dizem-me que é lugar de amesendação, quando por lá anda, de José Rentes de Carvalho, o "holandês" de Estevais.
In:
http://duas-ou-tres.blogspot.com/2011/08/servico-publico-2-restaurantes-de-tras.html#ixzz1VrgRQc82
É a melhor peixado do mundo .As migas, o molho , a vista e o velho Carromão são uma referência gastronómica em Trás os Montes.Vá até lá e diga de sua justiça.Fica a ganhar.
ResponderEliminarNão sei qual a razão de estes senhores jornalistas de Lisboa chamarem ao Rio Sabor "um dos últimos rios selvagens da Europa", porque? Não compreendo, quando se falava na construção da barragem vinham eles com a sua prosa a falar do que não entendiam e no rio selvagem. desta vez, e há sempre uma primeira vez, falaram e bem da gastronomia transmontana e dos peixes do João e Lucinda, que gerem a "tasca" O Lameirinho, é um local que toda agente devia ir, é pena que os srº jornalistas de Lisboa continuem a chamar selvagem a uma coisa que não existe e que não há, da-me a impressão que selvajaria existe para aqueles lados de Lisboa. venham a Torre de Moncorvo apreciar não só a gastronomia como esta beleza natural que é Tras-Os-Montes
ResponderEliminarSem sombra de dúvida: é a melhor peixada do mundo, como diz o amigo anónimo, que não esqueceu "as migas, o molho, a vista e o velho Carromão ". Tudo num só lugar . Fantástico !
ResponderEliminarAbraços,
Júlia
Tanto quanto percebi,quando se referem a rio selvagem, penso eu, estão apenas e só a referir--se à forma selvagem, sem intervenção industrial, no seu curso, embora seja por pouco tempo, pois a barragem vai deitar por terra essa denominação, com muita pena minha!!!!
ResponderEliminarE muito bonito tudo isto " os peixes fritos da foz do sabor, o rio douro tras-os montes ..." mas pouco a pouco os "senhores de lisboa " estÃO A MUDAR tudo isto, em nome do progresso fazem-se muros de betão nos nossos rios.Progresso para quem? O povo como sempre se deixou encantar pelo discurso de politiqueiros que se sucedem.Talvez um dia os nossos filhos vão recordar tudo isto atravez de fotografias expostas num muro de um restaurante "mcdonals".
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