A E.P.A.C., S.A. foi o último elo de uma cadeia de organismos públicos que foi iniciada em 1935 com a criação da Federação Nacional dos Produtores de Trigo (FNPT) pelo Estado Novo, situando a sua origem nos celeiros dos produtores de trigo instituídos a partir de 1932 no desenvolvimento da campanha de trigo, iniciada em 1929. A FNPT trabalhou com a FNIM ( Federação Nacional dos Industriais de Moagem) criada em 1936. Em 1972 o governo cria o Instituto dos Cereais (IC). Com a extinção dos organismos corporativos em 1974, foram integrados no IC a FNIM e os respectivos Grémios regionais e os Grémios dos Industriais de Panificação e dos Industriais de Arroz. Em 1976 foi instituída a EPAC-EP (Empresa Pública de Abastecimento de Cereais) que herdou o tecido patrimonial e humano de dezanove organismos públicos e corporativos.
O celeiro de Torre de Moncorvo foi mandado construir nos anos 30 do sec XX pela FNPT para comercialização de cereais provenientes do trabalho árduo dos produtores de trigo locais e dos arredores. Os agricultores deslocavam-se ao celeiro para fazer os manifestos, isto é, a venda das suas colheitas de cereais, para venda nas fábricas de moagem do país.
O transporte do cereal para as várias moagens era, inicialmente, feito através do comboio e posteriormente por viaturas pesadas.

Para a colheita das amostras de cereais eram utilizados os espichos, sondas que furavam os sacos para tirar a amostra. A utilização deste tipo de sonda não era bem aceite, pois diminuía a qualidade dos sacos de linho, onde se transportavam os cereais.
Mais tarde o fiel feitor do celeiro de Torre de Moncorvo, Sr. Sílvio Oliveira de Carvalho, apresentou e construiu um modelo de sonda para tirar as amostras de cereais em saco aberto que seria adoptado por outros responsáveis de celeiros.
Em 1962/63 foram realizadas as primeiras obras de reparação no sentido de fortalecer as paredes do celeiro.
Na década de 70 realizaram-se neste celeiro iniciativas de carácter lúdico tais como bailes de fim de ano e bailes de carnaval.

Nos anos 90, com o seu encerramento, o edifício foi vendido a particulares e em 2001 foi adquirido pela Câmara Municipal.
Desde o ano 2008 é onde o grupo de teatro Alma de Ferro faz os seus ensaios
e dá os seus espectáculos.
Nota do editor: transcrição do texto fixado no vidro do armário feita pelo Camané.
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Grupo Teatro Alma Ferro
E a velha estação vai ser museu.Grão a grão vamos vencendo as contrariedades.Ganha a cultura,embeleza a vila,atrai turistas,carrega o ego.Eu gosto de ir ao Celeiro ver o grande ALMA DE FERRO.
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