sábado, 26 de janeiro de 2013

Moncorvo -Efemérides (26/01)

26.01.1834 – Na Golegã, uma patrulha Miguelista “captura 4 pessoas, 2 excelentes parelhas uma de machos e outra de mula e 16 bois” que iam de Moncorvo para o exército liberal, em Lisboa.
26 Jan 1917 – Desastre da Barca de Silhades, tendo morrido afogadas nas águas do rio Sabor 11 pessoas. Sobre o assunto vejam um trabalho do dr. Carlos Seixas publicado no jornal Terra Quente e neste blog o ano passado.
Ver:
António Júlio Andrade

2 comentários:

  1. Estes versos foram-me ditados pelo meu padrinho (Artur Manuel Bento)
    Penso que a autoria deles será do Acacinho da Joana, mas não tenho a certeza o que sei é que estão incompletos.

    Carlos Seixas

    Aos 25/12/2012 acrescentou estes:

    - Ó barqueiro, ó barqueiro
    Ó barqueiro, ó ladrão
    Deixas-te virar a barca
    Lá no meio do cachão

    - Lá no meio do cachão
    Lá naquele poço meio fundo
    Os homens que iam lá dentro
    Disseram adeus ao mundo

    - Adeus mundo, adeus mundo
    Eu de ti já não quero nada
    Já me chamou deus a contas
    Vou seguir minha jornada.

    Dia 26 de Janeiro
    13 Homens passar tentaram
    Lá na barca de silhades
    Onze destes se afogaram

    Dos onze que se afogaram
    É que se trata falar
    Eram cinco de Moncorvo
    E eram seis do Felgar

    De Moncorvo ao Felgar
    Altos gritos se ouviam
    Chorando filhos por pais
    E mulheres pelos maridos

    Marido da minha vida
    Marido do meu coração
    Diziam as tristes viúvas
    Com grande aflição

    O Manuel da Ricardina
    Por bem pouco se afogou
    Chegando à calçada da azenha
    De cansado mergulhou
    O pobre Silva pastor
    À borda mesmo nadando
    Entre um vulcão com fervor
    O envolvera devorando

    Na primavera da vida
    Morreste António Teixeira
    D’ entro da barca seguias
    Teu cunhado vendo à beira

    Tome lá o meu relógio
    Que já vi que horas são
    Mil segundos te guardara
    Que tinha no meu coração

    Dizia o pai chorando
    Dizia a mãe a gritar
    Adeus meus queridos filhos
    Já não vos volto abraçar

    O Pinto vem do Brasil
    Á morte julgando escapar
    Mas coitado, a triste sorte
    Onde o veio a arrastar
    Adeus Antoninho Brites
    Teus amigos não vais ver
    Nem mais as moças solteiras
    Carinho te vão fazer

    Destes onze que se afogaram
    Apareceu o mais novinho
    Estava todo enterrado
    Lá no termo do Larinho.

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  2. Ontem à noite ao serão, um felgarense ainda dos de certo, disse-me os seguintes 3 inéditos versos que se cantavam e de autoria desconhecida :

    - Ó barqueiro, ó barqueiro
    ó barqueiro, ó ladrão
    deixastes virar a barca
    lá no meio do cachão.

    - Lá no meio do cachão
    lá naquele poço mais fundo
    os homens que iam dentro
    disseram adeus ao Mundo.

    - Adeus Mundo, Adeus Mundo
    eu de ti já não quero nada
    já me chamou Deus a contas
    vou seguir minha jornada.
    .....

    Quem seria o autor destes versos ?
    E a sua continuação, cadê ?


    Um felgarense nostálgico.

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