Soube pelo Melro que o Esquerdo já tinha mandado notícias. A vida era difícil nos arredores de Paris. Com ele viviam na mesma barraca, mais oito pessoas. Três portugueses, dois marrocanos e três algerianos, dizia o Melro citando o Esquerdo.A sobrevivência era feita de expedientes. Normalmente trabalhava nas obras, vida dura em clima agreste. Quando não havia trabalho, ajudava os outros a tentar erguer barracas com melhores condições. Tudo, claro, na mais perfeita das ilegalidades. Era o contributo português para a recuperação francesa do pós-guerra. Trabalho transmontano, minhoto e beirão. Os escorraçados do regime. Homens valentes de fibra e coragem cujo único pecado foi terem nascido, especialmente como os seus pais: sem nada.
Bom livro recomendo a leitura.
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