quinta-feira, 29 de junho de 2017
Peredo de Bemposta Mães reclamam segurança nos transportes escolares
Um grupo de mães de Peredo de Bemposta, concelho
de Mogadouro, distrito de Bragança, alertou hoje para a
alegada falta de segurança nos autocarros que fazem transporte dos
alunos para o Agrupamento de Escolas de Mogadouro.
Sandra Martins, uma das mães que faz o alerta, garantiu à
Lusa que já havia denunciado a situação há algum através de conversas e e-mails
trocados com o município de Mogadouro.
“A nós, mães, preocupa-nos a falta de segurança no
transporte dos nossos filhos no trajeto casa/escola e vice-versa, porque o
autocarro que faz o transporte não tem cintos de segurança e avaria
constantemente, o que por vezes provoca atrasos na chegada dos alunos à
escola”, contou a mãe que se assume como uma porta-voz de um movimento de mães
descontes com esta situação.
Para o grupo, a falta de cintos de segurança é uma
das principais preocupações, com principal incidência em tempo de inverno.
Segundo Sandra Martins, o proprietário da empresa
concessionária do transporte já foi alertado para esta circunstância e nunca
deu resposta a situação.
Investigadores anunciam nova categoria de vinho “Pinking”
Projecto da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
(UTAD) vai ser lançado pela Adega Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo a
7 de Julho, a partir da uva de casta branca ‘Síria’
Uma investigação com origem na Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) identificou uma categoria de vinho “nova” e
“única no mundo”, o “Pinking”, que tem pedido de patente registada, anunciou
hoje a academia transmontana.
Segundo explicou a UTAD, localizada em Vila Real, o
“Pinking” teve origem num trabalho de investigação de mestrado em Enologia, tem
já um pedido de patente nacional e internacional e vai ser lançado pela Adega
Cooperativa de Figueira de Castelo Rodrigo a 7 de Julho.
ALFÂNDEGA DA FÉ - Oficina
Malha Fina Cartonera
As editoras cartoneras são uma tendência de editoriais
alternativas que utilizam papelão reaproveitado para a publicação. Surgiram em
2003
com a criação de Eloísa Cartonera em Buenos Aires e sua expansão
progressiva pela América Latina e outros continentes.
LARINHO - Livro e CONVITE


Lançamento do livro Larinho – Torre de Moncorvo,
de Álvaro Leonardo Teixeira, António Júlio Andrade,
Dorbalino dos Santos Martins, José Manuel Remondes,
Luís Miguel Lopes, Maria Amélia Madaleno,
Maria C. Cordeiro Salgado e Rui Leal Leonardo.
Dia 2 de Julho, domingo, pelas 17:00 horas, na Igreja Matriz do Larinho, Torre de Moncorvo.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
A DANÇA DOS SORRISOS, por Luís Borges e Amadeu Ferreira
[Baile no largo da aldeia. Montalegre. 2010.]
impossível adivinhar qual dos sorrisos dança ao toque da concertina ou do clarinete, pois
talvez o segredo esteja no imperturbável espanto do cajado: quando o rosto já não consegue
e a mente vai por outras curvas de nível, dá jeito ter um sorriso sempre à mão para abraçar,
capaz de nos levar a esse terreiro onde nunca por nós próprios deixamos de esperar, apesar da
frieza da pedra a que o tempo nos vai encostando ou do luto com que nos vamos vestindo.
Luís Borges (foto) e Amadeu Ferreira (texto)
ESTADO NOVO - FOTO DE FAMÍLIA

Montalegre - Salto

O território da freguesia actual 78,6 km2 era ocupado
também pela freguesia de Novaíças que incluía vários casais e herdades em
diferentes povoações entre- tanto desaparecidas: Pontido, Curros de Mouro,
Ulveira, Gulpilheiras, etc. Os grandes mosteiros do norte Refojos, Pombeiro e
Bouro – todos levantavam daí grossas rendas. A história desta freguesia dava
matéria para dez livros como este. Aqui poderá visitar a antiga casa do
Capitão, agora pólo do Ecomuseu de Barroso, onde encontrará uma apresentação
dos ofícios tradicionais, do Pisão de Tabuadela e das Minas do Volframio da Borralha.
Fonte: http://www.cm-montalegre.pt/showFreg.php?Id=26
Falando sobre a morte de Trindade Coelho
Muito se tem
falado e escrito, e muito há ainda para falar, sobre a obra e a vida do
distinto escritor de Mogadouro, mas muito pouco se tem falado da sua morte e
ainda menos onde aconteceu e como ocorreu, nesse trágico dia 9 de Agosto de
1908. Justamente, venho falar-vos desse assunto, que interessa a todos os Mogadourenses
e homens de cultura. È um assunto melindroso, por vezes até tabu, mas que
interessa esclarecer: como é que um talentoso escritor, prestigiado e famoso,
bom chefe de família, família que ele amava profundamente, competente
magistrado e intelectual respeitado, na flor da idade (tinha apenas 47 anos),
comete um acto de desespero tão medonho? Isto estranhou muita gente do seu
tempo, como por exemplo Alberto d’Oliveira[2] que,
comentando os suicídios de Antero de Quental, Camilo Castelo Branco e Trindade
Coelho, escreveu, a respeito deste o seguinte: “O suicídio de Trindade Coelho, a mim que estava longe e recebi de
chofre a triste notícia, a um tempo ensombrou o meu coração de velho amigo e
deixou o meu espírito atónito como perante um enigma. Todas as mortes eu
poderia imaginar ao autor de Os Meus
Amores, menos aquela. Trindade era um homem são de corpo e alma, alegre e
feliz de viver, que opunha a qualquer sofrimento uma têmpera rija e uma reacção
pronta. (…) Soube depois também, mas nunca o pude saber com suficiente nitidez
e precisão, que as suas alvoroçadas esperanças sofreram duro choque e
desencanto e que, pela primeira vez, a alma se lhe alagou de amargura e dor. A
sua saúde moral, erecta e inacessível como as serras do seu Mogadoiro,
desmoronou-se. Naquele espírito tranquilo entrou a agitação, a dúvida, a
cólera. Aqueles olhos, facilmente humedecidos de melancolia lírica, choravam
agora de pura aflição. E tal foi a tempestade do seu resistente coração que
nela se gerou o raio – o tiro inesperado, ilógico, impulsivo – que o matou. (…)
Mas Trindade Coelho, nascido para a felicidade normal, para a alegria
contagiosa, para a acção enérgica e fecunda, esse morreu, ainda mais
tristemente, às mãos de Portugal, às nossas mãos, às mãos da nossa desordem, da
nossa injustiça, da nossa secular inveja e da nossa desesperadora esterilidade
cívica.[3]”
É isso que vamos tentar explicar aos amigos
leitores.
O fim, por Tiago Patrício
![]() |
Fotografia:Lb |
Percorro toda
a infância com a memória de um ritual de
bestas e homens rudes, de vozes graves, de velhas de
xaile preto à porta de casas de pedra lascada,
de cães de pêlo crespo e
gatos pretos escondidos
no buraco das portas de madeira. Subo
por essa rua enlameada com umas botas de borracha vermelhas três números acima, que
destoam na paisagem cinzenta em que sonho o princípio da
terra. Sinto as pernas presas no lodo das chuvas de Outubro, como agora as mãos amarradas ao curso
livre da história, fico instantes que são
gerações no meu tempo pesado
e na
minha carne vestida de negro
a escutar as carroças
na calçada, com uma música que ecoa
na distância de um embalo.
Aguardo
pelo Inverno, quando o sol aquece todos os dias e a luz carameliza nas rugas a memória das coisas
que se esqueceram entre os
concílios do arrasto e da cinética.
Trás-os-Montes mantém um
espaço inacessível dentro das casas e dos habitantes e uma
reprodução desse tempo agreste traz
a marca trágica de
uma
quebra na relação com a natureza, como um cântico final ao
desaparecimento do
ser humano.
Tiago Patrício
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Douro Superior - Nova toponímia
A seta que aponta para a direita anuncia um beco, e a da esquerda, uma rua sem saída. Em que ficamos?
Torre de Moncorvo - A Tasquinha


A Tasquinha, de Maria Emília Lebreiro, mais conhecida por Dona Mila, abriu no passado dia 12 de Julho, em Torre de Moncorvo.
À frente do espaço encontra-se o seu filho, Jorge Bárbara,
que estava desempregado.
Situado no Largo General Claudino, junto à Igreja, o
estabelecimento conta com os mais variados petiscos, superiormente
confeccionados por Dona Mila.
Publicado a 14/07/14
Publicado a 14/07/14
NB
quarta-feira, 21 de junho de 2017
O Santuário do Imaculado Coração de Maria dos Cerejais
Cerejais, 18 jun 2017 (Ecclesia) – O Santuário do Imaculado
Coração de Maria dos Cerejais, em Alfândega da Fé, Diocese de Bragança-Miranda,
foi hoje elevado a Santuário Diocesano, por decisão do bispo local.
O decreto foi lido hoje no final do I Congresso Mariano
Diocesano, precisamente neste santuário.
D. José Cordeiro proclama assim “o conjunto dos lugares
sagrados da Mensagem de Fátima em Cerejais, Santuário Diocesano do Imaculado
Coração de Maria”.
As celebrações deste domingo começaram com uma oração pelas
vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, cujas vítimas foram depois lembradas na
Eucaristia, no Santuário do Imaculado Coração de Maria dos Cerejais.
A história deste santuário começou em 1961 com a construção
de uma capela dedicada ao Imaculado Coração de Maria e em ligação às aparições
de Nossa Senhora em Fátima.
Luís Ricardo apresenta : O Líder Charlatão
Luís Ricardo, residente nas Caldas da Rainha, faz o pré-lançamento do seu novo livro “O Líder Charlatão”, na Feira do Livro, em Lisboa, no dia 10 de junho, pelas 15h.
Com edição da Chiado Editora, este livro “procura identifica os que se julgam com capacidades especiais de liderança, os que se julgam iluminados, os que se julgam imprescindíveis para orientar as nossas perdidas vidas, os que gostam de ter poder sobre os outros, os que afirma que sem eles o grupo não conseguirá ter sucesso, em suma, os que nos dizes: entrega-me a tua vida e continua idiota”
“A biologia, a antropologia, a sociologia e a filosofia racional são os suportes desta obra, que nos aponta algumas das razões do ser humano gostar tanto de posições que lhe conferem poder”, adianta a descrição do livro.
Nascido em 1961 em Torre de Moncorvo, mora há oito anos e meio nas Caldas da Rainha. É doutorado em Liderança Educacional (UAb - Lisboa), mestre em Administração Escolar (UPortucalense - Porto), licenciado em Administração Escolar (ESEL - Leiria) e licenciado em Engenharia Eletrotécnica (ISEC - Coimbra).
Tem experiência como professor (ensino secundário e ensino superior) e como responsável técnico/comercial em organizações empresariais.
Publicou vários artigos relacionados com a temática da liderança e é o autor dos livros “O Líder e a Liderança” (2014) e “O Fim do Líder” (2016).
“A biologia, a antropologia, a sociologia e a filosofia racional são os suportes desta obra, que nos aponta algumas das razões do ser humano gostar tanto de posições que lhe conferem poder”, adianta a descrição do livro.
Nascido em 1961 em Torre de Moncorvo, mora há oito anos e meio nas Caldas da Rainha. É doutorado em Liderança Educacional (UAb - Lisboa), mestre em Administração Escolar (UPortucalense - Porto), licenciado em Administração Escolar (ESEL - Leiria) e licenciado em Engenharia Eletrotécnica (ISEC - Coimbra).
Tem experiência como professor (ensino secundário e ensino superior) e como responsável técnico/comercial em organizações empresariais.
Publicou vários artigos relacionados com a temática da liderança e é o autor dos livros “O Líder e a Liderança” (2014) e “O Fim do Líder” (2016).
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terça-feira, 20 de junho de 2017
LINHA DO SABOR - DUAS IGREJAS, A ÚLTIMA ESTAÇÃO
Chegada do primeiro comboio a Duas Igrejas,última estação da Linha do Sabor (22/06/1938).
Na fotografia:Frederico Soares Ferraz,maquinista;inspector Alcino Alves;António Manuel Ferraz, fogueiro.
NORDESTE TRANSMONTANO - PAISAGEM
Amendoeiras em flor, por Júlia Biló
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"Quando a memória se torna peça de museu" |
Eram os raparigos os primeiros a descobri-los e a comê-los. As mães ralhavam: “Não comas isso, seu diabo, que ficas com dor de barriga” . Qual dor de barriga? Eram deliciosos : tenros e frescos !
Mas os amendrucos endureciam. Levavam largos meses a endurecer: passavam as cerejas, os pêssegos, as laranjas, os figos lampos, chegavam as malápias e as uvas e os figos vindimos e só então as amêndoas começavam a abrir a primeira casca.
Depois da apanha e da partição, começava em Moncorvo um novo ciclo da amêndoa em que eram figuras principais as “ cobrideiras de amêndoa” . Para além das suas mãos ágeis, as suas ferramentas de trabalho eram – e continuam a ser - muito simples, até rudimentares: o enorme “caco” de barro, quase cheio de cinza com uma cobertura de brasas, uma grande bacia de cobre , linda, brilhante, oito dedais e um banquinho de pau.
Um pequeno monte de amêndoa pelada e torrada está agora no meio da bacia colocada sobre o caco; ao lado direito, o recipiente com o açúcar em ponto de pérola, nem um pouquinho mais, nem um pouquinho menos, ou a cobertura de açúcar não terá a brancura da neve. A cobrideira senta-se no seu banquito, benze-se e coloca os dedais. Aos pouquinhos, vai regando a amêndoa com a calda de açúcar e move-a na bacia de cima para baixo , de baixo para cima, em movimentos regulares e ritmados, até os biquinhos aflorarem ou até que a cobrideira ache que está “na conta”.
Era isto que fazia a minha mãe, grande cobrideira de amêndoa. Ah, e ia cantando um fado do velho Marceneiro: “Ausência tem uma filha / que se chama saudade…”
É com imensa saudade que olho para a velha bacia de cobre, brilhante, lindíssima, que guardo em minha casa, em lugar de destaque.
Publicado a 04/03/2012
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Taberna do Adro e a Taberna do Carró - Iconos gastronómicos
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