Luís Filipe Castro Mendes "não reconhece que haja
qualquer risco" do Parque Arqueológico do Vale do Côa vir a perder a sua
classificação de Património da Humanidade atribuída pela UNESCO. O ministro da
Cultura não está de acordo com a existência dos "graves problemas"
apontados por especialistas mas afirma manter-se em "diálogo permanente
com a UNESCO"
Em declarações ao Expresso, o ministro da Cultura afirma que
uma boa novidade na área do património é a resolução do problema administrativo
do Parque Arqueológico do Vale do Côa. Luís Filipe Castro Mendes adianta que
"a Fundação Côa está pronta a tomar posse", já estando constituídos
os órgãos diretivos e sublinha que será aberto de seguida um concurso público
para elçeger um diretor para o museu.
Mais. Castro Mendes regozija-se mesmo com o protocolo que
conseguiu assinar para o bom funcionamento do Parque com o Ministério do
Ambiente, o Turismo de Portugal, A Câmara Municipal de Foz Côa e Ministério da
Ciência.
Esta quarta-feira, em sede de audição da Comissão de
Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, na Assembleia da República, o tema
foi a base de todo o debate.
José Zilhão, o arqueólogo que coordenou a criação do parque,
alertou para o risco de este entrar na lista do património mundial em perigo da
UNESCO. “A situação atual é suficiente para que um cidadão, um grupo de
cidadãos ou um organismo da sociedade civil requeiram a integração do PAVC na
lista do Património Mundial em perigo.” O que é, acrescenta, “demasiado
desprestigiante para o Estado português, tendo em conta a forma como a UNESCO
apoiou o projeto”.
A presidente da comissão portuguesa do Conselho
Internacional de Monumentos e Sítios, Maria Ramalho, defendeu ainda a
apresentação de um relatório sobre o estado de conservação do parque ao Comité
do Património Mundial, propondo à UNESCO a abertura de um processo para avaliar
a situação.
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