[Baile no largo da aldeia. Montalegre. 2010.]
impossível adivinhar qual dos sorrisos dança ao toque da concertina ou do clarinete, pois
talvez o segredo esteja no imperturbável espanto do cajado: quando o rosto já não consegue
e a mente vai por outras curvas de nível, dá jeito ter um sorriso sempre à mão para abraçar,
capaz de nos levar a esse terreiro onde nunca por nós próprios deixamos de esperar, apesar da
frieza da pedra a que o tempo nos vai encostando ou do luto com que nos vamos vestindo.
Luís Borges (foto) e Amadeu Ferreira (texto)
E fica-se assim, na incerteza, sobre qual é melhor: se a foto, se o texto. Na certeza porém que sendo ambos de excelência, o seu conjunto promove-os ainda mais.
ResponderEliminarUm abraço
O poder encantatório das palavras, a profunda reflexão que despertam, surgindo de uma fotogafia intensa em própria.
ResponderEliminarAbraço
Júlia
Duas gralhas que são como corvos: " ... surgindo de uma fotografia intensa em si própria ".
ResponderEliminarPeço desculpa.
Júlia