A freguesia de Salto é, quer em área, quer em
população, a maior freguesia do concelho. Como espaço habitado e evangelizado, Salto é
já referido no Paroquial Suévico como uma das trinta paróquias já existentes,
no último terço do século VI e pertencentes à catedral de Braga. Ao longo da
sua vida teve muitos momentos de glória, daí a riquíssima história desta
freguesia. Enquanto os cruzados do norte da Europa atravessavam o Atlântico e o
Mediterrâneo, para combater nos lugares santos, o povo portugalense trepava
descalço os caminhos das suas peregrinações que atravessavam a freguesia. De
tal modo que D. Afonso Henriques autorizou e apoiou a construção da Albergaria
de São Bento das Gavieiras, ao monge Benedito, em 1136. Alguns nobres olharam
com cobiça para esse território onde adquiriram casais ou mesmo povoações como
Carvalho, Póvoa e Revoreda que eram do fidalgo-trovador D. João Soares Coelho e
de suas irmãs. D. Pedro I, o tal que arrancou o coração pelo peito a Pero
Coelho (bisneto do referido João Soares Coelho) e pelas costas a Álvaro
Gonçalves por terem morto Inês de Castro, também cobiçou Salto. Por isso,
depois de uma visita a Santa Senhorinha de Basto, de quem era devoto, cedeu-lhe
fartos rendimentos da Igreja de Santa Maria de Salto.
O território da freguesia actual 78,6 km2 era ocupado
também pela freguesia de Novaíças que incluía vários casais e herdades em
diferentes povoações entre- tanto desaparecidas: Pontido, Curros de Mouro,
Ulveira, Gulpilheiras, etc. Os grandes mosteiros do norte Refojos, Pombeiro e
Bouro – todos levantavam daí grossas rendas. A história desta freguesia dava
matéria para dez livros como este. Aqui poderá visitar a antiga casa do
Capitão, agora pólo do Ecomuseu de Barroso, onde encontrará uma apresentação
dos ofícios tradicionais, do Pisão de Tabuadela e das Minas do Volframio da Borralha.
Fonte: http://www.cm-montalegre.pt/showFreg.php?Id=26
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