Portugal, Bragança, Torre de Moncorvo
Arquitectura de comunicações e transportes, renascentista.
Ponte de arco renascentista de tabuleiro plano, sobre 7 arcos de volta
perfeita, com diâmetro diminuindo escalonadamente do centro para a margem, com
talha-mares e olhais.
Descrição
Ponte em cantaria de granito, com tabuleiro plano,
sustentada por sete arcos plenos; extradorso alinhado; diâmetro desigual mas
idêntico pé-direito. O arco central apresenta maior diâmetro, tendo os arcos
laterais pequenas diferenças de diâmetro entre si, diminuindo escalonadamente
do centro para as margens. Os talha-mares, de tamanho desigual, apresentam
secção triangular com degraus escalonados, existindo 6 a montante e 4 a
jusante. Sobre os arcos existem sete olhais rectangulares. O tabuleiro é
constituído por uma faixa de rodagem alcatroada e por dois passeios laterais,
em lajes de granito, que excedem os paramento laterais da ponte sendo
sustentados por mísulas; as guardas são em ferro.
Acessos |
Integrada no traçado do IP 2 (EN 102), Km 55, entre Macedo de Cavaleiros e Vila Nova de Foz Côa |
Protecção |
Inexistente |
Grau |
3 |
Enquadramento |
Ponte sobre o rio Sabor, localiza-se entre duas elevações. Cerca de 350 m para O., sobre um outeiro, situa-se a povoação medieval desertificada de Santa Cruz da Vilariça (v. PT010409020012). |
Descrição Complementar |
Utilização Inicial |
Comunicações e transportes: ponte |
Utilização Actual |
Comunicações e transportes: ponte com circulação rodoviária |
Propriedade |
Pública: estatal |
Afectação |
Época Construção |
Séc. 16 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor |
ARQUITECTO: João Lopes de Amorim (1644). MESTRE: Luís da Costa (1792). |
Cronologia |
Séc. 16 - Provável construção da ponte; 1758 - referida nas Memórias Paroquiais, como tendo sete arcos, dizendo-se que, antigamente, possuía no princípio um padrão com as armas reais, num dos lados e, do outro, a esfera armilar, do tempo de D. Manuel. |
Características Particulares |
Ponte quinhentista de grandes dimensões, constituindo desde o séc. 16 o principal local de atravessamento do Baixo Vale do Sabor. Possui talha-mares de secção triangular com degraus escalonados e olhais sobre os arcos. |
Dados Técnicos |
Estrutura mista. |
Materiais |
Cantaria de granito, guardas em ferro, pavimento em alcatrão e lajes de granito. |
Bibliografia |
SALLES, Padre Ernesto Augusto Pereira de, Mirandela. Apontamentos Históricos, Mirandela, 1983; ANDRADE, António Júlio, Dicionário Histórico dos Arquitectos, Mestres de obras e de outros construtores da vila de Torre de Moncorvo, Brigantia, vol. 11, nº 3 / 4, Bragança, 1991. |
Documentação Gráfica |
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica |
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa |
Dicionário Geográfico de Portugal, vol. 37, nº 75, pp. 659-674 |
Intervenção Realizada |
1644 - obras de remodelação efectuadas por João Lopes de Amorim por ordem da Câmara Municipal de Moncorvo; 1722 - obras de reparação do lastro da ponte danificado pelas cheias (ANDRADE, 1991); 1792 - obras de remodelação do tabuleiro efectuadas por Luís da Costa por ordem da C. M. de Moncorvo (ANDRADE, 1991); séc. 19 - remodelação da ponte. |
Observações |
*1 - Esta ponte integrava-se no antigo caminho que de Torre de Moncorvo se dirigia para N. em direcção a Bragança. Parte desta via ainda se conserva, tendo sido destruído junto à ponte pelas obras de construção do IP2. *2 - A construção de uma ponte com estas dimensões justifica-se devido às frequentes cheias no Baixo Sabor, provocadas pela proximidade da sua foz no rio Douro. Junto ao extremo E. do tabuleiro existe um marco granítico assinalando a altura atingida pelas águas nas maiores cheias. |
Autor e Data |
Paulo Amaral e Miguel Rodrigues
1997 Fonte:http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=542 Foto A.F.M. |
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