Ecopista de Torre de Moncorvo.Foto A.F.M. |
A REFER pretende avançar com a concessão da totalidade
do canal ferroviário da antiga linha do Sabor, tendo em vista a sua
transformação num corredor destinado a uma Via Verde que englobe ecopistas e
ciclo vias. "Prentendemos que seja criado um corredor verde ao longo de
todo canal ferroviário, já que a via atravessa o Parque Natural do Douro
Internacional, havendo por isso mais valias turísticas e ambientais que terão
de ser exploradas", disse, este sábado, à Lusa, o gestor do Plano Nacional
de Ecopistas da REFER, Luís Manuel Silvestre. A pretensão foi avançada, após
uma reunião de trabalho que juntou vários parceiros europeus ligados ao
turismo, cultura e património ferroviário e que decorreu em Miranda Douro. Antiga
linha do caminho-de-ferro do Sabor fazia a ligação entre as estações de Duas
Igrejas (Miranda do Douro) e o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa).
"Se numa
perspectiva europeia não utilizarmos as potencialidades dos produtos endógenos
relativos ao turismo cultural e paisagístico, turismo da natureza e outras
vertentes ligadas ao sector e se os mesmos não forem potenciados juntos dos
mercados emissores de turistas para o nosso território, é difícil cativar novas
actividades e empreendedores para as regiões abrangidas ", acrescentou o
responsável. O valor que a REFER património propõe é de 250 euros por
quilómetros/ano, durante um período de 25 anos, renovável, para as autarquias
que queiram avançar com um projecto de uma ecopista ou ciclovia no seu
território. "É um montante insignificante se for dividido pelos 365 dias
do ano, e depressa se chega à conclusão que se trata de valor ridículo",
frisou Luís Manuel Silvestre. Segundo o gestor da REFER, a construção de uma
ecopista ou ciclovia não inviabiliza a possibilidade de futuro, que no canal
ferroviário passa ser utilizado por outro tipo de transporte. Por seu lado, a
directora da Associação Europeu de Vias Verdes, a espanhola Mercedes Munoz, o
sucesso de construção de uma via verde é um sucesso garantido, havendo vários
exemplos tanto em França como em Espanha. "Na região francesa de Borgonha,
há uma ecopista com cerca de 700 quilómetros de extensão, equipamento turístico
que atrai aquela região mais de um milhão de visitantes por ano dispostos a
descobrir todo o potencial daquela área de território", exemplificou. Na
Europa começam a ser dados os primeiros passos em projectos transacionais que
englobam ciclo vias de vários países vizinhos, criando desenvolvimento
económico e sustentável. Agora a REFER pretende avançar com formas de persuadir
os concelhos espalhados um pouco por todo o país e que são atravessados por
estes tipos de canais ferroviários desativados, a aderirem a este movimento das
designadas "Vias Verdes Europeias".
António Espírito Santo disse: ...sinais dos tempos.....vias de progresso....reduzidas a caminhos ...pedonais....
ResponderEliminarRecordando tempos de estudante,felizmente,pois muitos da minha geração não tinham o " privilégio" de saírem de madrugada para aos tropeções,subirem ao Cabeço da Mua.Ainda ensonados, e outros com os "boches" de fora, percorriam os últimos metros com receio de perderem o baloiço de madeira que era a automotora vinda de Carviçais..Hoje,com crises várias a casarem se com esta maldita seca
Eliminaras correrias mais leves e higiénicas são, penso, um luxo,face a tão despidas hortas campos de sementeiras.Nada tenho contra o desporto ou contra as indicações médicas ou de fisioterapeutas. Mas com a falta de dinheiro que organismos públicos e privados se confrontam penso que os jardins, estádios de futebol e ginásios serviriam as mesmas finalidades que as ciclovias pretendem incentivar. Gostaria de ver o Secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas,nado e talvez nadador no Pocinho, onde seu avô,ferroviário,lhe terá impulsionado sua curiosidade de criança e amante da natureza, do belo e do património, alíás riquíssimo,que as estações ferroviárias da desactivada Linha do Sabor (?)em 1982, encerram.Pobre país que deixa cair em cacos o que tanto trabalho e mãos sabedoras e inteligentes ergueram para turista " não ver". As 4 Câmaras do Nordeste e as populações que representam teriam a ganhar se deitassem mãos à obra de recuperar tais estações para fins os mais diversos desde o cultural, o associativismo e ao turismo. Que os responsáveis políticos , com José Viegas a liderar a " ciclovia cultural",assessorado e iluminado pelos homens da Refer e da " neo - gulbenkiana Edp, respectivamente. A ser assim, e recuperado o que puder ser recuperado tais cérebros iluminados e com poder seriam merecedores de umas boas amêndoas, das de Moncorvo e docinhas... Não refazendo o muito já desfeito, o prémio literário que merecerão será uma corridinha pelas ciclovias com 30 quilos de hematite ás costas desde o Carvalhal,do ferro,até Fornos.Aqui chegados pela redobrada seca de Agosto se quisessem jantar teriam como prémio escouçar os feijões pequenos adubados com um bocadinho de unto.Para sobremesa então ainda-se poderia arranjar uns figuinhos de Masouco, apanhados pelo trio corredor,em passeira alta!
Caminhos pedonais cuja construção e manutenção custam muito caro e cuja utilização é praticamente nula.
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