sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Nordeste Transmontano - EFEMÉRIDES (15 / 11)

Banda de  Carviçais
(2011)
15.11.1675 – A Câmara de Moncorvo requer ao padre Francisco da Silva, director do convento de S. Filipe de Néry, de Freixo de Espada à Cinta para que instale um convento da sua Ordem no Recolhimento de S. Nicolau, em Moncorvo.
15.11.1903 – Inauguração dos trabalhos da ponte rodo-ferroviária do Pocinho sobre o rio Douro, obra construída pela Companhia Industrial Portugueza e um dos belos exemplares da arquitectura do ferro. À festa de inauguração presidiu o ministro das obras públicas Conde de Paçô Vieira. A festa começou no dia anterior, pelo meio dia, altura em que foi lançada uma girândola de foguetes. Às 4 da tarde deram entrada em Moncorvo as delegações de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro, trazendo à frente a Banda de Música de Carviçais.
Ao cair da noite, chegaram as delegações de Macedo de Cavaleiros e Bragança, chefiadas pelo deputado Alberto Charula. Todas as janelas das casas estavam iluminadas com lâmpadas venezianas, razão por que as ruas de Moncorvo apresentavam um aspecto magnífico. Houve um passeio cívico pelas mesmas ruas, com as Filarmónicas de Torre de Moncorvo e Carviçais à frente, fazendo-se vários discursos, de varandas de casas.
Na manhã do dia 15 tudo partiu para o Pocinho, ficando a vila quase deserta. Ali tocaram as Bandas de Infantaria 6 (do Porto), de Fozcôa e Carrazeda de Ansiães, para além das de Moncorvo e Carviçais. Houve um banquete oferecido pela firma construtora e discursos do presidente da mesma empresa, do deputado Ferreira Margarido e do ministro.
Gerou-se depois alguma confusão e até cenas de pancadaria entre os de Torre de Moncorvo e de Vila Nova de Fozcôa. O pretexto foi o de não terem deixado discursar o ex-governador civil da Guarda e deputado por Fozcôa, dr. José Cavalheiro. Aliás, este político, bem como seu irmão, Adriano Cavalheiro e a câmara de Fozcôa eram muitas vezes acusados de andar a sabotar lá por Lisboa a construção da ponte, pois ela não interessaria àquele concelho, na medida em que perderia uma boa fonte de receita que era a metade da renda da barca de passagem ali existente.
Destaque-se o trabalho da comissão dos festejos que era presidida pelo moncorvense Casimiro Vasco Ferreira de Leão e secretariada por Artur Lopes Cardoso.
15.11.1924 – Correspondência remetida ao delegado do procurador da república em Moncorvo, pelo comandante da polícia civil:
- Para conhecimento seu, remeto o incluso exemplar do regulamento das sociedades secretas de propaganda do comunismo, conhecidas por “Legião Vermelha” para poder avaliar os meios nocivos que adoptam os inimigos da ordem e da sociedade.
António Júlio Andrade

3 comentários:

  1. Quando a ponte no Pocinho cair tem direito a banda?

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  2. Não há dúvida: o A.J.Andrade prima por trazer até nós acontecimentos, episódios, cenas do nosso passado que eu, de todo, desconhecia.

    Obrigada, Amigo.

    Júlia

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  3. Também eu desconhecia tantas coisas, informação preciosa, que tenho a sorte de poder aqui encontrar.Obrigada A.J.Andrade!
    Arinda Andrés

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