By Heart é sobre a arte de aprender palavras de cor. Aprender de coração. Neste espectáculo, um grupo de 10 pessoas decora um poema. Misturando histórias da sua família com narrativas reais e ficcionais, Tiago Rodrigues recorda-nos da importância de saber textos de cor. Os textos que passam a fazer parte de nós. Os textos que continuam em nós, mesmo quando todos os livros são confiscados, todas as bibliotecas fechadas.
texto, encenação e interpretação: Tiago Rodrigues
texto com fragmentos e citações de William Shakespeare, Ray Bradbury, George Steiner, Oliver Sacks, Joseph Brodsky, entre outros
cenário, adereços e figurino: Magda Bizarro
apoio técnico: André Calado
imagem do cartaz: Westwood & Strides
direção de produção e fotografia de cena: Magda Bizarro
assistência de produção: Rita Mendes
produção: Mundo Perfeito
coprodução: O Espaço do Tempo, Maria Matos Teatro Municipal
Tiago Rodrigues
Actor, dramaturgo, produtor e encenador, é
director artístico do Mundo Perfeito, estrutura que criou em 2003.
Recentemente, o jornal Público considerou Tiago Rodrigues um dos mais
influentes jovens criadores da última década em Portugal. Seja a trabalhar 14
horas por dia como aprendiz numa cozinha de três estrelas Michelin para criar
"O que se leva desta vida", a filmar um dos mais conhecidos pivôs de
Telejornal em silêncio para o espectáculo "Se uma janela se abrisse"
ou a encenar um espectáculo na fachada de um edifício em "Hotel
Lutécia", o trabalho de Tiago Rodrigues tem sido reconhecido pela sua
capacidade de derrubar fronteiras entre o teatro e diferentes realidades.
Desenvolvendo o seu trabalho como actor,
encenador, produtor e dramaturgo, Tiago Rodrigues nasceu em 1977. Trabalhou
como jornalista no semanário Grande Amadora,dirigido por seu pai o jornalista Rogério Rodrigues, ao mesmo tempo que frequentava a
Escola Superior de Teatro e Cinema. Aos 21 anos, desiste da escola de teatro
para trabalhar com a companhia belga tg STAN, com a qual continua a colaborar
desde 1998, tendo co-criado e interpretado espectáculos em inglês e francês
apresentados em mais de 15 países. No seus primeiros anos como actor, também
colaborou com os Artistas Unidos e com o colectivo SubUrbe, ao mesmo tempo que
dirigia criativamente vários programas de televisão alternativos, entre os
quais o premiado "Zapping", como argumentista para televisão com as
Produções Fictícias e como cronista em vários jornais como o Diário de
Notícias, Expresso e A Capital.
Em 2003, decide sediar a sua actividade em
Lisboa e cria a estrutura Mundo Perfeito em conjunto com Magda Bizarro, onde
continua a desenvolver um trabalho fortemente baseado na colaboração artística
e nos processos colectivos, criando uma grande quantidade de espectáculos num
curto período de tempo, alguns produzidos por prestigiados festivais como o
Alkantara Festival ou o Festival d'Autaumne à Paris, e fazendo digressão em
países como Portugal, França, Reino Unido, Bélgica, Holanda, Noruega, Suécia,
Itália, Eslovénia, Espanha, Itália, Suíça, Líbano e Brasil. Além de co-criações
internacionais como "Berenice", com os já seus conhecidos belgas tg
STAN ou "Yesterday's Man", com os artistas libaneses Rabih Mroué e
Tony Chakar, Tiago Rodrigues foi co-autor de espectáculos com alguns dos mais
relevantes criadores portugueses. Também levou à cena textos inéditos de
autores internacionais como Tim Etchells ou Nature Theatre of Oklahoma, tal
como de dezenas de autores portugueses, entre os quais se destacam José Luís
Peixoto, Jacinto Lucas Pires, José Maria Vieira Mendes ou Miguel Castro Caldas.
Também com o Mundo Perfeito, criou e coordenou os projectos
"Urgências", no âmbito da nova dramaturgia portuguesa, e
"Estúdios", dedicado à colaboração artística entre criadores
portugueses e estrangeiros.
Aos 26 anos, começa a trabalhar como professor
convidado na escola de dança contemporânea PARTS, em Bruxelas, dirigida pela
coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker. Depois disso, dá aulas em diversas
escolas de teatro e dança em Portugal, entre as quais a Universidade de Évora,
ESMAE, Balleteatro e Escola Superior de Dança de Lisboa, assim como no
estrangeiro, seja em programas universitários como o mestrado "The
Autonomous Actor" em Estocolmo, ou dirigindo workshops para actores nos
teatros onde também faz digressão.
Em 2010, Tiago Rodrigues inicia uma nova etapa
no seu percurso, passando a criar as suas próprias peças, embora continue a
desenvolver colaborações artísticas. A primeira peça que escreve e dirige
intitula-se "Se uma janela se abrisse" e mereceu uma nomeação para
Melhor Espectáculo do Ano pela SPA. Além do seu trabalho pessoal, Tiago
Rodrigues colaborou como dramaturgista e autor de textos em três obras do
coreógrafo Rui Horta e também como dramaturgista e tradutor dos textos de
Rodrigo Garcia para os criadores Ana Borralho e João Galante.
Tiago Rodrigues também tem continuado o seu
trabalho como actor e argumentista para cinema e televisão, colaborando com
realizadores como Tiago Guedes e Frederico Serra, João Canijo, Bruno de Almeida
e Marco Martins, entre outros. Em "Mal Nascida", de João Canijo,
filme seleccionado para a competição oficial do Festival de Veneza, a sua
interpretação mereceu-lhe o Prémio de Melhor Actor Secundário de 2008 da GDA.
Recentemente, escreveu o argumento e também foi actor da mini-série "Noite
Sangrenta", vencedora do prémio de Melhor Ficção Televisiva da SPA e
nomeada para o prémio de Melhor Mini-série no Festival Internacional de TV de
Monte Carlo, ao lado de produções de todo o mundo.
Tiago Rodrigues também tem vindo a desenvolver
vários projectos artísticos comunitários como uma oficina de escrita criativa
com menores detidos em centros educativos que mais tarde resultou num programa
no Rádio Clube Português; escrevendo e dirigindo o espectáculo "Bela
Adormecida" com actores e bailarinos maiores de 60 anos, dando origem à
Companhia Maior; escrevendo o texto "A mulher que parou" para o
projecto de teatro desenvolvido pela associação Alkantara no bairro da Cova da Moura;
escrevendo também o texto "Coro dos maus alunos" para o projecto
PANOS, da Culturgest, que foi levado à cena por mais de uma dezena de grupos de
teatro escolar em todo o país; ou coordenando a criação de uma peça colectiva
por estudantes do secundário acerca do tema Governar, em colaboração com o
Teatro Maria Matos.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiago_Rodrigues
Tiago Rodrigues convida o público a decorar um soneto de Shakespeare. Nós tentámos cumprir. De hoje a sábado no Maria Matos, em Lisboa
ResponderEliminarIsto aconteceu mesmo. E o problema é que nunca tive muito jeito para decorar textos. Pouso a mala, tiro a caderno para cima do joelho e, quando dou por mim, estou sentado ao lado de dez pessoas a decorar os primeiros quatro versos do 30.º soneto de Shakespeare. Ora vejamos se ainda me lembro: "Quando em meu mudo e doce pensamento/ Chamo à lembrança as coisas que passaram..." Ups. Mas o ensaio de imprensa já foi na semana passada, não me recriminem. E ir à internet é batota. Espero não ter desiludido ninguém. Além disso, a peça envolve muitas outras referências linguísticas, entrevistas, citações de autores e afins.
Estou desculpado? E o caro leitor prepare-se, porque o espectáculo só começa quando as dez cadeiras estiverem preenchidas. E só termina quando o poema estiver sabido. De hoje a sábado no Teatro Maria Matos, em Lisboa. Não tenha receio.
Tiago Rodrigues, encenador e actor, conta-nos uma história pessoal que decidiu levar a palco. Cândida, sua avó, tem 94 anos e vive em Trás-os-Montes. De quando em vez, quando a visitava, o neto levava-lhe pilhas de livros para ela ler. Certo dia, a avó pede-lhe para que leve todos os livros de sua casa e que escolha um para decorar por inteiro, isto porque a falta de visão lhe está a deteriorar a leitura. Um livro para poder ler mentalmente quando deixar de ver por completo. "A ideia surge do desejo da minha avó. Foi uma história que comecei a contar a algumas pessoas e achei incrível, à medida que fui relatando, que essa vontade estivesse relacionada com aquilo que faço profissionalmente e com a forma como vejo o teatro", explica.
Com o desenrolar do espectáculo, Tiago Rodrigues vai explorando histórias de textos proibidos que, por uma ou outra razão, tiveram de ser decorados mentalmente para sobreviverem. Para isto baseou-se na entrevista de George Steiner no programa holandês "Beleza e Consolação". Palavras soltas e combinações pouco prováveis que se interligam com a história de Cândida e com a sua. A primeira citação que dá o mote pertence precisamente a Steiner: "A maior homenagem que podemos fazer a um texto é decorá-lo, pelo coração, não pelo cérebro [by heart, not by brain], porque a expressão é vital."
A forma da peça é um bocado esta.
http://www.ionline.pt/artigos/mais/by-heart-dez-pessoas-pomar-poemas
By Heart é um espectáculo de teatro escrito, encenado e interpretado por Tiago Rodrigues. Esta peça parte de um episódio autobiográfico para se lançar numa pesquisa artística sobre a importância da memória na forma como a sociedade e o indivíduo se relaciona com a arte. A Avó de Tiago Rodrigues, mulher de origens humildes mas ávida leitora de romances, está a perder a visão gradualmente. Então, decidiu parar de ler livros novos e concentrar-se em apenas decorar um poema. Neste espectáculo Tiago Rodrigues conta como escolheu este poema para a sua Avó decorar e ensina esse poema a 10 pessoas.
ResponderEliminarCompilando episódios e relatos ficcionais ou verídicos sobre a memorização de palavras, melodias ou movimentos, Tiago Rodrigues compõe um texto para ele próprio interpretar em palco. Socorrendo-se também do pensamento de filósofos e escritores que se debruçaram sobre o tema, Tiago Rodrigues pretende questionar a memorização como forma de colocar a arte no centro das nossas vidas num momento de barbárie economicista e terraplanagem cultural. O contacto com os 10 voluntários que aprendem de cor um poema transforma cada apresentação deste espetáculo num acontecimento único, que se molda face a diferentes identidades culturais de cada comunidade onde é apresentado.
https://www.google.pt/search?q=tiago+rodrigues+by+heart&oq=tiago+rodrigues+by+heart&aqs=chrome..69i57.18052j0j4&sourceid=chrome&es_sm=122&ie=UTF-8
Vitória Lázaro :
ResponderEliminarTemos que ir ver o Tiago.
Tanto que eu queria estar convosco neste dia ! Mas não me é possível .
ResponderEliminarMuito êxito - que, estou certa, vai ter - muitos amigos e muita alegria.
Abração
Júlia Ribeiro
António Espírito Santo Mourão :
ResponderEliminarLá...estarei!
Ana Diogo:
ResponderEliminarDecorar poemas, actividade lúdica e cultural a desenvolver (de novo) nas crianças e jovens! Urgente.