O Senhor Afonso, como era conhecido, foi durante muitos anos o único solicitador encartado em Moncorvo. Tinha o seu "estaminé" na praça , do lado oposto ao tribunal, antes da Beatriz do soto. Numa comarca extensa, com más vias de comunicação ,índices de analfabetismo de terceiro mundo, ter em quem confiar era um conforto para essa gente. Daí o nome de hospitaleiro, ou como diz Rogério Rodrigues, o nome vinha da sua ligação à Maçonaria. Se assim é,nunca um nome atribuído por um cargo, reflectiu o sentir de todos que recorriam ao Senhor Afonso. Bem haja a Maçonaria! Tantas coisas nos revela este blogue. Mexe na nossa memória, acorda-a, voltamos a ser raparigos. Parece que estou a ver o Senhor Afonso , a sair do soto do Senhor Victor (seguia-se o Júlio chapeleiro e a ourivesaria) com folhas de papel selado, a caminho do tribunal. Os irmãos Sangra , Adriano e Tó , um no registo Predial ,outro no Notário( Chefiado pelo dr. Amável um dos comandantes da Legião Portuguesa, fascista convicto)esperavam –no ,sempre com um sorriso de amizade e respeito. Engraxava os sapatos no Cágado das Moscas, na praça e tomava o café no Basílio( o café Moreira era para os Amáveis e outros drs, incluindo o Pardal sem Rabo ,que apenas tinha a frequência dos liceus mas era dono de casa com capela e vivia dos rendimentos).Paro aqui, fecho o álbum e vou à Livraria Bulhosa, no Colombo, comprar “Saúde e Fraternidade”.Terá?
Texto anónimo repescado no blog que encerraram:http://torredemoncorvoinblog.blogspot.com/2009/03/miguel-mesquita-o-homem-do-cinco-de_13.html Há mais textos de interesse no post(13 /03/09) de Rogério Rodrigues sobre Miguel Mesquita e a República.
Para o Lelo Por razões especiais passo este ano umas férias mais calmas e tenho tido tempo para apreciar o trabalho que estás a desenvolver pela memória de todos os transmontanos. Eras um pouco mais novo e eu conhecia-te mais como o irmão da Fernanda e da Julieta. Desconhecia a tua vida profissional e o teu talento e estou rendida à tua sensibilidade e personalidade. Parabéns à Detinha minha companheira de brincadeiras e agora tua mulher. Nesta apresentação do Sr.Afonso Hospitaleiro quando dizes que a foto foi cedida pelo neto Silvio, será o Silvio A.Carvalho? Lucinda
Pessoalmente acho que não conheço nenhum destes três primos..mas pelo nome , Silvio e Lucinha são meus conhecidos dos tempos de moncorvo.. E, penso que o meu livro de economia doméstica foi escrito pela d Lucinha Antunes ., que é prima da dina e da Lurdes minhas amigas de infância.. Muito brincámos e confidenciámos naquela nossa rua nova..e às vezes estava uma prima delas do porto que era o máximo a contar anedotas..bons tempos e belas e doces recordações.
O Senhor Afonso, como era conhecido, foi durante muitos anos o único solicitador encartado em Moncorvo. Tinha o seu "estaminé" na praça , do lado oposto ao tribunal, antes da Beatriz do soto.
ResponderEliminarNuma comarca extensa, com más vias de comunicação ,índices de analfabetismo de terceiro mundo, ter em quem confiar era um conforto para essa gente. Daí o nome de hospitaleiro, ou como diz Rogério Rodrigues, o nome vinha da sua ligação à Maçonaria. Se assim é,nunca um nome atribuído por um cargo, reflectiu o sentir de todos que recorriam ao Senhor Afonso. Bem haja a Maçonaria!
Tantas coisas nos revela este blogue. Mexe na nossa memória, acorda-a, voltamos a ser raparigos. Parece que estou a ver o Senhor Afonso , a sair do soto do Senhor Victor (seguia-se o Júlio chapeleiro e a ourivesaria) com folhas de papel selado, a caminho do tribunal. Os irmãos Sangra , Adriano e Tó , um no registo Predial ,outro no Notário( Chefiado pelo dr. Amável um dos comandantes da Legião Portuguesa, fascista convicto)esperavam –no ,sempre com um sorriso de amizade e respeito.
Engraxava os sapatos no Cágado das Moscas, na praça e tomava o café no Basílio( o café Moreira era para os Amáveis e outros drs, incluindo o Pardal sem Rabo ,que apenas tinha a frequência dos liceus mas era dono de casa com capela e vivia dos rendimentos).Paro aqui, fecho o álbum e vou à Livraria Bulhosa, no Colombo, comprar “Saúde e Fraternidade”.Terá?
Texto anónimo repescado no blog que encerraram:http://torredemoncorvoinblog.blogspot.com/2009/03/miguel-mesquita-o-homem-do-cinco-de_13.html
Há mais textos de interesse no post(13 /03/09) de Rogério Rodrigues sobre Miguel Mesquita e a República.
Para o Lelo
ResponderEliminarPor razões especiais passo este ano umas férias mais calmas e tenho tido tempo para apreciar o trabalho que estás a desenvolver pela memória de todos os transmontanos. Eras um pouco mais novo e eu conhecia-te mais como o irmão da Fernanda e da Julieta. Desconhecia a tua vida profissional e o teu talento e estou rendida à tua sensibilidade e personalidade. Parabéns à Detinha minha companheira de brincadeiras e agora tua mulher.
Nesta apresentação do Sr.Afonso Hospitaleiro quando dizes que a foto foi cedida pelo neto Silvio, será o Silvio A.Carvalho?
Lucinda
Obrigado pelo texto. Como amiga, estás a exceder-te nos elogios .O neto, é mesmo o Sílvio A.Carvalho.
ResponderEliminarOlá Lelo
ResponderEliminarMais uma coincidência interessante.
Obrigado pela publicação.
E é tão mais interessante quando se cruzam aqui 3 primos: Silvio, Lucinda e eu.
Abraço
Pessoalmente acho que não conheço nenhum destes três primos..mas pelo nome , Silvio e Lucinha são meus conhecidos dos tempos de moncorvo.. E, penso que o meu livro de economia doméstica foi escrito pela d Lucinha Antunes ., que é prima da dina e da Lurdes minhas amigas de infância.. Muito brincámos e confidenciámos naquela nossa rua nova..e às vezes estava uma prima delas do porto que era o máximo a contar anedotas..bons tempos e belas e doces recordações.
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