O "comboinho cansado" ! Tantas vezes que viajei nele... De inverno, era um frio de rachar. De verão, o calor era infernal. Até os bancos de madeira escaldavam . Se íamos para a janela, as faúlhas entravam pelos olhos dentro. A cara ficava negra do fumo. Mas hoje tenho tantas saudades !
o comboio da linha do Sabor - vulgo,Texas - e as subidas vagarosas e empinadas Pocinho acima e o apito estridente deste, qual relógio certeiro que anunciava e marcava as horas aos rusticos;
a estação linda e sempre super bem arranjada da estação do Felgar;
o movimento constante e ritmado das cestas do minério da Carvalhosa para a torva da estação do Carvalhal;
a barca de Silhades, as tantas vezes que nela passei e ajudei a puxar ao arame, qual arca de Noé,onde se juntavam pessoas e animais de carga, e até o andor do S.Lourenço e até por meia dúzia de vezes um tractor Massey Ferguson 135 a vencer as calmas àguas do rio Sabor;
e então que dizer das saborosas recordações do veraneio, das peixadas, das omeletes de espargos, dos mergulhos no rio Sabor;
e Silhades, pequeno, mas rico, povoado que tanto me marcou pelas vivências, convivios e excelentes serões aí passsados.
Bom... o melhor é acordar, despertar para a actualidade e ver que pelo progresso que aí vem, pagamos, na realidade, um elevado preço.
O "comboinho cansado" !
ResponderEliminarTantas vezes que viajei nele... De inverno, era um frio de rachar. De verão, o calor era infernal. Até os bancos de madeira escaldavam . Se íamos para a janela, as faúlhas entravam pelos olhos dentro. A cara ficava negra do fumo.
Mas hoje tenho tantas saudades !
Júlia Ribeiro
mais um tesouro. ANTONIO FEIJO
ResponderEliminarRecordo...
ResponderEliminaro comboio da linha do Sabor - vulgo,Texas - e as subidas vagarosas e empinadas Pocinho acima e o apito estridente deste, qual relógio certeiro que anunciava e marcava as horas aos rusticos;
a estação linda e sempre super bem arranjada da estação do Felgar;
o movimento constante e ritmado das cestas do minério da Carvalhosa para a torva da estação do Carvalhal;
a barca de Silhades, as tantas vezes que nela passei e ajudei a puxar ao arame, qual arca de Noé,onde se juntavam pessoas e animais de carga, e até o andor do S.Lourenço e até por meia dúzia de vezes um tractor Massey Ferguson 135 a vencer as calmas àguas do rio Sabor;
e então que dizer das saborosas recordações do veraneio, das peixadas, das omeletes de espargos, dos mergulhos no rio Sabor;
e Silhades, pequeno, mas rico, povoado que tanto me marcou pelas vivências, convivios e excelentes serões aí passsados.
Bom... o melhor é acordar, despertar para a actualidade e ver que pelo progresso que aí vem, pagamos, na realidade, um elevado preço.
Aubry