quinta-feira, 17 de abril de 2014

Contos no Terreiro ao Luar de Agosto,de Júlia Ribeiro (Biló)

Contos, histórias, poemas, lenga-lengas fazem parte do nosso património cultural imaterial. Será a parte  menos visível, mas nem por isso a menos rica. Penso que é um crime deixar que se perca. E seremos todos responsáveis por tal perda.
É  que aquelas histórias alimentavam o imaginário de gerações de pessoas – na sua maioria analfabetas – e constituíam uma forma de socialização extremamente importante. Eram também um código de normas de vida e de princípios morais.
Havia histórias brejeiras, picarescas, que divertiam. Os homens eram os contadores.
Por seu lado, as histórias das velhas tinham sempre um conteúdo muito denso, por vezes arrepiante, com o seu quê de religiosidade e de magia .
Ainda consigo ver  nitidamente  algumas das contadoras e a sua voz vive na minha memória. São estas vozes que, cada vez mais, se vêm impondo, implorando, exigindo não ser esquecidas. Elas sabem que esquecer é uma das formas mais eficazes de deixar morrer.
Júlia Ribeiro

5 comentários:

  1. Maria Fernanda Fernandes :
    Bem me parecia que o teu silêncio se traduzia em algo importante...Parabéns Júlia pelo novo livro...!!!

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  2. Boa noite querida Julinha!
    O titulo do livro diz tudo...Onde posso comprar?
    Beijinhos e parabéns!
    Irene

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  3. Wanda Alonso Wenceslau :
    Maravilhoso. Li e reli. Especial. Julia tem um jeito peculiar e interessante de escrever ,narrar, contar , comentar e o que mais??? adoro! Beijos Julia Ribeiro!!!

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  4. Ana Diogo:
    Um livro que vai para a minha lista de "a comprar"!!

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  5. Um abraço muito grande às Amigas blogueiras que, de passagem, vão deixando beijinhos e palavras tão amáveis . Obrigada.

    Júlia Ribeiro

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