Sem pretender tornar este assunto muito pesado para quem frequenta este blog, acho interessante divulgar estas linhas escritas nos anos de 1700 sobre Torre de Moncorvo, a sua fábrica de sabão e a Feitoria do linho-cânhamo.
Fazíamos sabão para todo o Norte do País, ou seja, produzíamos o Sonasol, o Ajax, o Tide, o sabão amarelo,o cor-de-rosa, o Fairy, para manter este Norte do País a brilhar e desinfectado; e se não fossem as nossas cordas as naus não teriam saído do Tejo ! Interessante. . .
E já agora partilho aqui a inovação da Escola Náutica do Infante D. Henrique, que se ausentou para Sagres com os seus companheiros.
Dizem que por maneirismos mais ou menos a dar para o maricas no ambiente da Corte ele não era bem visto.
Mas o que interessa é que descobriu o que, desde as primeiras embarcações à vela da civilizações mais antigas – (Fenícios incluídos, que chegaram ao Cachão da Valeira !) – não se sabia. O vento não empurra o barco através das velas. O vento suga as velas, é o “vácuo” depois da vela que suga o velame e deste modo movimenta o barco ! Tão simples mas teve de ser ele, o renegado da Ínclita Geração a descobrir; e daí toda a alteração a que procedeu na configuração do velame das naus que caracterizou o estilo português nas Descobertas.
Qualquer incorrecção deverá ser corrigida por quem desta matéria mais perceba.
F.Garcia.
Mirandela
Fazíamos sabão para todo o Norte do País, ou seja, produzíamos o Sonasol, o Ajax, o Tide, o sabão amarelo,o cor-de-rosa, o Fairy, para manter este Norte do País a brilhar e desinfectado; e se não fossem as nossas cordas as naus não teriam saído do Tejo ! Interessante. . .
E já agora partilho aqui a inovação da Escola Náutica do Infante D. Henrique, que se ausentou para Sagres com os seus companheiros.
Dizem que por maneirismos mais ou menos a dar para o maricas no ambiente da Corte ele não era bem visto.
Mas o que interessa é que descobriu o que, desde as primeiras embarcações à vela da civilizações mais antigas – (Fenícios incluídos, que chegaram ao Cachão da Valeira !) – não se sabia. O vento não empurra o barco através das velas. O vento suga as velas, é o “vácuo” depois da vela que suga o velame e deste modo movimenta o barco ! Tão simples mas teve de ser ele, o renegado da Ínclita Geração a descobrir; e daí toda a alteração a que procedeu na configuração do velame das naus que caracterizou o estilo português nas Descobertas.
Qualquer incorrecção deverá ser corrigida por quem desta matéria mais perceba.
F.Garcia.
Mirandela
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Texto publicado em Março de 2011
Temos que fazer a História da Cordoaria real de Moncorvo,fazer investigação, encontrar o que ainda se não perdeu.
ResponderEliminarTerra de investigadores ,arqueólegos,historiadores e pouco nos dizem sobre a cultura mais importante da Vilariça .As cordas que se faziam na Corredoura era para as caravelas irem às Indias.
Foi com esse dinheiro que se constuiu a maior igreja de Portugal.
António Júlio Andrade ,Fernando Garcia,todos ,por favor ,escrevam sobre a nossa Cordoaria.
LAG
Assunto pesado,nada,Fernando!Ideia brilhante a sua em nos fazer recordar a uns e dar a conhecer a outros o importante papel da nossa terra no fabrico do sabão e na cultura do linho-cânhamo.Se não fossem as "nossas" cordas,teríamos ido tão longe? Parece que o que nos resta é o nosso glorioso passado...
ResponderEliminarManeldabila
Caros Amigos:
ResponderEliminarEu gostava de saber o que o António Júlio já esqueceu!
Não passo de um curioso nestes assuntos;ele,sim, é Saber.
Uma amiga minha de Vale da Madre diria que "é como comparar Deus com um espanhol!", e o espanhol sou eu, claro !
Vamos aprendendo, neste blogue, uns com os outros, mas saibamos distinguir quem ensina porque sabe e quem aprende porque gosta.
Sou dos que gostam.
O mérito destes Farrapos consiste no registo vivo de experiências, saberes com cunho pessoal, resultantes das vivências de cada um, tendo como ponto fulcral Torre de Moncorvo e suas gentes e tudo o que lhes diga respeito ou com eles estão relacionados; e com emoção, muita emoção, porque estamos vivos e (ainda)temos Memória. Sem ressentimentos de qualquer natureza; sejamos os cronistas dos tempos passados e presentes dos pequenos ou grandes feitos das gentes de Torre de Moncorvo.
E dá gosto ler o que o AJA nos proporciona. É brilhante ! E faz-me sentir tão ignorante . . .
F. Garcia
Mirandela
Fernando agradeço os elogios mas não mereço tanto. Claro que é minha obrigação saber um bocadinho destas coisas, pois a isso tenho dedicado a maior parte da minha vida. Tal como o Fernando tem obrigação de saber das coisas da medicina, que é sua profissão. Concretamente acerca da Cordoaria, se lerem tudo aquilo que já se escreveu neste blog... há muita informação. De documentos que eu conheça sobre o assunto faltará apresentar um ou outro e que não acrescentarão muito... Também não tenho a certeza de que a Cordoaria Real de Moncorvo tivesse tanta importância nas Descobertas. Possivelmente antes da fundação da Fábrica pelo Rei, os particulares já fabricavam quantidades semelhantes de cordas e panos para as enxárceas dos barcos. E há uma coisa que me intriga: nas centenas de processos da Inquisição não encontrei em Torre de Moncorvo nenhum cristão-novo que fosse grande produtor de cânhamo, ao contrário do que aconteceu em Mirandela onde um familiar do Dr. Mirandela - o mais famoso dos médicos trasmontanos? - seria o maior produtor, superando inclusivamente o marquês de Távora. J. Andrade
ResponderEliminarPouco ou nada sabia sobre este assunto e, por partilharem connosco o que investigaram e sabem, agradeço muito ao António Júlio Andrade e ao Fernando Garcia, que há longo tempo não avistava por estas bandas.
ResponderEliminarMeu queridíssimo Fernando, acredita que já tinha saudades.
Abraços a ambos
Júlia
Boas tardes.
ResponderEliminarPara além dos interesses de negócio que detenho pelo Cânhamo Industrial e que podem observar em www.canhamohousehemp.com também me interesso pelo ambiente e esta é de facto a melhor, mais completa, mais versátil, mais rentável, mais natural PLANTA do Planeta.
A, nossa, Biblioteca Nacional tem mais de 20 registos sobre o Cânhamo Industrial onde um desses registo fala, de facto, de Torre de Moncorvo e da Cannaves em "terras de Vilariça".
Bem hajam.
Manuel Duarte
Acabamos agora de constituir a CANAPOR-Cooperativa para o Desenvolvimento do Cânhamo, CRL. Gostava muito de ter contacto(s) com eventuais interessados, agricultores ou não, sobre esta temática.
ResponderEliminarExistem em Portugal 4 teses de Mestrado, nestes últimos anos, sobre o Cânhamo Industrial.
Este ano já, Maio, vamos semear em terras de Ourém.
O nosso objectivo é semear, transformar e industrializar no nosso País, tendo em conta que ela, a fibra do Cânhamo Industrial, já é usada em Portugal mas importada de França e de Itália.
Os meus contactos: 214181796 - 919752345
manueljsduarte@hotmail.com
Bem hajam.
Manuel Duarte
Peço desculpa, mas se puderem adicionar esta petição online:
ResponderEliminarhttp://www.peticaopublica.com/?pi=PNCI2011
é de todo o interesse porque, creio, é elucidativa e o Planeta agradece.
Bem hajam.
Manuel Duarte