Se tivesse passado pelo filtro dos milagres do Vaticano ,tinham transformado Vilar Chão numa pequena Fátima, com resultados económicos superores a todos brindes da U.E.. Alfandega da Fé era hoje uma Leiria do norte e Moncorvo o local de passagem eleito. Todos sabemos que Trás os Montes espera por um milagre para não cair em coma profundo.Fugiu o de Alfandega ,mas ficou a Fé. Volta Amélia! kandevila
Ao ver este post lembrei-me de uma história que meu avô que era de Souto da Velha me contava.
Cá vai: a "santa" dizia que num determinado dia ia acontecer um milagre, então acorreram pessoas de todo o lado. O meu avô que não era crente ria-se com isso, mas não conseguiu demover o meu tio (seu genro) de lá ir. No dia seguinte queixava-se este que lhe tinham roubado o relógio, aí o meu avó riu-se a bom rir, e foi então que ensinou uma "cantiguinha" ao meu primo(filho do meu tio que ficou sem relógio). Ó SANTA DE VILAR CHÃO POR QUEM JÁ DEI TANTO AI DEIXAS-TE ROUBAR O RELÓGIO AO TOLO DO MEU PAI
Nuca me esqueci desta história, até porque o meu avô continuava a divertir-se cada vez que a contava. O meu querido avô morreu com 91 anos em 1982. Atília Lopes
Felizmente não tivemos nenhuma santa, nem outras aldrabices, com turismo religioso a passar na minha terra: Moncorvo. Para enganar trouxas, ignorantes, desprovidos de pensamento, medrosos, cobardes, com o cérebro totalmente trabalhado pelos padres e "pastores", basta Fátima e a restante cambada ligada às crenças religiosas.
Ao ser conhecida a notícia da estigmatizada de Vilar-Chão,pessoas de todo o país,e não só de Trás-os-Montes, acorrem à aldeia do concelho de Alfândega da Fé,a fim de a verem e poderem benificiar das graças da “santa”,não só para si como para as suas famílias.A minha avó, Judite de Abreu Malheiro e outras senhoras da vila não foram excepção e,numa das várias camionetas que levaram pessoas da terra, fizeram também a viagem até ao “santuário”.Eu ,ainda criança, acompanhei a minha avó .A meio do percurso, começaram a ouvir-se gritos de“Milagre!,Milagre!”,gente a sair das viaturas,ajoelhar-se na berma da estrada, juntando as mãos e dirigindo o olhar para o céu.Uns “viam” Nossa Senhora com o Menino ao colo;outros,S.José,a Virgem e o Menino na fuga para o Egipto;Jesus, com a coroa de espinhos;e havia quem” descobrisse” um soldado romano a pôr uma escada junto à cruz para ajudar Cristo,que de seguida foi directo ao céu. Chegados a Vilar-Chão,imediatamente nos dirigimos para casa da miraculada,que , sentada numa cama,com um xaile a cobrir-lhe a cabeça,deixava a descoberto o sinal” divino ” na testa e nas costas das mãos.À volta da cama havia um cordão,que impedia as pessoas de se aproximarem da cama.Ora eu tive o privilégio de me sentar à sua beira,receber as suas carícias e o pedido de rezar muito a Nossa Senhora.Lembro-me que a minha avó sentiu uma grande desilusão ao perceber a razão por que a “santa”tinha permitido que eu me aproximasse:havia depositado na cama uma nota de cinquenta escudos. A determinada altura,um dos colaboradores da miraculada anunciou que em breve iria acontecer um milagre.Começaram então a cair do tecto gotas de água acompanhadas de uma chuva de pétalas de flor que ,segundo informava a Amelinha ,eram lançadas por Nossa Senhora.Perante o fenómeno,a multidão,dentro e fora da casa,ajoelha-se e começa a berrar:”Milagre!Milagre!”No fim,todos foram merendar e regressaram às suas terras. Lembro-me também de um outro anúncio de milagre pela Amelinha e colaboradores,o qual iria acontecer no céu.Ora uma senhora de Moncorvo,D.Teresa Pontes(esposa do dr.Pontes,que viveu por cima do estabelecimento da D.Cota)tinha lido numa publicaçaão que no mesmo dia teria lugar um fenómeno solar.Havia,portanto, gente informada.Mas,chegado o tão ansiado dia, parte da população saiu para a rua ,e, virada para os céus,esperou pelo sinal divino.E de novo se ouviram os gritos de “Milagre!Milagre!”
OH Zé Alfredo eu nao sabia que tinhas vivido estes milagres tao de perto!!!...Pois eu tambem là fui,levada por familiares e hoje compreendo o estado de atraso cultural em que os transmontanos ainda viviam... Eu tive medo da criatura e recusei-me a aproximar.Era o que se chama uma HISTERIA COLECTIVA!!!...!!!
Disse "os transmontanos viviam"? Quereria dizer "os portugueses viviam" certamente porque nos anos quarenta valha-me deus... Não sei onde a Maria vivia, mas a menos que vivesse em Nova York julgo que seria o mesmo por todo o lado!
A senhora Amélinha de Vilar Chão deve ter tido uma vida tortuosa e deve ter sido usada e abusada por gente sem escrupulos, á procura do grande espólio largado pela fé dos crentes, nos seus milagres... posso afirmar que ainda pertence ao reino dos vivos... continua protegida direi mesmo super protegida, por uma «nebulosa» teia montada em seu redor, qualquer tentativa de a fotografar ou entrevistar tem poucas ou nenhumas hipotese de sucesso...vive numa humilde casa, algures numa casa simples e velha numa rua principal da cidade de Bragança.Os vizinhos continuam a chamar-lhe Santinha. talvez a sua história não seja assim tão longinqua e a sua «santidade» continua a pregar-lhe partidas e desassossego. Acredito que este caso teve (ou tem) outros intervenientes que levaram uma vida mais folgada á conta da santinha e esses sim deveriam ser desmascarados. Um bom tema para uma reportagem séria, visto haver ainda muitas pessoas que assistiram na «in loco» a estes milagres,onde estavam os ditos colaboradores...ontem como hoje.
Sinto que pertenço à "cambada ligada às crenças religiosas" de que o anónimo fala e serei até um dos "trouxas, ignorantes, desprovidos de pensamento, medrosos, cobardes, com cérebro totalmente trabalhado pelos padres". Infelizmente nem todos podem ser como o amigo, ou amiga, assim sábios, providos de pensamento, audazes, decididos, com cérebro totalmente imune à influências estranhas. Permita, no entanto que lhe diga que quem desmontou a trama urdida em volta da pobre moça de Vilarchão foi exactamente a autoridade eclesiástica, a começar pelo bispo da diocese, o saudoso D. Abílio Vaz Neves, que exigiu um exame médico credível à rapariga. E foram exactamente os padres que desmistificaram os "sábios" que não mostraram escrúpulos em ganhar dinheiro com a pobre da rapariga, se bem que um dos desses "sábios" fosse um padre que, por isso mesmo, foi punido, o único a ser punido, segundo creio. J. Andrade
"Quando a fé não vingar faça-se a tentativa abortar!" in Manual do Milagre Perfeito. Só este título já dava para uma tese... mas eu não tenho tempo para a iniciar! Reflita o amigo sobre o assunto!
Acabei de saber hoje mesmo, a história da santinha de vilar chão contada pela boca de alguém que conviveu de perto com a "santinha" antes de ser "santa". Estava a falar sobre vilarchão com uma senhora amiga que vive numa aldeia de um concelho vizinho de alfândega da fé, que me disse o seguinte: quando tinha 8 ou 9 anos costumava acompanhar seu pai, que era pastor, a uma quinta onde levavam o rebanho; segundo entendi, era perto do lugar de Stº andré junto ao rio sabor, lugar esse, hoje muito procurado para banhos por altura do verão; contou-me essa senhora que nesse ano havia uma certa menina Amelinha de vilarchão que tinha sido mandada a banhos para esse lugar por um médico da aldeia , para curar umas maleitas do corpo que lhe estavam a criar pústulas profundas da cintura para baixo; a menina amélia, de aspecto franzino e fraca de saúde ao ponto de não lhe darem muito mais tempo de vida, tal era o agravamento das feridas, pernoitou durante vários dias num casebre próximo ao rio, dito "casebre do guarda", para não ter que se deslocar enquanto tomava os banhos curativos, e provavelmente para afastá-la por algum tempo da aldeia, serenando receios quanto à doença dela, tida por alguns como sendo lepra. Pelos vistos o tratamento resultou, pois ao fim desse tempo a menina Amélia ficou com o corpo limpo dos males que a afligiam. A partir desse dia o sossego dela e da aldeia acabou pois alguém convenceu alguém que se tratava de um milagre e que a menina era santa; a notícia da santidade da Amelinha correu de tal modo de terra em terra que daí até ser conhecida por toda a região e mesmo para além de trás-os-montes não terá passado muito tempo, trazendo visitantes pouco usuais àquela aldeia do meio dos montes. Disse-me essa senhora amiga que nos tempos que se seguiram acorreram milhares de pessoas de muitos sítios para verem a "santa"; ora,um dos trajectos que as pessoas que vinham dos lados de Moncorvo tomavam, levavam-nas a passar pela sua aldeia, seguindo um certo trilho pelos montes próximos que, atravessando depois o rio sabor e subindo uma ladeira, as fazia chegar a vilarchão por um caminho curto; foi por esse caminho que também ela se meteu uma certa madrugada, levada por seu pai para assistir ao milagre que se dizia ir acontecer ao nascer so sol; disse ela que o caminho pela ladeira acima era como um "formigueiro de gente" tal era o nº de pessoas que acorreram nessa aurora para assistir ao dito "milagre"; lembra-se ainda que seu pai, vendo-a cansada, até pediu a um senhor que ia de mula para levar a menina até ao cimo da ladeira e assim lá foi, afirmou ela, que se lembra como se fosse hoje. Na sua inocência de criança, achou que aquelas pessoas todas estavam tolas, pois não via nenhum milagre na cura da menina com quem tinha convivido tempos antes, tomando banho junto ao rio sabor. Disse-me que ao nascer do sol se ouviram gritos dos populares pintando o sol de todas as cores e dizendo que o viam rodopiar, mas ela achava que o sol estava apenas tão bonito e normal como noutro dia qualquer, não vendo nada de especial nele; disse ainda que se sentiu muito revoltada quando certas pessoas apontaram para o céu dizendo que viam a nossa senhora e o menino jesus, outras dizendo que até viam São josé e o burrinho do presépio e só ela é que não via nada, por mais que fitasse o firmamento à procura dos ditos fenómenos milagrosos. Foi assim que ao pesquisar algo sobre o assunto, descobri este fórum e resolvi contar o que a minha amiga me tinha acabado de relatar.
Porque todo o povo dizia, que a virtude da “santa” era tanta, que há muitos meses não comia, o bispo da diocese, exigiu um exame médico credível à rapariga, e, neste contexto, o Delegado de Saúde de Bragança, deu ordem ao motorista para a ir buscar para ser observada. Segundo relato verbal do dito médico, o chauffeur não era dos melhores. Conduzia aos repelões, com travagens e acelerações sucessivas que facilmente despertavam o enjoo dos passageiros, pelo que lhe atribuiu parte da responsabilidade no Milagre. Logo nas primeiras curvas e contracurvas da serra de Bornes, a Amelinha teve três arrancos, e de seguida, mesmo com vários meses de jejum, vomitou uma grande quantidade de couves com feijão.
gostava de saber quem ficou como herdeiro dos bens do Padre Flores, uma vez que me parece que deixou uma razoável fortuna e eu conheço uma sua filha iligitima. (A. Carvalho)
Conheço muito desta história que me tem sido contada ao logo de quase cinquenta anos, que é o tempo em que conheço Vilarchão. E conheço Vilar chão e muita gente de lá porque casei com uma natural. Como tal conheço também a história da santinha e do mito criado à sua volta do qual foi o principal incentivador o Padre Flores e o seu irmão Doutor Flores que arranjaram uma sólida fortuna à custa da dita "santinha". Como já há alguns anos, não muitos, não tenho contacto gostava de saber para quem foram os bens do Padre Flores que segundo parece se perderam por falta de habilitação de herdeiros. Quem me souber informar gostaria que o fizesse para o e-mail adelinojfc@sapo.pt «A Carvalho»
A melhor história contada até hoje de quem não comia há muito tempo vomitou couves com feijão .Quem ficou a perder foi trás- os- montes. já leram Fátima desmascarada?
Gostava de saber mais coisas de Vilarchão. Tenho família no lugar e conheço grande parte da história relacionada com o Padre Humberto Flores, o irmão médico e onde entra também um ministro de Salazar de nome Gonçalves Rapazote. Sei até que o Padre Humberto flores deixou uma filha feita a uma empregada da casa dos pais quando ele ainda vivia em Vilarchão na quinta que ainda hoje resta em ruinas. "Carvalho"
O homem que está à esquerda é Saddam Hussein?
ResponderEliminarcps.
c
É.
ResponderEliminarG.Bush
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarSe tivesse passado pelo filtro dos milagres do Vaticano ,tinham transformado Vilar Chão numa pequena Fátima, com resultados económicos superores a todos brindes da U.E..
ResponderEliminarAlfandega da Fé era hoje uma Leiria do norte e Moncorvo o local de passagem eleito.
Todos sabemos que Trás os Montes espera por um milagre para não cair em coma profundo.Fugiu o de Alfandega ,mas ficou a Fé.
Volta Amélia!
kandevila
Gosto! Só tu para dizeres umas verdades!
EliminarAo ver este post lembrei-me de uma história que meu avô que era de Souto da Velha me contava.
ResponderEliminarCá vai: a "santa" dizia que num determinado dia ia acontecer um milagre, então acorreram pessoas de todo o lado. O meu avô que não era crente ria-se com isso, mas não conseguiu demover o meu tio (seu genro) de lá ir. No dia seguinte queixava-se este que lhe tinham roubado o relógio, aí o meu avó riu-se a bom rir, e foi então que ensinou uma "cantiguinha" ao meu primo(filho do meu tio que ficou sem relógio).
Ó SANTA DE VILAR CHÃO
POR QUEM JÁ DEI TANTO AI
DEIXAS-TE ROUBAR O RELÓGIO
AO TOLO DO MEU PAI
Nuca me esqueci desta história, até porque o meu avô continuava a divertir-se cada vez que a contava. O meu querido avô morreu com 91 anos em 1982.
Atília Lopes
Essa musica è tão tola que não fez sucesso até hoje.
Eliminaroh! isso é um TOLICE...
EliminarNUCNA VI NINGUEM DIVERTIR-SE FALANDO MAL DA VIDA ALHEIA.
O PASSADO NÃO RETORNA, E O PRESENTE TEM QUE SER VIVIDO EM PAZ.
Grande juízo tinha seu avô e tolo me pareceu seu tio. Bem amanhada a cantiga!
EliminarE por acaso sabe em que ano e com quantos anos morreu o Padre Flores?
EliminarFelizmente não tivemos nenhuma santa, nem outras aldrabices, com turismo religioso a passar na minha terra: Moncorvo. Para enganar trouxas, ignorantes, desprovidos de pensamento, medrosos, cobardes, com o cérebro totalmente trabalhado pelos padres e "pastores", basta Fátima e a restante cambada ligada às crenças religiosas.
ResponderEliminarEsta imagem é deprimente, sem querer atribuir qualquer culpa aos intervenientes pois, coitados, não sabiam mais.
ResponderEliminarAo ser conhecida a notícia da estigmatizada de Vilar-Chão,pessoas de todo o país,e não só de Trás-os-Montes, acorrem à aldeia do concelho de Alfândega da Fé,a fim de a verem e poderem benificiar das graças da “santa”,não só para si como para as suas famílias.A minha avó, Judite de Abreu Malheiro e outras senhoras da vila não foram excepção e,numa das várias camionetas que levaram pessoas da terra, fizeram também a viagem até ao “santuário”.Eu ,ainda criança, acompanhei a minha avó .A meio do percurso, começaram a ouvir-se gritos de“Milagre!,Milagre!”,gente a sair das viaturas,ajoelhar-se na berma da estrada, juntando as mãos e dirigindo o olhar para o céu.Uns “viam” Nossa Senhora com o Menino ao colo;outros,S.José,a Virgem e o Menino na fuga para o Egipto;Jesus, com a coroa de espinhos;e havia quem” descobrisse” um soldado romano a pôr uma escada junto à cruz para ajudar Cristo,que de seguida foi directo ao céu.
ResponderEliminarChegados a Vilar-Chão,imediatamente nos dirigimos para casa da miraculada,que , sentada numa cama,com um xaile a cobrir-lhe a cabeça,deixava a descoberto o sinal” divino ” na testa e nas costas das mãos.À volta da cama havia um cordão,que impedia as pessoas de se aproximarem da cama.Ora eu tive o privilégio de me sentar à sua beira,receber as suas carícias e o pedido de rezar muito a Nossa Senhora.Lembro-me que a minha avó sentiu uma grande desilusão ao perceber a razão por que a “santa”tinha permitido que eu me aproximasse:havia depositado na cama uma nota de cinquenta escudos.
A determinada altura,um dos colaboradores da miraculada anunciou que em breve iria acontecer um milagre.Começaram então a cair do tecto gotas de água acompanhadas de uma chuva de pétalas de flor que ,segundo informava a Amelinha ,eram lançadas por Nossa Senhora.Perante o fenómeno,a multidão,dentro e fora da casa,ajoelha-se e começa a berrar:”Milagre!Milagre!”No fim,todos foram merendar e regressaram às suas terras.
Lembro-me também de um outro anúncio de milagre pela Amelinha e colaboradores,o qual iria acontecer no céu.Ora uma senhora de Moncorvo,D.Teresa Pontes(esposa do dr.Pontes,que viveu por cima do estabelecimento da D.Cota)tinha lido numa publicaçaão que no mesmo dia teria lugar um fenómeno solar.Havia,portanto, gente informada.Mas,chegado o tão ansiado dia, parte da população saiu para a rua ,e, virada para os céus,esperou pelo sinal divino.E de novo se ouviram os gritos de “Milagre!Milagre!”
José Alfredo C.S.M.de Sousa
OH Zé Alfredo eu nao sabia que tinhas vivido estes milagres tao de perto!!!...Pois eu tambem là fui,levada por familiares e hoje compreendo
Eliminaro estado de atraso cultural em que os transmontanos ainda viviam... Eu tive medo da criatura e recusei-me a aproximar.Era o que se chama uma HISTERIA COLECTIVA!!!...!!!
Disse "os transmontanos viviam"? Quereria dizer "os portugueses viviam" certamente porque nos anos quarenta valha-me deus... Não sei onde a Maria vivia, mas a menos que vivesse em Nova York julgo que seria o mesmo por todo o lado!
EliminarA senhora Amélinha de Vilar Chão deve ter tido uma vida tortuosa e deve ter sido usada e abusada por gente sem escrupulos, á procura do grande espólio largado pela fé dos crentes, nos seus milagres... posso afirmar que ainda pertence ao reino dos vivos... continua protegida direi mesmo super protegida, por uma «nebulosa» teia montada em seu redor, qualquer tentativa de a fotografar ou entrevistar tem poucas ou nenhumas hipotese de sucesso...vive numa humilde casa, algures numa casa simples e velha numa rua principal da cidade de Bragança.Os vizinhos continuam a chamar-lhe Santinha. talvez a sua história não seja assim tão longinqua e a sua «santidade» continua a pregar-lhe partidas e desassossego. Acredito que este caso teve (ou tem) outros intervenientes que levaram uma vida mais folgada á conta da santinha e esses sim deveriam ser desmascarados. Um bom tema para uma reportagem séria, visto haver ainda muitas pessoas que assistiram na «in loco» a estes milagres,onde estavam os ditos colaboradores...ontem como hoje.
ResponderEliminarAlguém me sabe dizer em que ano e com quantos anos morreu o Padre Flores? O grande impulsionador da história.
EliminarSinto que pertenço à "cambada ligada às crenças religiosas" de que o anónimo fala e serei até um dos "trouxas, ignorantes, desprovidos de pensamento, medrosos, cobardes, com cérebro totalmente trabalhado pelos padres". Infelizmente nem todos podem ser como o amigo, ou amiga, assim sábios, providos de pensamento, audazes, decididos, com cérebro totalmente imune à influências estranhas. Permita, no entanto que lhe diga que quem desmontou a trama urdida em volta da pobre moça de Vilarchão foi exactamente a autoridade eclesiástica, a começar pelo bispo da diocese, o saudoso D. Abílio Vaz Neves, que exigiu um exame médico credível à rapariga. E foram exactamente os padres que desmistificaram os "sábios" que não mostraram escrúpulos em ganhar dinheiro com a pobre da rapariga, se bem que um dos desses "sábios" fosse um padre que, por isso mesmo, foi punido, o único a ser punido, segundo creio. J. Andrade
ResponderEliminar"Quando a fé não vingar faça-se a tentativa abortar!" in Manual do Milagre Perfeito. Só este título já dava para uma tese... mas eu não tenho tempo para a iniciar! Reflita o amigo sobre o assunto!
EliminarAlguem sabe informar se ha referencias documentais acerca do caso?
ResponderEliminarAcabei de saber hoje mesmo, a história da santinha de vilar chão contada pela boca de alguém que conviveu de perto com a "santinha" antes de ser "santa".
ResponderEliminarEstava a falar sobre vilarchão com uma senhora amiga que vive numa aldeia de um concelho vizinho de alfândega da fé, que me disse o seguinte: quando tinha 8 ou 9 anos costumava acompanhar seu pai, que era pastor, a uma quinta onde levavam o rebanho; segundo entendi, era perto do lugar de Stº andré junto ao rio sabor, lugar esse, hoje muito procurado para banhos por altura do verão; contou-me essa senhora que nesse ano havia uma certa menina Amelinha de vilarchão que tinha sido mandada a banhos para esse lugar por um médico da aldeia , para curar umas maleitas do corpo que lhe estavam a criar pústulas profundas da cintura para baixo; a menina amélia, de aspecto franzino e fraca de saúde ao ponto de não lhe darem muito mais tempo de vida, tal era o agravamento das feridas, pernoitou durante vários dias num casebre próximo ao rio, dito "casebre do guarda", para não ter que se deslocar enquanto tomava os banhos curativos, e provavelmente para afastá-la por algum tempo da aldeia, serenando receios quanto à doença dela, tida por alguns como sendo lepra. Pelos vistos o tratamento resultou, pois ao fim desse tempo a menina Amélia ficou com o corpo limpo dos males que a afligiam. A partir desse dia o sossego dela e da aldeia acabou pois alguém convenceu alguém que se tratava de um milagre e que a menina era santa; a notícia da santidade da Amelinha correu de tal modo de terra em terra que daí até ser conhecida por toda a região e mesmo para além de trás-os-montes não terá passado muito tempo, trazendo visitantes pouco usuais àquela aldeia do meio dos montes. Disse-me essa senhora amiga que nos tempos que se seguiram acorreram milhares de pessoas de muitos sítios para verem a "santa"; ora,um dos trajectos que as pessoas que vinham dos lados de Moncorvo tomavam, levavam-nas a passar pela sua aldeia, seguindo um certo trilho pelos montes próximos que, atravessando depois o rio sabor e subindo uma ladeira, as fazia chegar a vilarchão por um caminho curto; foi por esse caminho que também ela se meteu uma certa madrugada, levada por seu pai para assistir ao milagre que se dizia ir acontecer ao nascer so sol; disse ela que o caminho pela ladeira acima era como um "formigueiro de gente" tal era o nº de pessoas que acorreram nessa aurora para assistir ao dito "milagre"; lembra-se ainda que seu pai, vendo-a cansada, até pediu a um senhor que ia de mula para levar a menina até ao cimo da ladeira e assim lá foi, afirmou ela, que se lembra como se fosse hoje. Na sua inocência de criança, achou que aquelas pessoas todas estavam tolas, pois não via nenhum milagre na cura da menina com quem tinha convivido tempos antes, tomando banho junto ao rio sabor. Disse-me que ao nascer do sol se ouviram gritos dos populares pintando o sol de todas as cores e dizendo que o viam rodopiar, mas ela achava que o sol estava apenas tão bonito e normal como noutro dia qualquer, não vendo nada de especial nele; disse ainda que se sentiu muito revoltada quando certas pessoas apontaram para o céu dizendo que viam a nossa senhora e o menino jesus, outras dizendo que até viam São josé e o burrinho do presépio e só ela é que não via nada, por mais que fitasse o firmamento à procura dos ditos fenómenos milagrosos. Foi assim que ao pesquisar algo sobre o assunto, descobri este fórum e resolvi contar o que a minha amiga me tinha acabado de relatar.
Porque todo o povo dizia, que a virtude da “santa” era tanta, que há muitos meses não comia, o bispo da diocese, exigiu um exame médico credível à rapariga, e, neste contexto, o Delegado de Saúde de Bragança, deu ordem ao motorista para a ir buscar para ser observada.
ResponderEliminarSegundo relato verbal do dito médico, o chauffeur não era dos melhores. Conduzia aos repelões, com travagens e acelerações sucessivas que facilmente despertavam o enjoo dos passageiros, pelo que lhe atribuiu parte da responsabilidade no Milagre.
Logo nas primeiras curvas e contracurvas da serra de Bornes, a Amelinha teve três arrancos, e de seguida, mesmo com vários meses de jejum, vomitou uma grande quantidade de couves com feijão.
O caso da Santa de Vilarchão deve-se ao P.e Flores, ao Dr. Flores e ao, então muito recente, aparecimento da penicilina.
ResponderEliminarFinalmente alguém que conhece a história e com uma visão sóbria dos acontecimentos.
EliminarDeixem a pobre Amélia em paz que ela foi vítima...
gostava de saber quem ficou como herdeiro dos bens do Padre Flores, uma vez que me parece que deixou uma razoável fortuna e eu conheço uma sua filha iligitima. (A. Carvalho)
EliminarConheço muito desta história que me tem sido contada ao logo de quase cinquenta anos, que é o tempo em que conheço Vilarchão.
EliminarE conheço Vilar chão e muita gente de lá porque casei com uma natural.
Como tal conheço também a história da santinha e do mito criado à sua volta do qual foi o principal incentivador o Padre Flores e o seu irmão Doutor Flores que arranjaram uma sólida fortuna à custa da dita "santinha".
Como já há alguns anos, não muitos, não tenho contacto gostava de saber para quem foram os bens do Padre Flores que segundo parece se perderam por falta de habilitação de herdeiros. Quem me souber informar gostaria que o fizesse para o e-mail adelinojfc@sapo.pt «A Carvalho»
A melhor história contada até hoje de quem não comia há muito tempo vomitou couves com feijão .Quem ficou a perder foi trás- os- montes. já leram Fátima desmascarada?
ResponderEliminarquem ficou a perder foi trás os montes
ResponderEliminarAfinal o milagre económico não aconteceu com a barragem?
ResponderEliminarGostava de saber mais coisas de Vilarchão. Tenho família no lugar e conheço grande parte da história relacionada com o Padre Humberto Flores, o irmão médico e onde entra também um ministro de Salazar de nome Gonçalves Rapazote. Sei até que o Padre Humberto flores deixou uma filha feita a uma empregada da casa dos pais quando ele ainda vivia em Vilarchão na quinta que ainda hoje resta em ruinas. "Carvalho"
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