O senhor Alfredo Peixe sem papas na lingua.Assim é que é falar.Com que então uma Fátima a 34Km de Moncorvo!não estava mal e o boom das vacas gordas durava mais tempo do que o das barragens.Vilar-Chão que deu uvas e Alfandega Sem Fé e nós a penar, a pensar nas minas que eram o futuro, o Cachão que não, e as barragens que sim uns, que não outros.E dos 19.567 nos anos 60 somos 10.000 ,se formos.Metade não acredita em milagres e fez-se à estrada. Voltam em Agosto uns, outros perderam a vontade e por lá se ficam.Para sempre!E eu cá ando,sou dos que acreditam.Não sei é em quê! M.
O Vaticano de vez em quando cria uma nova santa(o), para proveito próprio e para alimentar a fé...o Sr. Zeca Peixe não esteve sozinho nestas criações de «santidade», teve a ajuda das autoridades locais…parece-me no entanto, mesmo a esta distância, nesta história há pouco do qual se possa orgulhar o Sr. Alfredo, visto que se ele viveu, como afirma, com toda a fartura de «menino bem», com a pobre da «santa» e da sua família, assim não aconteceu….as chagas propositadamente abertas no seu corpo, permanecerão aberta até ao fim dos seus dias. Esta senhora ainda é viva e devemos-lhe respeito.
Ainda vive a Amelinha? Se é verdade ,tem muito que contar...E o tema levantado por Paulo Patoleia é para estudar e aprofundar. Quem ganhou dinheiro com toda esta história? O senhor Peixe foi um deles, sem sombra de dúvida! Basta acreditar no depoimento do filho. E quem mais ? Não se inventa uma "santa" só para dar dinheiro ao fotógrafo de serviço. E a Amélia e a família ? Enriqueceram ou só passaram por farsantes e com todas as culpas? Jaime Machado ,proprietário absentista, presidente da concelhia da União Nacional, dono da capela por detrás dos correios, patrono e responsável pela sua vinda a Moncorvo ,não teria tido a intenção politica de adormecer ,alienar o povo num período perturbado do regime? Fim da guerra 39/45 ,queda de Hitler e Mussolini ,com a ascensão das democracias ,o regime tremia e ,quantas mais fátimas, melhor. A crendice popular que envolve a santa de Vilar Chão tem aparecido narrada aqui e nos outros blogs da vila e, como a nau catrineta, tem muito que contar.O que se passou nos outros concelhos (Alfandega da Fé, Vila Flor, Carrazeda,Mogadouro….)? Um leitor (identificado perante o editor do blogue)
Por ser filho e neto de felgarenses que se deslocaram a Vilar Chão para assistirem in locco ao anunciado milagre do sol, sei muitas estórias saborosas sobre o fenomeno da Amelinha.
E dizem que o sol rodou e rodopiou...e, mais tarde,qd. a Amelinha veio ao Felgar, foi tal o rebuliço mistico vivido que levou uns a jurarem, e outros a trejurarem, que até viram a imagem resplandecente de N. Sra. na Rua Direita.
Se tivesse ganhos foros de autenticidade, se calhar Vilar Chão seria como Fatima... só que aqui ficou obra.
Mts. vezes, e por bem menos, o fenomeno pega e então o progresso está aí mm. ao virar da esquina e, de certeza, q. as tão ansiadas auto estradas já tinham chegado.
Crendice popular LAMEGO E VILAR CHÃO - DOIS CASOS PARALELOS Por Manuel Dias, Jornalista e Escritor
....Nenhum deles, porém, se equiparará aos que tiveram como intérpretes as “estigmatizadas” de Lamego e de Vilar Chão, essa aldeia perdida em terras transmontanas que se libertou do anonimato ao atrair dezenas de milhar de homens, mulheres e criança em busca do sobrenatural tangível. Curiosamente, em ambas as situações e no centro dos acontecimentos surgiram dois padres, um na qualidade de guia espiritual da “escolhida” e outro no papel de patrão da “miraculada”... Enfim, histórias que não se apagam da memória colectiva.
Duas “escolhidas” com engenho e arte...
Em Lamego, tudo começou quando, em 1932, ganhou eco a notícia de que uma serviçal de monsenhor Joaquim Baptista, na propriedade que ele tinha na freguesia de Granja Nova passara a ver, das quintas para as sextas-feiras, abrirem-se-lhe chagas nas mãos. nos pés e no peito, que sangravam durante cerca de duas horas. Badalado o acontecimento, geraram-se movimentos populares para “santificar” a Maria da Conceição de Jesus (assim se chamava) que, nos momentos de “crises”, entre esgares, clamava que se tratava de coisas “que os médicos não curavam, porque as não entendiam” e não se furtava a comentar que “os senhores doutores também dizem muitas tolices”... Os crentes acorriam de todo o lado para entrarem em contacto com a “miraculada”, entoando preces e fazendo do angustiantes pedidos, com promessas à mistura. O “fogo sagrado da crendice” foi sendo alimentado ao longo do tempo e para isso muito terão contribuído vários jornais, que acompanharam de perto o caso e assim o propagandearam. Até que, um dia, um padre-jornalista do diário católico “As Novidades” descobriu que afinal era a “santa” que, com uma navalha, fazia nela própria os “estigmas”. No entanto, descoberta a aldrabice, a Maria da Conceição continuou, durante algum tempo, nas boas graças dos seus fiéis e, decorrido mais de um ano, ao que noticiava “A Voz de Lamego” ela por lá passava, “bem vestida, bem trajada, sem sinais de privações ou penitências”...
Em Vilar Chão (Alfândega da Fé) a “miraculada” era uma jovem a quem –segundo dizia – “Nossa Senhora aparecia todos os dias pelas sete horas da tarde”. Chamava-se Amélia da Natividade, tinha 22 anos, estava entrevada desde os 15, e na boca, de lado a lado, tinha “uma ferida ulcerosa, de mau aspecto, que a impedia de comer”. Como os médicos “não atinassem com as causas do estranho mal”, o padre da freguesia sugeriu-lhe que implorasse um milagre a Nossa Senhora. Ela assim fez e logo recebeu a “visita” da Virgem que, depois, a curou! Anunciada a “boa nova” passaram a afluir àquela aldeia perdida em Trás-os-Montes dezenas de milhar de peregrinos em busca do “sobrenatural palpável” e que contribuíram largamente para que o casebre da “santa” desse lugar a um templo, cuja construção teria sido pedida por Nossa Senhora durante um dos seus encontros com a Amélia... Segundo ela contou, uma vez por outra ia de visita ao Céu, assim como ao Inferno e ao Purgatório. Numa dessas digressões, “viu” Nosso Senhor com uma cruz, cuja sombra – segundo disse – “projectada na minha testa, deu origem ao sinal que apresento”!!! Foi esta a explicação dada para os “estigmas”, com a forma de uma cruz, que a Amélia da Natividade exibia não só na testa como nas costas das mãos. Tal espectáculo, iniciado em Julho de 1946, esteve em cena até 1951, altura em que a “estigmatizada” foi internada nos Hospitais da Universidade de Coimbra, a fim de ser observada. Descobriu-se, então, que fazia nela própria os “estigmas” utilizando duas pequenas cruzes de metal, nas quais derramava tintura de iodo, e ao colocá-las na pela provocava aquelas crostas. O material, esse, escondia-o nas partes pudendas!... Foi ali que o descobriram. Enfim, “coisas do arco da velha”
O pai do senhor Alfredo foi o grande fotógrafo da vila .O professor Arnaldo ,recolheu tudo e está à disposição de todos no museu da fotografia. Está lá a foto oficial da santa de Vilar Chão. Também está na internet,do museu Admiro a coragem ,frontalidade ,tão fora de uso ,do senhor Alfredo Peixe. um moncorvense
Alípio Ferreira, que então era director do Terra Quente e eu próprio, a seguir, bem tentamos entrevistar o padre que esteve por detrás do fenómeno, quando ele já era velho e estava acamado, em Mirandela, em final dos anos 90, mas não conseguimos. Ele,sim e o médico é que terão lucrado mais com o negócio. Mas recordo-me do depoimento de uma taberneira de Alfândega da Fé (a mulher do Tito)que dizia:- Era uma fartura; de uma pipa de vinho chegamos a fazer 7 e vender tudo num dia... Sobre o caso e com depoimentos do Sr. peixe (o fotógrafo) publicou o Jornal Notícias uma interessante reportagem a seguir ao 25 de Abril. E li em tempos um belíssimo texto escrito por um amigo e colaborador neste blog... J. Andrade
Quero responder ás criticas infundadas , que um crítico veio por nesta pagina . Sou Alredo Fernandes Peixe filho do fotografo , Jose dos Santos Peixe. Primeiro quero lembrar , que este critico ainda não eram nascido no tempo da Amélia , por este motivo , não pode avaliar o que se passou na época . Também quero lembrar , que o meu Pai não inventou Santidades , e muito menos explorou pobrezas de então . Naquele tempo , grande parte das pessoas eram exploradas por essas Quintas como por exemplo , o rego da Barca e outras , as pessoas que lá viveram não aprenderam a ler nem escrever, e tinham magros salários, isto sim , era exploração e escravidão . Na óptica deste crítico , todos os comerciantes ,feirantes , profissionais , são exploradores . Sendo o meu Pai um profissional de fotografia , foi chamado para tirar o retrato à Amelinha da Natividade em Vilarchão , e teve que registar o cliché , exigência Do S. Padre Flores e do S. Dr. Flores , para assim ninguém poder vender qualquer fotografia, que não tivesse o nome de José dos Santos Peixe , mas o meu Pai podia vender as ditas fotografias que fabricava, por o mesmo preço que eram vendidas por o S. Padre e por o S. Dr., se havia exploração era destes dois Srs., ele limitava-se ao preço que foi estabelecido , como profissional dando o seu trabalho ganhando a vida , como hoje qualquer comerciante ,ou feirante, ou mesmo um profissional de qualquer oficio, este critico, esquece a sua profissão ,não será também um explorador ? Um profissional vende o seu trabalho , não compra e vende o mesmo, trabalha a matéria . Foi isto que o meu Pai fez. O que foi feito de dezenas de quilos de Ouro , que vi num dos quartos na casa da Amélia ? e um enorme cesto de moedas em Prata e Ouro ? maços de notas de quinhentos e de mil escudos, que nesse tempo eram raras ? Afinal quem explorou ? Isto que eu digo é a realidade que eu vivi . Se a Santidade não fosse descoberta voltaríamos a ter outra Fátima duvidam ? A minha resposta é autentica não foi imaginada . Agradeço os elogios de todas as pessoas de bom senso , obrigados .
Este blog deve servir para trocar e debeter ideias sobre os temas aqui apresentados. Ora bem, exercendo o direito de resposta, ou o sr. Alfredo não leu o meu comentário ou não o soube ler... não é preciso ser-se nascido, para se saber com exatidão factos passados noutras épocas, basta pesquisar. começo por dizer que o vaticano fabrica santos, nada a acrescentar, até porque o cardeal que trata disso até é português, depois que o sr. Zeca Peixe, (que conheci e admiro como bom profissional da fotografia) não esteve sózinho neste caso, esteve, porque participou. Participou com o seu trabalho de imagem, mas participou e ganhou muito dinheiro com isso, palavras suas. que o sr Alfredo viveu com fartura em tempos de vacas magras, não se cansa o sr. de o repetir, ou não se ouve? e que devemos á «santa» Amélinha que ainda vive e está lucida, todo o respeito pelas chagas, enganos, abusos e sofrimento para não falar na pobresa que bem demontra a foto de família tirada por seu pai e agora no Nucleo do Arnaldo, isso não há duvidas, não retiro uma virgula. No entanto, não quero que este blog sirva para alimentar polémicas pessoais e dou o caso por encerrado, fico no entanto, muito curioso por saber o que aconteceu ás carradas de ouro e moedas das oferendas, que o sr. diz que viu, assim como ás palavras que a Amélinha tem para nos contar...
O que foi feito de dezenas de quilos de Ouro , que vi num dos quartos na casa da Amélia ? e um enorme cesto de moedas em Prata e Ouro ? Diz o senhor Alfredo Peixe.Aqui é que está o que todos queriamos saber.Procedeu bem o senhor Patuleia com os seu comentário.Quem levantou a lebre foi o senhor Peixe com as suas declarações. A infeliz da Amelinha ,se ainda é viva,tem a ultima palavra.tentem que os de Alfandega digam o que sabem sobre o assunto.Verdade,só a verdade e nada de polémicas pessoais,mais uma vez tem razão o senhor Patuleia.
Nao gostei de ouvir o plano que um grupo de palermas ignorantes programou para o assassinato de uma pobre criatura com o objectivo do lucro disfarçado atras de um religiosidade estupida. Prefiro Moncorvo sem touros nem Deuses.
O senhor Alfredo Peixe sem papas na lingua.Assim é que é falar.Com que então uma Fátima a 34Km de Moncorvo!não estava mal e o boom das vacas gordas durava mais tempo do que o das barragens.Vilar-Chão que deu uvas e Alfandega Sem Fé e nós a penar, a pensar nas minas que eram o futuro, o Cachão que não, e as barragens que sim uns, que não outros.E dos 19.567 nos anos 60 somos 10.000 ,se formos.Metade não acredita em milagres e fez-se à estrada.
ResponderEliminarVoltam em Agosto uns, outros perderam a vontade e por lá se ficam.Para sempre!E eu cá ando,sou dos que acreditam.Não sei é em quê!
M.
O Vaticano de vez em quando cria uma nova santa(o), para proveito próprio e para alimentar a fé...o Sr. Zeca Peixe não esteve sozinho nestas criações de «santidade», teve a ajuda das autoridades locais…parece-me no entanto, mesmo a esta distância, nesta história há pouco do qual se possa orgulhar o Sr. Alfredo, visto que se ele viveu, como afirma, com toda a fartura de «menino bem», com a pobre da «santa» e da sua família, assim não aconteceu….as chagas propositadamente abertas no seu corpo, permanecerão aberta até ao fim dos seus dias. Esta senhora ainda é viva e devemos-lhe respeito.
ResponderEliminarAinda vive a Amelinha? Se é verdade ,tem muito que contar...E o tema levantado por Paulo Patoleia é para estudar e aprofundar. Quem ganhou dinheiro com toda esta história? O senhor Peixe foi um deles, sem sombra de dúvida! Basta acreditar no depoimento do filho. E quem mais ? Não se inventa uma "santa" só para dar dinheiro ao fotógrafo de serviço. E a Amélia e a família ? Enriqueceram ou só passaram por farsantes e com todas as culpas?
ResponderEliminarJaime Machado ,proprietário absentista, presidente da concelhia da União Nacional, dono da capela por detrás dos correios, patrono e responsável pela sua vinda a Moncorvo ,não teria tido a intenção politica de adormecer ,alienar o povo num período perturbado do regime? Fim da guerra 39/45 ,queda de Hitler e Mussolini ,com a ascensão das democracias ,o regime tremia e ,quantas mais fátimas, melhor.
A crendice popular que envolve a santa de Vilar Chão tem aparecido narrada aqui e nos outros blogs da vila e, como a nau catrineta, tem muito que contar.O que se passou nos outros concelhos (Alfandega da Fé, Vila Flor, Carrazeda,Mogadouro….)?
Um leitor (identificado perante o editor do blogue)
À grande Alfredo. Uma Fátima na Alfandega dava um jeitão. Tinham que passar por Moncorvo os peregrinos das beiras.
ResponderEliminarParabens por mais esta recolha do antigamente.
ResponderEliminarPor ser filho e neto de felgarenses que se deslocaram a Vilar Chão para assistirem in locco ao anunciado milagre do sol, sei muitas estórias saborosas sobre o fenomeno da Amelinha.
E dizem que o sol rodou e rodopiou...e, mais tarde,qd. a Amelinha veio ao Felgar, foi tal o rebuliço mistico vivido que levou uns a jurarem, e outros a trejurarem, que até viram a imagem resplandecente de N. Sra. na Rua Direita.
Se tivesse ganhos foros de autenticidade, se calhar Vilar Chão seria como Fatima... só que aqui ficou obra.
Mts. vezes, e por bem menos, o fenomeno pega e então o progresso está aí mm. ao virar da esquina e, de certeza, q. as tão ansiadas auto estradas já tinham chegado.
Bom fim de semana
Um felgarense
Crendice popular
ResponderEliminarLAMEGO E VILAR CHÃO
- DOIS CASOS PARALELOS
Por Manuel Dias, Jornalista e Escritor
....Nenhum deles, porém, se equiparará aos que tiveram como intérpretes as “estigmatizadas” de
Lamego e de Vilar Chão, essa aldeia perdida em terras transmontanas que se libertou do anonimato ao atrair dezenas de milhar de homens, mulheres e criança em busca do sobrenatural tangível. Curiosamente, em ambas as situações e no centro dos acontecimentos surgiram dois padres, um na qualidade de guia espiritual da “escolhida” e outro no papel de patrão da “miraculada”... Enfim, histórias que não se apagam da memória colectiva.
Duas “escolhidas”
com engenho e arte...
Em Lamego, tudo começou quando, em 1932, ganhou eco a notícia de que uma serviçal de monsenhor Joaquim Baptista, na propriedade que ele tinha na freguesia de Granja Nova passara a ver, das quintas para as sextas-feiras, abrirem-se-lhe chagas nas mãos. nos pés e no peito, que sangravam durante cerca de duas horas. Badalado o acontecimento, geraram-se movimentos populares para “santificar” a Maria da Conceição de Jesus (assim se chamava) que, nos momentos de “crises”, entre esgares, clamava que se tratava de coisas “que os médicos não curavam, porque as não entendiam” e não se furtava a comentar que “os senhores doutores também dizem muitas tolices”...
Os crentes acorriam de todo o lado para entrarem em contacto com a “miraculada”, entoando preces e fazendo do angustiantes pedidos, com promessas à mistura. O “fogo sagrado da crendice” foi sendo alimentado ao longo do tempo e para isso muito terão contribuído vários jornais, que acompanharam de perto o caso e assim o propagandearam. Até que, um dia, um padre-jornalista do diário católico “As Novidades” descobriu que afinal era a “santa” que, com uma navalha, fazia nela própria os “estigmas”. No entanto, descoberta a aldrabice, a Maria da Conceição continuou, durante algum tempo, nas boas graças dos seus fiéis e, decorrido mais de um ano, ao que noticiava “A Voz de Lamego” ela por lá passava, “bem vestida, bem trajada, sem sinais de privações ou penitências”...
Em Vilar Chão (Alfândega da Fé) a “miraculada” era uma jovem a quem –segundo dizia – “Nossa Senhora aparecia todos os dias pelas sete horas da tarde”. Chamava-se Amélia da Natividade, tinha 22 anos, estava entrevada desde os 15, e na boca, de lado a lado, tinha “uma ferida ulcerosa, de mau aspecto, que a impedia de comer”. Como os médicos “não atinassem com as causas do estranho mal”, o padre da freguesia sugeriu-lhe que implorasse um milagre a Nossa Senhora. Ela assim fez e logo recebeu a “visita” da Virgem que, depois, a curou! Anunciada a “boa nova” passaram a afluir àquela aldeia perdida em Trás-os-Montes dezenas de milhar de peregrinos em busca do “sobrenatural palpável” e que contribuíram largamente para que o casebre da “santa” desse lugar a um templo, cuja construção teria sido pedida por Nossa Senhora durante um dos seus encontros com a Amélia... Segundo ela contou, uma vez por outra ia de visita ao Céu, assim como ao Inferno e ao Purgatório. Numa dessas digressões, “viu” Nosso Senhor com uma cruz, cuja sombra – segundo disse – “projectada na minha testa, deu origem ao sinal que apresento”!!! Foi esta a explicação dada para os “estigmas”, com a forma de uma cruz, que a Amélia da Natividade exibia não só na testa como nas costas das mãos.
Tal espectáculo, iniciado em Julho de 1946, esteve em cena até 1951, altura em que a “estigmatizada” foi internada nos Hospitais da Universidade de Coimbra, a fim de ser observada. Descobriu-se, então, que fazia nela própria os “estigmas” utilizando duas pequenas cruzes de metal, nas quais derramava tintura de iodo, e ao colocá-las na pela provocava aquelas crostas. O material, esse, escondia-o nas partes pudendas!... Foi ali que o descobriram.
Enfim, “coisas do arco da velha”
O pai do senhor Alfredo foi o grande fotógrafo da vila .O professor Arnaldo ,recolheu tudo e está à disposição de todos no museu da fotografia. Está lá a foto oficial da santa de Vilar Chão. Também está na internet,do museu
ResponderEliminarAdmiro a coragem ,frontalidade ,tão fora de uso ,do senhor Alfredo Peixe.
um moncorvense
Alípio Ferreira, que então era director do Terra Quente e eu próprio, a seguir, bem tentamos entrevistar o padre que esteve por detrás do fenómeno, quando ele já era velho e estava acamado, em Mirandela, em final dos anos 90, mas não conseguimos. Ele,sim e o médico é que terão lucrado mais com o negócio. Mas recordo-me do depoimento de uma taberneira de Alfândega da Fé (a mulher do Tito)que dizia:- Era uma fartura; de uma pipa de vinho chegamos a fazer 7 e vender tudo num dia... Sobre o caso e com depoimentos do Sr. peixe (o fotógrafo) publicou o Jornal Notícias uma interessante reportagem a seguir ao 25 de Abril. E li em tempos um belíssimo texto escrito por um amigo e colaborador neste blog... J. Andrade
ResponderEliminarQuero responder ás criticas infundadas , que um crítico veio por nesta pagina .
ResponderEliminarSou Alredo Fernandes Peixe filho do fotografo , Jose dos Santos Peixe.
Primeiro quero lembrar , que este critico ainda não eram nascido no tempo da Amélia , por este motivo , não pode avaliar o que se passou na época .
Também quero lembrar , que o meu Pai não inventou Santidades , e muito menos explorou pobrezas de então .
Naquele tempo , grande parte das pessoas eram exploradas por essas Quintas
como por exemplo , o rego da Barca e outras , as pessoas que lá viveram não aprenderam
a ler nem escrever, e tinham magros salários, isto sim , era exploração e escravidão .
Na óptica deste crítico , todos os comerciantes ,feirantes , profissionais , são exploradores .
Sendo o meu Pai um profissional de fotografia , foi chamado para tirar o retrato
à Amelinha da Natividade em Vilarchão , e teve que registar o cliché , exigência
Do S. Padre Flores e do S. Dr. Flores , para assim ninguém poder vender
qualquer fotografia, que não tivesse o nome de José dos Santos Peixe , mas o meu Pai
podia vender as ditas fotografias que fabricava, por o mesmo preço que eram vendidas por o S. Padre e por o S. Dr., se havia exploração era destes dois Srs., ele limitava-se ao preço
que foi estabelecido , como profissional dando o seu trabalho ganhando a vida , como hoje qualquer comerciante ,ou feirante, ou mesmo um profissional de qualquer oficio,
este critico, esquece a sua profissão ,não será também um explorador ?
Um profissional vende o seu trabalho , não compra e vende o mesmo, trabalha a matéria .
Foi isto que o meu Pai fez.
O que foi feito de dezenas de quilos de Ouro , que vi num dos quartos na casa da Amélia ?
e um enorme cesto de moedas em Prata e Ouro ? maços de notas de quinhentos e de mil
escudos, que nesse tempo eram raras ?
Afinal quem explorou ? Isto que eu digo é a realidade que eu vivi .
Se a Santidade não fosse descoberta voltaríamos a ter outra Fátima duvidam ?
A minha resposta é autentica não foi imaginada .
Agradeço os elogios de todas as pessoas de bom senso , obrigados .
Alfredo Fernandes Peixe
Este blog deve servir para trocar e debeter ideias sobre os temas aqui apresentados. Ora bem, exercendo o direito de resposta, ou o sr. Alfredo não leu o meu comentário ou não o soube ler...
ResponderEliminarnão é preciso ser-se nascido, para se saber com exatidão factos passados noutras épocas, basta pesquisar. começo por dizer que o vaticano fabrica santos, nada a acrescentar, até porque o cardeal que trata disso até é português, depois que o sr. Zeca Peixe, (que conheci e admiro como bom profissional da fotografia) não esteve sózinho neste caso, esteve, porque participou. Participou com o seu trabalho de imagem, mas participou e ganhou muito dinheiro com isso, palavras suas. que o sr Alfredo viveu com fartura em tempos de vacas magras, não se cansa o sr. de o repetir, ou não se ouve? e que devemos á «santa» Amélinha que ainda vive e está lucida, todo o respeito pelas chagas, enganos, abusos e sofrimento para não falar na pobresa que bem demontra a foto de família tirada por seu pai e agora no Nucleo do Arnaldo, isso não há duvidas, não retiro uma virgula. No entanto, não quero que este blog sirva para alimentar polémicas pessoais e dou o caso por encerrado, fico no entanto, muito curioso por saber o que aconteceu ás carradas de ouro e moedas das oferendas, que o sr. diz que viu, assim como ás palavras que a Amélinha tem para nos contar...
O que foi feito de dezenas de quilos de Ouro , que vi num dos quartos na casa da Amélia ?
ResponderEliminare um enorme cesto de moedas em Prata e Ouro ?
Diz o senhor Alfredo Peixe.Aqui é que está o que todos queriamos saber.Procedeu bem o senhor Patuleia com os seu comentário.Quem levantou a lebre foi o senhor Peixe com as suas declarações.
A infeliz da Amelinha ,se ainda é viva,tem a ultima palavra.tentem que os de Alfandega digam o que sabem sobre o assunto.Verdade,só a verdade e nada de polémicas pessoais,mais uma vez tem razão o senhor Patuleia.
Nao gostei de ouvir o plano que um grupo de palermas ignorantes programou para o assassinato de uma pobre criatura com o objectivo do lucro disfarçado atras de um religiosidade estupida. Prefiro Moncorvo sem touros nem Deuses.
ResponderEliminarRetrado da miséria:
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