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Urros - 2009 |
11.04.1182 – Povoação de
Urros elevada à categoria de vila e sede de concelho por carta de foral concedida nesta data.
11.04.1786 – Nascimento de
Alexandre Tomás de Morais Sarmento, em Torre de Moncorvo. Viria a obter o título de 1º Visconde de Banho. Foi um dos mais radicais dos deputados Vintistas e em 1828 fez parte da Junta Governativa Liberal instalada no Porto. Obrigado a emigrar, foi um dos heróis do Mindelo e, a partir de 1834, desempenhou as funções de ministro plenipotenciário em Madrid.
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Solar de Almendra |
11.04.1849 – O tenente coronel
António Marçal (comandante das Guardas Nacionais de Ribacôa) e o administrador de Moncorvo,
António Joaquim Ferreira Pontes, de Urros, foram dois ilustres Liberais que muito se distinguiram nas lutas contra os Miguelistas, nomeadamente no Cerco do Porto. E eram muito amigos, comungando dos mesmos ideais políticos. A partir do levantamento popular da Maria da Fonte e das lutas da Patuleia, estes dois homens separaram-se, mantendo-se Marçal na linha política do poderoso ministro Costa Cabral e F. Pontes virando patuleia. E todos os que em Vila Nova de Fozcôa e terras de Ribacôa eram inimigos e perseguidos por Marçal, encontravam em Moncorvo refúgio seguro. A ponto de, nessa altura, viverem em Moncorvo umas 60 famílias fugidas de Fozcôa. Naquele dia 11 de Abril, Marçal não esteve com meias medidas. À frente de um corpo de 80 elementos da Guarda nacional marchou sobre Moncorvo e foi assentar arraiais na praça do município, jurando não sair dali até levar preso o Ferreira Pontes e todos os de Fozcôa que andavam fugidos às justiças. Sabendo da aproximação de Marçal, o Pontes montou a cavalo e dirigiu-se a Bragança. Dali, por telégrafo do governo civil, enviou uma nota ao Parlamento dando conta da situação. E por correio enviou uma lista de dezenas de cidadãos que haviam sido assassinados, espancados e roubados pela “quadrilha dos Marçais” e centenas de outros cidadãos que andavam fugidos com medo. Este foi um episódio que muito abalou o governo de Costa Cabral e conduziu à sua queda e extinção das Guardas nacionais que mais não eram do que homens armados ao serviço de uma facção política.
António Júlio Andrade
Heróis ou bandoleiros !
ResponderEliminarOra aqui está uma história que se sucedesse na mui nobre e civilizada America já há muito tinha botado em ganda filme holyoodwesco com os bons a vencerem sempre no fim os maus.
E aqui com os Marçais quem seriam os maus ?
Eram bandidos quadrilheiros- os nossos Remexidos ou Brandões - ou seriam mais uns robins dos bosques em versão portuguesa ?
Eu que tenho a sorte de possuir e de ter lido as 2 versões publicadas - " a quadrilha dos marçais " de J.S.S.de A. ou " os Marçais " de O.M.- ambas bem parciais na versão da estória ou tb. distantes da realidade, sempre imaginei um filme com tal enredo, ainda por cima com toda a carga ou aura misteriosa, digamos emocional, que teve o fim da vida dos marçais.
Era bom que alguém nos contasse ou desse a conhecer em versão actualizada e necessariamente equidistante, as façanhas dos Marçais, onde a excursão a TMC teria de ocupar lugar de destaque.
O apelo aos investigadores fica feito, matéria por esses arquivos é que não falta.
Um obrigado mt. especial ao A.J.A. por nos trazer estes farrapos de memória.
Max
Completamente de acordo. Também eu li as duas versões e ambas são aceitáveis, ambas se dizem patrióticas. Na realidade o assunto daria uma boa tese de doutoramento... J. Andrade
ResponderEliminarPara além de fazer a nos a vila de Urros, deve dizer-ze que também neste dia está de parabéns a vila de Mós que recebeu carta de foral 20 anos antes de Urros, em 1162.Este foral foi-lhe confirmado em 11.o4.1248 pelo rei D. Afonso III. J. Andrade
ResponderEliminarAlém de Urros também a medieval vila de Mós deve ser recordada neste dia. Com efeito, tendo recebido carta de foral em 1162, 20 anos antes de Urros, aquele foral foi-lhe confirmado em 11.04.1248 pelo rei D. Afonso III. J. Andrade
ResponderEliminarOra aqui está um bom argumento para um filme de acção, para além desta preciosa e dinâmica informação.
ResponderEliminarTininha, de Urros!
Urros foi uma das aldeias que recebeu muita gente emigrada (ou fugida?) das terras de Ribacôa na altura das lutas da Patuleia. Possivelmente outras terão feito caminho inversos. Pena que o nosso amigo Adriano Fernandes não esteja entre nós para nos dizer quais eram essas famílias. Sim, que ele pesquisou durante muitos anos essas coisas. J. Andrade
ResponderEliminarMea culpa !
ResponderEliminarNão posso deixar passar a noticia relativa a Urros não por ser dia de aniversário uma vez que já pre-existia à data de concessão do foral, mas devo destacar o magnifico documento que é o foral de Urros e que bem pode ufanar as suas gentes pela importância que o nosso 1º rei lhe conferiu.
Por ser terra de tradições e de muita boa gente, Urros é uma grande terra e se, como sói dizer-se, algum dia me perder é um dos lugares por onde me podem procurar.
Tenho lá por casa uma foto da sua banda de música dos anos 30 defronte da capelita à entrada e qq. dia entrego-a ao LB para a postar neste blog, para singela homenagem a esta terra.
Max
Venha de lá essa foto! foi o meu avô, José Alfredo Andrés, que ofereceu o instrumental, todo em cobre, para a célebre banda. Meu avô também tocava e cantava muito bem!
ResponderEliminarTininha, de Urros.
É só para dizer que Urros é uma referência para lá de todos os tempos! Vejam o amor à terra!
ResponderEliminarNo coração vai a minha terra! sempre!
Quando era criança ouvia falar de " patuleia... "
ResponderEliminarmas nem imaginava a importância!
Por falar na Banda de Urros... Será que um dia os descendentes de Urros poderão ver não só a fotografia dessa Banda mas também um dos seus históricos instrumentos, pelo menos? E poderão ver os objectos inventados pelo professor Josino Amado para ensinar as contas aos seus alunos ou a balança romana com que os ensinava a pesar as coisas? E o telefone público da aldeia? E tantos... tantos outros obectos que um dia poderiam ter um incalculável valor cultural? Falo de Urros mas poderia falar de outras freguesias e da própria sede do concelho... Sempre imaginei o conclho de Torre de Moncorvo dotado de uma série de núcleos museológicos temáticos interligados... Nomeadamente um núcleo museológico do mel e da cera na minha terra natal... J. Andrade
ResponderEliminarQuantas preciosidades!e tudo se vai perdendo...
ResponderEliminarmas seria muito bom recuperar... o que se pudesse; esse instrumental, em cobre, da banda de música de urros e tantas , tantas memórias que lhe estão associadas! e falar de núcleo museológico seria revisitar a fábrica da telha, em Urros;a grande actividade ligada ao bicho da seda, em Urros, a tecelagem,eu sei lá... tantas coisas, os albardeiros, sapateiros, ferreiros, latoeiros; tantos modos de fazer, coisas que se vão esquecendo, infelizmente...
Tininha
E falando de Urros,seria, também, interessante falar de um termómetro que ele inventou, com a ajuda e inteira admiração de meu avô, para saber como estava a temperatura, ora, se era preciso!...dizia a minha avó
ResponderEliminarE lá estava ali perfilado a dar contas do tempo, no quintal dos meus avós!
E falar de Urros ou de tantas aldeias, não seria interessante mostrar aos seus vindouros, como se trabalhava a terra?, como se fazia a farinha e como se tingia a lã das ovelhas?Ecomo se fazia o sabão? e a manteiga?
Tininha
Foi o professor Jsino Amado autor dessa" história" para saber o que se estava mesmo a ver; era só ver o tempo...( perdão pela evasiva)
ResponderEliminarTininha
O Solar do Visconde de Almendra ou Solar dos Viscondes do Banho é um palácio barroco que albergou, por muitos anos, os viscondes do Banho e de Almendra, e até hoje pertence a parte herdeira da nobre família Morais Sarmento. O edifício palaciano, exemplo ditoso da arquitectura setecentista do interior português, localiza-se em Almendra, em Vila Nova de Foz Côa.
ResponderEliminarTestemunho das vivências de muitas gerações de nobres ilustres, o último célebre habitante titular do solar foi Márcia Augusta de Castilho Falcão Mendonça de Morais Sarmento, filha e herdeira dos viscondes do Banho e de Almendra. Actualmente, o palácio de Almendra pertence aos herdeiros de Maria Augusta, os filhos.
O palácio, edifício de dois pisos, conserva o seu austero estilo barroco que se revela nas janelas «rocaille», com as típicas vieiras invertidas, e a marcante varanda com balaústres. O brasão de armas da ilustre família, enquadrado por um frontão curvilíneo, permanece em cima da varanda. Curiosamente, o brasão nunca foi devidamente terminado de esculpir.
Hoje é um marco histórico da localidade de Almendra, a par do Cruzeiro e da Capela de Nossa Senhora do Campo, entre outros monumentos. Alguns canteiros verdejantes enquadram a fachada frontal do edifício.
Ver:http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=31994&fview=e
ResponderEliminarOlá Amigos, respondendo à pergunta, se alguma vez os descendentes de Urros vão poder ver a fotografia da banda de Urros, pois bem, no grupo amigos de Urros, vários amigos colocaram não uma, mas várias fotos da Banda de Urros.
ResponderEliminarTodas as fotografias e outros documentos alusivos á aldeia de Urros, são bem-vindos.
Obrigada por gostarem tanto da nossa aldeia
Abraço
Misé