Magistrados de onze países latinos, incluindo Portugal,
estão reunidos em Brasília até esta sexta-feira para acertarem estratégias na
investigação do escândalo de subornos envolvendo a empresa
Os procuradores-gerais de 11 países comprometeram-se na
quinta-feira a criar equipas de trabalho comuns para coordenar as suas
investigações sobre o escândalo de corrupção da empresa brasileira Odebrecht
que abalou a América Latina.
Comprometem-se a "promover a formação de equipas comuns
de inquérito, bilaterais ou multilaterais, que permitam investigar de maneira
coordenada o caso Odebrecht", segundo um comunicado assinado pelo Brasil,
Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Panamá, Portugal, Peru, República
Dominicana e Venezuela.
O encontro entre os magistrados de mais de uma dezena de
países, previsto para quinta-feira e hoje, visa "responder a todos os
pedidos de informação, num assunto que é coberto pelo segredo de
instrução", disse à AFP uma pessoa envolvida na organização da reunião,
fechada à imprensa.
Segundo documentos publicados a 21 de dezembro pelo
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht terá alegadamente
pagado subornos relativamente a mais de uma centena de projetos em 12 países da
América Latina e África, de aproximadamente 788 milhões de dólares
norte-americanos.
Em causa Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República
Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Perú e Venezuela.
O escândalo tem motivado protestos em vários dos países envolvidos.
Ontem, em Lima, no Perú, mais de 2000 pessoas saíram à rua exigindo a punição
dos políticos que estão a ser investigados por alegadamente terem recebidos
subornos de perto de 34 milhões de euros, entre os quais os antigos presidentes
Alejandro Toledo, Alan Garcia e Ollanta Humala,
Nota: O autor do título é o editor do blog. A foto é do arquivo do blog.
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