sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Moncorvo - Apresentação de livro fora do comum,por Júlia Guarda Ribeiro



Já aqui escrevi uma crónica sobre uma a apresentação de um livrinho meu, em que houve um episódio cheio de graça, ingenuidade e até com uma dose de generosidade.
Agora vou falar-vos de um episódio recente que, visto hoje, parece não ter tido nem a mesma graça nem a mesma generosidade.
Vamos à  crónica:
No passado dia 21 de Setembro, a Associação dos Antigos Alunos do Colégio  Campos Monteiro realizou o seu encontro anual em Moncorvo. Entre as actividades a desenvolver constava a apresentação da Revista do Colégio Campos Monteiro e do meu livro  “Contos Temperados”.
Como é usual, 50 exemplares da revista foram adquiridos pela Câmara para oferta.
Por causas que acidentalmente acontecem,  a apresentação do meu livro não foi, de início, incluída no programa do referido encontro. Um simples esquecimento que, de imediato, foi resolvido.
O que não ficou resolvido foi a aquisição de 30 dos meus livros pela Câmara de Moncorvo. Enviei três mails ao Sr. Presidente Eng.º Aires Ferreira, aos quais não obtive resposta. Tal não seria talvez de admirar, pois estava-se em plena campanha eleitoral. No mesmo dia 21, no jardim da Biblioteca, falei com o Sr. Presidente que recusou o patrocínio dos 30 livros  (300 euros) , por tardio.
Desci para a sala da Biblioteca e ali, naquele momento, decidi vender os 30 livros que a Câmara não subsidiava. Pedi a duas amigas – a Olema e a Bebé – se os começavam a vender e já só restavam dois ou três quando o Engº Ramiro Salgado, com grande ar de satisfação, chegou com a grata notícia que os meus 30 livros também iriam ser patrocinados. 
O que havia a fazer era devolver o dinheiro às pessoas que haviam comprado os livros e colocar-lhes o carimbo de “Oferta”. Assim se fez.
Só que, dois dias depois, o Engº Ramiro Salgado me telefonou e, constrangidíssimo, me comunicou que para os meus 30 livros não havia patrocínio nenhum. É que o Sr.Presidente acabara declarando que “ já só exercia funções de gestão corrente e não ia assinar gastos em cima da hora”.
 O Engº Ramiro Salgado, com a sua proverbial generosidade, tentava salvar a face do Eng.º Aires Ferreira.
Mas alguém que conheça o Ramiro Salgado acredita mesmo que ele tivesse vindo à sala da Biblioteca, já cheia de gente, informar-me apressadamente que “o Sr. Presidente ia subsidiar os 30 livros”  se a conversa entre os dois tivesse sido  precisamente o contrário? O Ramiro Salgado, um homem sempre tão atento e cuidadoso, nunca iria dizer uma coisa que não ouvira. Não, ele não ia querer, dois dias depois, deitar-me um balde de água fria , enquanto que ele próprio se sentia extremamente constrangido.

As pessoas não sabem o que realmente se passou. Por isso, quero deixar bem claro que o meu livro “CONTOS TEMPERADOS” não foi oferta da Câmara de Moncorvo. Foi oferta minha.


Júlia Guarda Ribeiro

11 comentários:

  1. por estas e por outras os moncorvences disseram: BASTA
    Moncorvence

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  2. Antonio BentoBento escreveu:oh,ooh,ooh nem o grande Camané inventava uma história destas.

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  3. Coisas de Moncorvo!... Diria o velho Grazina.

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    1. josé alfredo campos sousa27 de dezembro de 2013 às 16:34

      Fala um descendente do velho grazina, qual a sua relação com o mesmo?

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  4. Não batam mais no céguinho.Ele era assim,as pessoas votam nele e quem está de fora racha lenha,mas é uma história do caraças e muito bem escrita e vamos lá ver como se pota ste que começou muito bem com os presépios e outras coisas.Mudámos de ares e de aires e alguns andam com falta de aires outros foi um aires que lhes deu e ainda uns terceiros que enchem o peito de ar e respiram fundo.Bom minha senhora, organize outra apresentação do livro na taberna do Carró,convida as suas amigas para vender os livros e nós ficamos todos contentes por a ver por cá e da a ouvir,essa malta dos farrapos podia e devia tratar disso,não é só postar aqui ,postar acolá e viva o velho.Este comentário feito do coração não vai passar na censura.
    Aires da Minha Vila.

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  5. Tá tudo no titulo do livro.São os tempêros.Inocência da autora,Ironia do acto e veneno do dito.
    Atc
    Amílcar Cebola

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  6. Acho que o Amilcar cebola tem muita razão.

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  7. Já li os Contos Temperados e é uma barrigada de riso.

    S.D.

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  8. Imagine caro colega anónimo que o senhor Amílcar Cebola tinha o apelido de Alho.Mais razão tinha.
    Dizem que o pre saíu pela esquerda baixa,ele que andou na Seiva Trupe ,saiu,saiu pela direita humorada.O ferro é do Cabeço da Mua para o Reboredo no Felgar, terra do barro, idolos com pé de dito;escacham-se!
    Birairada

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  9. Tão amigos que eles eram!.. Mas a procissão ainda não saiu do adro. Vamos assistir a muitas mais cenas íntimas, encenadas por outros amigos e afilhados muito mais íntimos! Aliás, algumas das moscas que andavam em redor de Aires Ferreira assaltaram já o novo bolo do poder. E que emproados eles andam em volta do Dr. Nuno Gonçalves!..

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