quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Exploração mineira em Moncorvo "sempre" foi compatível com parque eólico

Carvalhal 1974. Arquivo de Lb
Torre de Moncorvo, 11 dez (Lusa) - O novo presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves (PSD), defendeu hoje que a construção de um parque eólico na serra do Reboredo "sempre" foi compatível com o projeto de exploração mineira para aquela área do concelho.
"Desde sempre, mesmo quando estava na oposição, que defendo que a instalação de um parque eólico na serra do Reboredo era compatível com a exploração mineira, porque se trata de dois projetos estruturantes para o concelho e não chocam um com o outro", disse Nuno Gonçalves à agência Lusa.
Em julho de 2012, também em declarações à Lusa, o então presidente da autarquia, Aires Ferreira (PS), afirmou que a possibilidade de reativação das minas no cabeço do Carvalhal inviabilizava a instalação de um parque eólico, o que significava que, se não avançasse a exploração mineira, o município perderia dois investimentos.
"Para o concelho de Torre de Moncorvo, que está financeiramente desestruturado, a construção de um parque eólico na serra do Reboredo ou na serra da Lousa seria uma forma ajudar a equilibrar as contas da autarquia já que até julho de 2014 está prevista a entrada de 3,750 milhões de euros", declarou o atual presidente da autarquia.
Embora considere o investimento no setor eólico "estruturante para o concelho de Torre de Moncorvo", Nuno Gonçalves assinala que a apresentação do projeto da multinacional Island "foi feita no tempo errado, já que se estava em tempo de pré-campanha eleitoral".
O atual autarca de Torre de Moncorvo acrescenta que até hoje ainda não foi contactado pela multinacional de capitais irlandeses Island, apesar do contrato de contrapartidas ter sido assinado no passado mês de setembro.
"Sei que há documento assinado por pessoas que me merecem a minha confiança, como é caso do anterior presidente, e penso que o investimento estará de alguma forma assegurado, sendo um projeto que se pode deixar cair", destacou.
O investimento anunciado pela multinacional de capitais irlandeses ronda os 75 milhões de euros, o que vai permitir a instalação de 25 a 30 aerogeradores com uma potência que vai de 2 a 2,5 megawatts, tratando-se assim de um investimento "viável".
A potência total a instalar está prevista para os 50 megawatts.
O futuro parque eólico está previsto para uma altura de 900 metros de altitude, entre as localidades de Lousa e Castedo.
A futura infraestrutura elétrica apanhará ainda parte do vizinho concelho de Carrazeda de Ansiães, onde ficarão instalados três a sete aerogeradores.
O começo da construção do parque eólico no concelho de Torre de Moncorvo está agendado para o verão de 2014, prevendo-se a sua conclusão nos primeiros meses de 2015.
FYP // JGJ
Lusa/fim


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