Carvalhal 1974. Arquivo de Lb |
Torre de Moncorvo, 11 dez (Lusa) - O novo presidente da Câmara de Torre de
Moncorvo, Nuno Gonçalves (PSD), defendeu hoje que a construção de um parque
eólico na serra do Reboredo "sempre" foi compatível com o projeto de
exploração mineira para aquela área do concelho.
"Desde sempre, mesmo quando estava na oposição, que defendo que a
instalação de um parque eólico na serra do Reboredo era compatível com a
exploração mineira, porque se trata de dois projetos estruturantes para o
concelho e não chocam um com o outro", disse Nuno Gonçalves à agência
Lusa.
Em julho de 2012, também em declarações à Lusa, o então presidente da
autarquia, Aires Ferreira (PS), afirmou que a possibilidade de reativação das
minas no cabeço do Carvalhal inviabilizava a instalação de um parque eólico, o
que significava que, se não avançasse a exploração mineira, o município
perderia dois investimentos.
"Para o concelho de Torre de Moncorvo, que está financeiramente
desestruturado, a construção de um parque eólico na serra do Reboredo ou na
serra da Lousa seria uma forma ajudar a equilibrar as contas da autarquia já
que até julho de 2014 está prevista a entrada de 3,750 milhões de euros",
declarou o atual presidente da autarquia.
Embora considere o investimento no setor eólico "estruturante para o
concelho de Torre de Moncorvo", Nuno Gonçalves assinala que a apresentação
do projeto da multinacional Island "foi feita no tempo errado, já que se
estava em tempo de pré-campanha eleitoral".
O atual autarca de Torre de Moncorvo acrescenta que até hoje ainda não foi
contactado pela multinacional de capitais irlandeses Island, apesar do contrato
de contrapartidas ter sido assinado no passado mês de setembro.
"Sei que há documento assinado por pessoas que me merecem a minha
confiança, como é caso do anterior presidente, e penso que o investimento
estará de alguma forma assegurado, sendo um projeto que se pode deixar
cair", destacou.
O investimento anunciado pela multinacional de capitais irlandeses ronda os
75 milhões de euros, o que vai permitir a instalação de 25 a 30 aerogeradores
com uma potência que vai de 2 a 2,5 megawatts, tratando-se assim de um
investimento "viável".
A potência total a instalar está prevista para os 50 megawatts.
O futuro parque eólico está previsto para uma altura de 900 metros de
altitude, entre as localidades de Lousa e Castedo.
A futura infraestrutura elétrica apanhará ainda parte do vizinho concelho
de Carrazeda de Ansiães, onde ficarão instalados três a sete aerogeradores.
O começo da construção do parque eólico no concelho de Torre de Moncorvo
está agendado para o verão de 2014, prevendo-se a sua conclusão nos primeiros
meses de 2015.
FYP // JGJ
Lusa/fim
Maria José Sousa : Partilhei, obrigada Amigo!
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