03.12.1838 – Definição das mesas eleitorais do concelho de Moncorvo e nomeação dos respectivos presidentes, com vista à eleição de deputados que se aproxima. Mesa de Moncorvo, presidente Francisco António de Sá e onde votarão todos os povos de Além Rio, Torre de Moncorvo, Felgar, Larinho, Souto da Velha, Carviçais e Mós. Mesa de Urros presidida por Luís Cláudio de Oliveira Pimentel e onde votarão as gentes de Urros, Felgueiras, Açoreira, Maçores e Peredo dos Castelhanos.
03.12.1840 – Notícia de que a Guarda Nacional de Vila Flor foi desarmada por estar envolvida em um enorme atentado.
03.12.1893 – O Moncorvense informa que o padre Adriano Guerra foi nomeado pároco do Larinho; que o capitão Alfredo José Durão casou em Elvas e que o tenente de engenharia Adriano de Sá, director das obras públicas do Porto acaba de ser nomeado Cavaleiro da Ordem de Santiago.
03.12.1899 – Nota da Caderneta de Lembranças:
- apareceu aqui o Doutor Barboza e o Sr. Doutor Abilio da Costa Pontes cumprimentou e no meio do cumprimento perguntou-lhe por o saco.
03.12.1910 – Depois da implantação da República, houve quem pintasse a Porca de Murça com as cores da República. No jornal “O Vilarealense” daquela data comentava-se:
Também a porca de Murça,/Que se levanta altaneira/Numa estátua bregeira/ Da terra na praça da República,/ Quis dar um exemplo ao mundo,/Quis seguir o bom conselho/De vestir verde e vermelho,
Como adhesão à república…/Onde foi buscar as cores?/Vou dizê-lo sem acinte…/Com certeza dei no VINTE…/Sim, podem levar-me à forca,/Mas juro por minha honra,/Pois conheço bem o assunpto:
Que o VERMELHO é do presunto;/O VERDE é d´ella, que é… PORCA…
03.12.1931 – Evadiu-se da cadeia de Fozcôa a presa Isolina do Céu Pires, “A Carbonária” de alcunha, casada, natural e residente naquela vila.
António Júlio Andrade
O símbolo de Murça é a célebre porca, uma estátua em granito com mais de 2 mil anos que representa afinal... um porco.
ResponderEliminarA escultura é um monumento zoomórfico, pensa-se esculpido por uma tribo da época celta, historicamente, a porca é um deus pagão, idolatrado no aspecto sentimental por todas as gentes de Murça. E ai de quem lhe faça mal!
A porca é de tal maneira adorada, que o povo não permite aos turistas incautos, subirem ou fazerem mal ao animal, os populares saltam-lhes logo em cima, pois são logo desalojá-los e se for preciso levam uma sova e ficarão sujeitos a ficarem com as máquinas fotográficas estragadas. Porque a porca para eles é intocável.
Não gostam que os forasteiros, gozem com a “sua porca”, pois eles têm logo uma resposta na ponta da língua: “A porca é madrasta para os filhos da terra, mas é mãe para os de fora!”.
Ora diz a lenda, que no século VIII esta povoação e seu termo eram assolados por grande quantidade de ursos e javalis. Os senhores da Vila, apoiados pelo povo, fizeram tantas montarias, que extinguiram tão daninha fera ou a escorraçaram para muito longe. Entre esta multidão de quadrúpedes, havia uma porca (ursa) que se tinha tornado o terror de toda a povoação, pela sua monstruosa corpulência, pela sua ferocidade, e por ser tão matreira, que nunca poderia ter sido morta por caçadores.
Em 775, o Senhor de Murça, cavaleiro de grande força e coragem decidiu caçar a porca, e por fim às suas artimanhas e realmente conseguiu, libertando a terra de tão incómodo hóspede.
Em memória desta façanha, se construiu tal monumento alcunhado a “Porca de Murça”, e os habitantes da terra se comprometeram, por si e seus sucessores, a darem ao senhor, em reconhecimento de tal benefício, para ele e seus herdeiros, até ao fim do mundo, três arráteis de cera anualmente, por cada fogo, sendo pago este foro mesmo junto à porca.”
A Porca de Murça é sem dúvida, o monumento mais fotografado de Trás-os-Montes. E apesar de existirem mais 57 monumentos semelhantes espalhados em Trás-os-Montes, a porca de Murça é o maior de todos
http://esoterismo-kiber.blogs.sapo.pt/88122.html
Olha a minha terra aqui referida!
ResponderEliminarObrigada A. J.Andrade, por nos apresentar pequeninas coisas e que nos dizem tanto!
Curioso, como as pessoas misturam o profano com o religioso!
Tininha