segunda-feira, 17 de junho de 2013

Olhos,por Armando Sena













Se os olhos contassem a tua história
Não traíssem como o fazem sem querer
Lembrassem tempos em que foste liberdade
Soubessem de que cor é a vontade

Interpretassem o murmúrio do desejo,
o que dizem lábios finos a tremer
Decifrassem o rubor do amor ardente
Mostrassem como é a dor da ausência
reflexo e espelho da saudade

Traíssem num não que era sim

É tudo isso o seu poder
Soberania em duas esferas compactada
O supremo sentido do sentir
a mais pura face da verdade
Ecrã onde a alma é projetada

2 comentários:

  1. Escreve muito bem.Gosto muito de ler os seus poemas.
    Leitor

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  2. Parece-me detectar alguns novos tons na sua poesia que a tornam mais clara, mais vibrante. Gosto.


    Abraço amigo
    Júlia

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