"Este Plano de Ordenamento constitui-se como um novo instrumento de
gestão do território, que tem um caráter especial e será também uma salvaguarda
dos recursos naturais e [esperamos] que a partir daqui se possam delinear os
constrangimentos e a forma de proteger a natureza", explicou Célia Ramos.
A secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da
Natureza falava à agência Lusa à margem da inauguração de um Centro de
Interpretação Ambiental e Recuperação Animal, equipamento de 1,7 milhões de
euros financiado pela EDP e situado no Felgar, concelho de Torre de Moncorvo,
no distrito de Bragança.
Com aquele novo instrumento de ordenamento, explicou Célia Ramos, os
projetos turísticos e ambientais a implantar ao longo dos mais de 60
quilómetros de extensão na albufeira da barragem do Baixo Sabor terão assim
regras bem definidas, tendo em vista "a proteção ambiental do todo o
ecossistema".
"Não pretendemos um Plano de Ordenamento com uma ocupação desenfreada
do território, mas com projetos turísticos bem delineados, capazes de atrair um
tipo de turismo não massificado dada a sensibilidade ambiental da região",
destacou a governante.
Os projetos a apresentar ao Fundo Baixo Sabor devem incidir, a título de
exemplo, nas novas economias, eficiência energética, mobilidade suave ou
observação astronómica.
"O silêncio, a luz das estrelas, a calmaria das águas, a fauna e flora
são algumas das mais-valias deste território tão especial", enfatizou
Célia Ramos.
Para o presidente da Associação de Municípios de Baixo Sabor, Nuno
Gonçalves, as prioridades passam por alargar a coesão regional, fomentar a
criação de emprego e potenciar as valências turísticas e ambientais dos futuros
lagos do Sabor.
"Contudo, poderíamos ir mais além e criar outras vertentes, como a
proteção e preservação do património arqueológico descoberto no Baixo Sabor ou
promover a gastronomia e as atividades turísticas", explicou o autarca
social-democrata.
A albufeira criada pelo escalão de montante estende-se ao longo de 60
quilómetros, desde a zona da barragem até cerca de 5,6 quilómetros a jusante da
confluência do rio Maçãs com o rio Sabor, ocupando áreas dos concelhos de Torre
de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.
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12 DE MAIO DE 201720:31
Lusa
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