O Centro de Interpretação Ambiental e Recuperação Animal
(CIARA) fica na aldeia de Felgar. Foi construído ao abrigo do programa de
compensação pela construção da barragem do Sabor e quer contribuir para a
preservação e desenvolvimento da biodiversidade do território transmontano.
O CIARA é um edifício construído de raiz, ao abrigo das
medidas de compensação ambiental provenientes do Fundo Baixo Sabor. Foto: DR
É em Felgar, concelho de Torre de Moncorvo, que fica o
Centro de Interpretação Ambiental e Recuperação Animal (CIARA) que vai servir
todo o território abrangido pela albufeira do Baixo Sabor.
O equipamento custou 1,6 milhões de euros e tem como
objectivo “organizar e promover a cultura científica, tecnológica e a difusão
do conhecimento do território”, explica à Renascença o presidente da Associação
de Municípios do Baixo Sabor (AMBS), Nuno Gonçalves.
O também autarca de Torre de Moncorvo considera, no entanto,
que “o CIARA só será um verdadeiro centro de recuperação ambiental e animal, se
for geograficamente alargado ao Parque de Montesinho, ao Douro Internacional e
ao Parque Regional do Tua”, para que técnicos da Universidade Transmontana e do
Politécnico de Bragança possam “desenvolver os seus conhecimentos”.
Tendo em conta as potencialidades da infraestrutura, Nuno
Gonçalves mostra-se convicto de que “o centro vai contribuir para a preservação
e desenvolvimento da biodiversidade do território transmontano”.
O novo centro ambiental vai permitir a recolha, tratamento e
estudo da fauna existente neste território transmontano e vai ter uma
componente científica e veterinária, a assegurar pela Universidade de Trás -os
Montes e Alto Douro e pelo Instituto Politécnico de Bragança, contando com
pareceria institucional da EDP.
Aposta nos mais jovens
Outra componente estratégica do CIARA passa por despertar e
fomentar o gosto e interesse pelas ciências e tecnologias na comunidade em
geral, sobretudo nos mais jovens, promovendo o espírito científico e criativo,
contribuindo para incentivar “o espírito de cidadania” face ao mundo natural
que o rodeia.
“Já estamos a fazer com alunos do 9.º ano, que têm disciplinas
que podem interagir com este centro”, sublinha o presidente da Câmara de Torre
de Moncorvo.
O CIARA está equipado com dormitórios, casas de banho e
cozinha, permitindo hospedar os estudantes desta área que queiram fazer
mestrado e doutoramento o tempo que necessitem para desenvolver as suas teses.
É um edifício construído de raiz, ao abrigo das medidas de compensação
ambiental provenientes do Fundo Baixo Sabor.
A barragem do Baixo Sabor foi a primeira a disponibilizar 3%
da facturação anual de energia para o fundo de compensação ambiental destinado
também a apoiar o desenvolvimento de projectos na área de influência.
A albufeira do Sabor estende-se ao longo de 60 quilómetros,
desde a zona da barragem até cerca de 5,6 quilómetros a jusante da confluência
do rio Maçãs com o rio Sabor, ocupando áreas dos concelhos de Torre de
Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.
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