Nasceu em Moncorvo em Dezembro de 1940.
Em 1965 conclui o Curso Geral de Pintura da Escola Superior
de Belas Artes do Porto/ESBAP.
Entre 1960 e 1980 exerce actividade na área do Design Gráfico.
Em 1973 conclui o Curso Complementar de Pintura da ESBAP.
Em 1976 entra como Docente para esta Escola (actual
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto) obtendo sucessivamente
o grau de Professor Auxiliar (1983), de Professor Agregado (1996), e de
Professor Associado (1999).
De 1984 a 1993 e de 1996 a 2001 é Presidente do Conselho
Directivo da Faculdade de Belas Artes.
Durante este período procede à recuperação de todos os
edifícios que constituem esta Escola, cria condições de funcionamento para o
Museu das Belas Artes sob a direcção da Profª Lúcia Matos, procede à
remodelação dos Serviços de Secretaria da autoria dos Arquitectos Cristina
Guedes e Francisco Vieira de Campos que concebem também as novas instalações do
Pavilhão destinado a Tecnologias, edificado nos jardins desta Faculdade.
Com o apoio da Reitoria da UP. e do seu Reitor, Prof. Novais
Barbosa, é iniciado em 1998 o projecto do Novo Edifício situado na parte sul
desta Escola, da autoria do Arquitecto Alcino Soutinho. Este Novo Edifício foi
concluído e utilizado a partir de 2006.
Na sua actividade profissional foi em 1980 e em 1986
subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian para visitar Bienais de Design
Gráfico na Polónia, Checoslováquia e Itália.
Expõe Pintura desde 1972 e realiza a sua primeira exposição
individual em 1979.
Em 1994 executa um retrato do Dr. Mário Soares.
Entre 1994 e 2006 executa os retratos dos Reitores Lúcio
Craveiro, Machado Santos e Victor Chaínho da Universidade do Minho bem como os
retratos dos Reitores Alberto Amaral e Novais Barbosa da Universidade do Porto.
Executa também o retrato do Presidente do Instituto Politécnico do Porto, Luís
Soares.
Integrou o Grupo Puzzle.
Entre muitas outras situações, representou a Faculdade de
Belas Artes na escolha da face Nacional da moeda de Euro.
Em 2001 obtém a aposentação como Professor Associado da
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
1979 • Galeria do Jornal de Notícias/Porto.1981 •
Galeria Roma e Pavia/ Porto.1983 • Galeria Diagonal/Cascais.1985 •
Galeria Diagonal/ Cascais.1987 • Galeria EG/Porto.1989 • Galeria
Leo/Lisboa. 1991 • Galeria EG/Porto.1996 • Trabalhos de
casa/Árvore/Porto.2001 • Dario Alves/Museu Nogueira da Silva/Galeria da
Universidade/Braga .2002 • Dario Alves/Galeria Canvas/Porto.2006• Dario
Alves/de várias formas e feitios/Galeria Sala Maior/Porto.2010 •
DarioAlves/ Retrospectiva 1972/2010/ Museu do Douro/Régua e Centro de
Memória/Torre de Moncorvo.2012 • Dario Alves + Emerenciano/Galeria ao
Quadrado/Sta. Maria da Feira.
COLECÇÕES INSTITUCIONAIS
Museu da Faculdade de Belas Artes do Porto / Porto.
Centro de Arte Contemporânea / Museu de Soares dos Reis
/Fundação de Serralves/ Porto.
Museu de Arte Moderna de Lund / Suécia.
Fundação Calouste Gulbenkian / Lisboa.
Fundação Cupertino de Miranda / Famalicão.
Aliança Seguradora / AXA / Porto.
Secretaria de Estado da Cultura / Porto.
Jornal de Notícias / Porto.
Hotel Algarve / Lagos.
Museu de Desenho de Estremoz / Estremoz.
Banco de Fomento Exterior / BPI / Lisboa.
Fábrica de Chocolates Imperial / Vila do Conde.
Banco Borges e Irmão / BPI / Porto.
Banco Português de Investimento / Porto.
Banco Atlântico / BCP / Porto.
Universidade do Minho / Braga.
Associação Industrial Portuense / Porto.
Banco Fonsecas e Burnay / BPI / Porto.
Mota e Cª./ Porto.
Fundação Dr. Mário Soares / Lisboa.
Reitoria da Universidade do Porto / Porto.
Instituto Politécnico do Porto / Porto.
Câmara Municipal de Moncorvo / Moncorvo.
Bluepharma / Industria Farmacêutica / Coimbra
DARIO ALVES
Hoogstraten, o holandês do séc. XVII, discípulo de
Rembrandt, pintor, entre outras coisas, de naturezas mortas de objectos, é teu
contemporâneo, penso eu, porque aqueles que estão perto de nós nas andanças da
mente são nossos contemporâneos embora não sejam conterrâneos.
Claro que tu não estás sujeito à inquisição e vives os
tempos liberais. Mas a tua obra traz outras coisas diferentes. A mais
importante: o humor. Não é frequente o humor na pintura. Considera-se, mal, que
o humor só faz parte da ilustração. O humor na tua obra actua sobra a própria
obra, a pintura e a arte. É um humor “dentro de portas”. O erotismo é
outra vertente que marca o carácter dos temas, pois não penso que o erotismo
seja um tema. É uma qualificação dos estados de alma sexuais, que são bem úteis
e fortes. Eu não penso que as tuas pinturas, em grande parte, sejam
ilustrações.Isto é, os ilustradores sabem do que estão a imaginar. Os que
não são, eu chamo-lhes os integrais, não sabem. Isto é, a imagem
depois de criada é que se mostra o que é. Muitas vezes com total surpresa para
o autor. Por isso lhes chamo os criadoresintegrais. São tudo e
nada. Tu tens certas ideias de associações de objectos imagens de seres e de
coisas que constroem uma pré-narrativa não ilustrativa pois não há guião ou
texto.
A natureza morta e o espaço contido, fechado. É assim a
natureza morta.Tudo começa e se encerra ali, no barroco baixo há, por vezes, ao
fundo uma paisagem, e na pinturarenascentista, havia ar e sol sobre os frutos
as aves a meio caminho entre a natureza viva e a natureza morta. Sinto por
vezes que as naturezas mortas me não deixam ver o resto, o que está para lá.
Mas o tema é dominado pelo encerramento pela protecção do mundo, da vida – por
isso se chama natureza morta – acho mesmo que as tuas “pequenas” no movimento
de anca e assomo de seio, são bonecas, não mulheres com suores.
Claro é que o domínio dos efeitos de que se faz a pintura,
está presente.Há as naturezas mortas de Morandi e outros que se servem do
tema para fazer pintura como coisa em si como plástica em si como objecto
plástico, como abstracção. O teu domínio dos efeitos é o da pintura como
representação e por isso da ilusão visual, da revelação do visível.
O que se pensa a ver e a pintar assim?
Eduardo Luis que é um nome que logo nos ocorre, e que nos
anos 60 e seguintes, embora de Paris, deixou uma obra muito típica e algo
semelhante à tua. Me recordo, marcada por um certo mistério, segredo ou magia.
O plano, o campo dos objectos era ainda mais perto da face do quadro. Estava
mesmo ali.
O que se pensa a ver e a pintar assim?
JoaquimPintovieira280611
Misé Fernandes :
ResponderEliminarO Concelho de Moncorvo, deve ter mais gente ilustre que todos os outros juntos ...Os transmontanos são de fibra ( naquele tempo não era fácil estudar se pintura - Belas Artes).
Julio Remondes :
ResponderEliminarFico muito contente por saber que a nossa terra é um alfobre de pessoas com talento e prestígio nas mais variadas áreas. Já agora, se fosse possível, gostaria de saber quais as origens deste senhor, em termos de família. Peço desculpa mas assim de repente, o apelido Alves não permite identificar alguém que eu tivesse conhecido.
Dario Alves, grande pintor e grande Moncorvense !
ResponderEliminarAbraço
Júlia Ribeiro
Só agora tomei conhecimento deste seu amável comentário, que muito agradeço.
EliminarDario Alves