Aqui, algum tempo depois, recuperadas as forças, e aberto o apetite,
comemos e bebemos o que de melhor tem a gastronomia transmontana: como entrada
da refeição, a soborosa alheira e chouriço assada na brasa com o seu agradável
odora pimento, vinho e alho, confecção do próprio restaurante regional de
turismo de Bragança, ou vindo de Vinhais das cozinhas tradicionais do famoso
porco bísaro, o queijo de ovelha churra da terra quente, o quinta branca ou
terrincho de Moncorvo, com aquele sabor meio picante e aroma forte, de que não
me farto de saborear, e as azeitonas de mesa de Mirandela, tratadas com casca
de laranja e tomilhos, após uma cura de meses em potes de barro com várias
mudanças de água quente e sal; e, como um dos pratos principais da gastronomia
regional, a posta à mirandesa, confeccionada com carne de bovino certificada,
de Miranda, Mogadouro ou Vimioso, saborosa, aromática e macia, de corte fácil
da faca, igualmente assada na brasa com sal e, para alguns, que preferiram
peixe, o bacalhau assado; a acompanhar, um vinho tinto maduro, das boas safras
existemes na diversas adegas cooperativas como o portas da vila, de Vila Flor e
o montes ermos de Freixo; para sobremesa havia pudim de castanha de Braga, e
Macedo, arroz e milhos doces, além de outros doces regionais e fruta da época;
por fim, seguiu-se um café negro, doce e aromático, de que já quase ninguém
prescinde após uma refeição.
Fonte: Despedimo-nos então... de Maria Idalina Brito
Como ao cãozinho de Pavlov, faz crescer água na boca !
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