Categoria
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Monumento |
Descrição
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Fonte de espaldar de planta
rectangular e corpo igualmente rectangular, integralmente em cantaria, de
aparelho irregular. Possui face principal virada a E., terminada em cornija e
frontão de volutas, contracurvado e interrompido, tendo ao centro plinto
paralelepipédico, com a data de 1704 inscrita, terminada em cornija, que
sustentaria o antigo remate. No plano inferior, o espaldar tem lateralmente duas
bicas, em ferro, deitando água permanentemente, e, superiormente, na zona
central, as armas nacionais, à esquerda, e as municipais, à direita. As armas
nacionais apresentam cinco escudetes, dispostos em cruz, cada um deles com cinco
besantes, com bordadura de sete castelos, encimado por coroa aberta, tipo
coronel floreado; as armas municipais têm torre torreada, de azul, aberta e
iluminada do campo, com o torreado acompanhado por dois corvos, de sua cor,
afrontados e pousados nas ameias da torre. Ao espaldar adossa-se frontalmente
tanque rectangular, com paredes de cantaria, de bordo recto guarnecido exterior
e interiormente com réguas metálicas, possuindo no alinhamento de cada uma das
bicas, fixadas no espaldar e no bordo do tanque, duas réguas metálicas dispostas
paralelamente para suporte do vasilhame.
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Acessos
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Largo de Santo António. Gauss: M-290.8;
P-467.6; Fl. 130 |
Protecção
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Inexistente |
Grau
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3 |
Enquadramento
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Urbano, flanqueado por muro
delimitador de propriedade, em cantaria de granito, e no qual se integra, no
cimo da antiga R. do Cano, de pendente acentuada N. / S., e que estabelecia a
ligação entre o centro da vila "moderna", ou seja, a que se desenvolveu no
exterior da antiga muralha medieval, e o antigo Convento de São Francisco, já
demolido, possuindo passeio separador. Sobre o muro, existe gradeamento de
ferro. O tanque assenta sobre soco rectangular de granito, composto por dois,
três degraus, vencendo o desnível do terreno. Em frente, ergue-se o Solar do
Morgado de Santo António, com capela tendo a data de 1490 inscrita sobre o
portal (v. PT01040916009), e ao qual pertencia. |
Descrição
Complementar
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Utilização
Inicial
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Infraestrutural:
chafariz |
Utilização
Actual
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Infraestrutural:
chafariz |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época
Construção
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Séc. 16 /
18 |
Arquitecto /
Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1576, 23 Dezembro - acórdão entre a
Câmara Municipal e o Convento de São Francisco para resolver os litígios sobre a
partilha das águas que a Câmara procurava conduzir da serra do Roboredo para a
urbe, já que o ribeiro passava dentro da cerca conventual e a sua água também
era utilizada pelos frades, tal como a de duas fontes de Roboredo que os
franciscanos diziam, igualmente, pertencer-lhes; foi determinado que se
encanasse todas essas águas, dando-se delas "hum anel ao Convento", tendo-se
começado de imediato as obras; 1591, 8 Junho - devido à persistência de
problemas, o rei emite alvará determinando que a água das duas fontes se metesse
no cano geral, por onde a água deveria chegar à vila, e que dela se desse aos
frades do Convento de São Francisco uma quinta parte e a outra quinta parte
viesse pela mesma maneira a um chafariz particular, que o rei achava por bem que
se fizesse "pela traça, e ordem, que melhor parecer" em frente da Igreja ou
Capela de Santo António; 1591 - provável construção de uma primeira fonte, pelo
Morgado de Santa António, cuja casa com capela, inscrita com a data de 1490, se
erguia fronteira; 1628 / 1658, entre - obras de instalação de encanamento,
destinado a conduzir as águas do Reboredo até ao chafariz da Praça, passando
pelo Lg. de Santo António; 1704 - data inscrita entre as volutas do frontão,
assinalando a sua provável reconstrução; 1785 / 1786 - informação do Corregedor
José António de Sá relativa à existência na vila de sete fontes públicas, "com
muito bom preparo": o chafariz da Praça, Aveleiras, Fonte de Santiago, Fonte do
Carvalho, das Hortas, do Conselho e de Santo António; séc. 20, finais - recuo do
espaldar, devido ao alargamento da via pública. |
Características
Particulares
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Fonte de espaldar de
construção quinhentista, mas reformulado no início do séc. 18, conforme denota a
data inscrita no plinto do remate, actualmente já sem o elemento que o coroava,
caracterizado pela sobriedade estilística. Apesar de ter sido construído por um
particular, em frente à sua casa, a sua construção foi ordenada por alvará real
e promovida pela Câmara, razão pela qual possui as armas nacionais e municipais
no espaldar. Ambos os brasões são da primitiva fonte, sendo o nacional encimado
por coroa real simples, anterior à reforma das armas realizada por D. Sebastião
(1557 - 1578). As bicas são modernas e as bordas do tanque são guarnecidas
exterior e interiormente com réguas metálicas. |
Dados
Técnicos
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Estrutura
autoportante. |
Materiais
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Estrutura de cantaria de granito;
bicas e réguas de sustentação do vasilhame em ferro. |
Bibliografia
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ANDRADE, António Júlio, Torre de
Moncorvo - Notas Toponímicas, Brigantia, vol. 10, nº 1 / 2, Bragança, 1990, pp.
247 - 302; Idem, Dicionário Histórico dos Arquitectos, Mestres de obras e de
outros construtores da vila de Torre de Moncorvo, Brigantia, vol. 11, nº 3 / 4,
Bragança, 1991, p. 21 - 48. ANDRADE, António Júlio, O Chafariz Filipino, s.l.,
s.d.. |
Documentação
Gráfica
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IHRU:
DGEMN/DSID |
Documentação
Fotográfica
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IHRU:
DGEMN/DSID |
Documentação
Administrativa
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Intervenção
Realizada
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CMTorre Moncorvo: 1980,
década - recuo da fonte para permitir o alargamento do largo. |
Observações
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*1 - A fonte era inicialmente
alimentada por águas recolhidas no monte Reboredo, situado a S. e sobranceiro à
vila, conduzidas por encanamento de barro, que depois da Fonte de Santo António,
onde se deveria situar uma arca de águas, ia pela Rua do Cano até ao chamado
chafariz filipino, erguido na principal praça da vila (v.
PT01040916015). |
Autor e
Data
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Paulo Amaral e Miguel Rodrigues
1997 / Paula Noé 2006 |
Fonte:http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=537
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