domingo, 25 de maio de 2014

TORRE DE MONCORVO - NÓDOAS DE 1961



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9 comentários:

  1. Dina Wade: Escrito com uma ponta de sarcasmo e muito humor, este artigo apela ao civismo e bom senso mas na minha aopiniao estes problemas so' se resolvem quando a lei se aplica e os"donos" so multados severamente. Hoje em dia temos as nossas cidades ...em um estado lamentavel. Quase nao se pode andar nos passeios sem tirar os olhos do chao devido `a sujudade dos animais. A maioria das pessoas levam-nos a passear e nao limpam depois de fazerem as suas necessidades. Gosto dos animais em geral, mas sao uma responsabilidade e temos que nos ocupar de todos os detalhes, mesmo dos mais desagradaveis. :)

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  2. Leonel. A praça de Moncorvo é um exemplo fantástico de planeamento urbanístico. E se há uma "arte de ser moncorvense" ela exprimia-se exactamente no hábito de passear na praça. Há montes de histórias mostrando que em qualquer parte do mundo os entendidos reconheciam a gente de Moncorvo pela sua "arte de passear". E nunca me esqueço de uma das raras recomendações que recebi do director do colégio Campos Monteiro quando ali iniciei a minha carreira de "professor": - António Júlio, também é preciso ensinar os alunos a passear na praça. E muitas vezes, às 6 da tarde, quando acabavam as aulas eu ia com os alunos a passear na praça. Por outro lado, sempre houve quem falasse dos "cães grandes" que passeavam na praça. Como quer que seja há nisto um valor cultural e de natureza sociológica que não devemos desprezar. E nada melhor do que meter neste blog a magnífica poesia escrita pelo meu amigo Carlos Girão e publicada no seu livro "Relógio de Bolso". J. Andrade

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  3. O sentido cívico e humor do doutor Sobrinho eram as suas melhores qualidades.Que subtileza...
    Infelizmente, não foi meu professor.Amigos meus ,que foram seus alunos ,na velha escola industrial,enaltecem o seu sentido de humor.

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  4. A Praça Francisco Meireles

    No centro de Moncorvo há uma praça
    è um autentico picadeiro
    Nela se pavoneiam senhores
    Barrigudos com dinheiro.

    Andando de cá para lá, de lá para cá
    Lembram os burros à nora
    Pisando os mesmos passos
    De fora p,ra dentro, de dentro p,ra fora.

    À volta da praça em bancos
    senta-se fauna diferente
    dum lado-esposas bisblioteiras
    Do outro-amantes também são gente.

    E ainda neste cenário
    P,ró espéctaculo complementar
    Jogam às escondidas
    Filhos e zorros a par.

    Às esposas não agrada
    Toda esta misturada.
    Regaladas as amantes
    Soltam uma gargalhada.
    Os pais são mais tolerantes:
    Deixem lá é canalhada.

    Que andarão a dizer
    Os carecas e os barbudos?
    Negócios, política, amantes?
    Todos eles disso falam
    Cuidando ser importantes.

    Têm casas, têm quintas,
    Vinhas e amendoais,
    Têm chalés na praia.
    Arre porra que é de mais.

    O meu avô e o meu pai
    Sem cheta, sem um vintém
    Não me deixaram olivais
    Nunca roubaram ninguém.

    Honestos trabalhadores
    deram aos filhos fome
    Enquanto estes senhores
    Dizem todos: Pança, come.

    Andam às voltas à praça
    (acho que isto tem graça)
    P,rá digestão fazer
    Pois esposas e amantes
    Vão ter que satisfazer.

    Mas como não conseguem
    Entra aqui minha vingança
    A amante é dele e é minha
    A esposa pede folgança.

    Enquanto os ricos na praça
    Parecem burros à nora,
    Estou na cama da amante
    Ando de dentro p´ra fora.

    Enquanto os ricos na praça
    Passeiam a passo lento
    Estou eu na cama da esposa
    Ando de fora p´ra dentro.


    Poesia recolhida na festa de carnaval, no salão dos bombeiros voluntários de Moncorvo, por Júlia B. Biló. Autores não identificados. Ano 1957.

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  5. AH!Grande Sobrinho!Humor pós António Silva e pré hermaniano!

    TIO

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  6. Não tenho cheta mas, por amor de Deus, que ninguém me tire o prazer de passear na praça! Se isso acontecesse, penso que poucas mais coisas me ligariam a Moncorvo. Aliás, devo ser dos raros "burros" que ali puxam pela nora desta "arte de ser moncorvense" que os Jesuitas terão introduzido entre nós no século XVII. J. Andrade

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  7. Perdão: Gostei muito desta poesia de 1957. E gostaria que alguém dos participantes no desfile em que ela foi apresentada fizesse um relato do mesmo. J. Andrade

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  8. Olá, Amigo António Júlio Andrade:

    Esta versalhada veio das mãos do Tio Zé Sangra. Ele distribuiu papéis com os versos durante o baile de Carnaval (calculo que terá sido na 3ª feira de Carnaval) no salão dos Bombeiros (ao cimo da Canelha).
    No Salão Nobre da Câmara era o baile das meninas ricas; no salão dos Bombeiros era o baile das meninas não-ricas ao qual já iam algumas raparigas da Corredoura. Como pode imaginar-se este baile era muito mais divertido.
    Nos bailes de Carnaval o Tio Zé Sangra , um encanto de homem, cheio de vida e humor, trazia sempre uns versos, uns ditos, uma cena mimada , sempre algo que fazia o povo chorar de tanto rir.
    Se foi ele, ou só ele, o autor destes versos, não sei. A folhinha não estava assinada.
    Quanto a desfiles de Carnaval, lembro-me de alguns, organizados pelas gentes da Corredoura, e bem caçados, diga-se de passagem. A sátira chegava a ser mordaz. Cenas hilariantes em que era evidente o dedo do Tio Zé Sangra, às vezes com uma ajudinha do Sr.Adriano Fernandes e, imagine, do Horácio Espalha.

    Um abraço
    Júlia

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  9. Teresa Lomba:
    Li com muita atenção esta publicação!!! Tema muito importante, pelo menos para mim! Em primeiro lugar tenho de dizer um cão, quem abandona um cão também abandona uma pessoa; não tem escrúpulos. Neste momento não tenho nenhum em casa, mas já tive e vivo num apartamento. Posso dizer que quando ele partiu foi um grande desgosto, ainda hoje o recordo com muita saudade. Não foi por isso que eu tinha minha casa porca, todos os dias eu ia com ele à rua pelo menos três vezes por dia, mas para isso é necessário muito amor para com os animais e isso nem toda a gente tem essa capacidade. Em todo o lado isso acontece infelizmente. E que tal começarem por se juntarem ( isto para quem tem amor a esses seres ) e construírem um Canil, com o minimo de condições, é claro que para isso é necessário voluntariado e algum dinheiro, terreno e material. Mas será que o Sr Presidente da Câmara, com a colaboração de algumas entidades e moradores da Torre de Moncorvo e muita força de vontade, isso não seria uma maneira de recolher os animais abandonados?? É uma sujestão, e u trabalho que não é tão fácil e comodo como deixa-los ao abandono. Peço desculpa se ofendi alguém com algumas palavras e por ser um tema muito importante, mas NÃO peço desculpa a quem abandona os animais e a quem os mal trata. Obrigada a quem perdeu alguns segundos e leu esta minha opinião

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