Dina Wade: Escrito com uma ponta de sarcasmo e muito humor, este artigo apela ao civismo e bom senso mas na minha aopiniao estes problemas so' se resolvem quando a lei se aplica e os"donos" so multados severamente. Hoje em dia temos as nossas cidades ...em um estado lamentavel. Quase nao se pode andar nos passeios sem tirar os olhos do chao devido `a sujudade dos animais. A maioria das pessoas levam-nos a passear e nao limpam depois de fazerem as suas necessidades. Gosto dos animais em geral, mas sao uma responsabilidade e temos que nos ocupar de todos os detalhes, mesmo dos mais desagradaveis. :)
Leonel. A praça de Moncorvo é um exemplo fantástico de planeamento urbanístico. E se há uma "arte de ser moncorvense" ela exprimia-se exactamente no hábito de passear na praça. Há montes de histórias mostrando que em qualquer parte do mundo os entendidos reconheciam a gente de Moncorvo pela sua "arte de passear". E nunca me esqueço de uma das raras recomendações que recebi do director do colégio Campos Monteiro quando ali iniciei a minha carreira de "professor": - António Júlio, também é preciso ensinar os alunos a passear na praça. E muitas vezes, às 6 da tarde, quando acabavam as aulas eu ia com os alunos a passear na praça. Por outro lado, sempre houve quem falasse dos "cães grandes" que passeavam na praça. Como quer que seja há nisto um valor cultural e de natureza sociológica que não devemos desprezar. E nada melhor do que meter neste blog a magnífica poesia escrita pelo meu amigo Carlos Girão e publicada no seu livro "Relógio de Bolso". J. Andrade
O sentido cívico e humor do doutor Sobrinho eram as suas melhores qualidades.Que subtileza... Infelizmente, não foi meu professor.Amigos meus ,que foram seus alunos ,na velha escola industrial,enaltecem o seu sentido de humor.
Não tenho cheta mas, por amor de Deus, que ninguém me tire o prazer de passear na praça! Se isso acontecesse, penso que poucas mais coisas me ligariam a Moncorvo. Aliás, devo ser dos raros "burros" que ali puxam pela nora desta "arte de ser moncorvense" que os Jesuitas terão introduzido entre nós no século XVII. J. Andrade
Perdão: Gostei muito desta poesia de 1957. E gostaria que alguém dos participantes no desfile em que ela foi apresentada fizesse um relato do mesmo. J. Andrade
Esta versalhada veio das mãos do Tio Zé Sangra. Ele distribuiu papéis com os versos durante o baile de Carnaval (calculo que terá sido na 3ª feira de Carnaval) no salão dos Bombeiros (ao cimo da Canelha). No Salão Nobre da Câmara era o baile das meninas ricas; no salão dos Bombeiros era o baile das meninas não-ricas ao qual já iam algumas raparigas da Corredoura. Como pode imaginar-se este baile era muito mais divertido. Nos bailes de Carnaval o Tio Zé Sangra , um encanto de homem, cheio de vida e humor, trazia sempre uns versos, uns ditos, uma cena mimada , sempre algo que fazia o povo chorar de tanto rir. Se foi ele, ou só ele, o autor destes versos, não sei. A folhinha não estava assinada. Quanto a desfiles de Carnaval, lembro-me de alguns, organizados pelas gentes da Corredoura, e bem caçados, diga-se de passagem. A sátira chegava a ser mordaz. Cenas hilariantes em que era evidente o dedo do Tio Zé Sangra, às vezes com uma ajudinha do Sr.Adriano Fernandes e, imagine, do Horácio Espalha.
Teresa Lomba: Li com muita atenção esta publicação!!! Tema muito importante, pelo menos para mim! Em primeiro lugar tenho de dizer um cão, quem abandona um cão também abandona uma pessoa; não tem escrúpulos. Neste momento não tenho nenhum em casa, mas já tive e vivo num apartamento. Posso dizer que quando ele partiu foi um grande desgosto, ainda hoje o recordo com muita saudade. Não foi por isso que eu tinha minha casa porca, todos os dias eu ia com ele à rua pelo menos três vezes por dia, mas para isso é necessário muito amor para com os animais e isso nem toda a gente tem essa capacidade. Em todo o lado isso acontece infelizmente. E que tal começarem por se juntarem ( isto para quem tem amor a esses seres ) e construírem um Canil, com o minimo de condições, é claro que para isso é necessário voluntariado e algum dinheiro, terreno e material. Mas será que o Sr Presidente da Câmara, com a colaboração de algumas entidades e moradores da Torre de Moncorvo e muita força de vontade, isso não seria uma maneira de recolher os animais abandonados?? É uma sujestão, e u trabalho que não é tão fácil e comodo como deixa-los ao abandono. Peço desculpa se ofendi alguém com algumas palavras e por ser um tema muito importante, mas NÃO peço desculpa a quem abandona os animais e a quem os mal trata. Obrigada a quem perdeu alguns segundos e leu esta minha opinião
Dina Wade: Escrito com uma ponta de sarcasmo e muito humor, este artigo apela ao civismo e bom senso mas na minha aopiniao estes problemas so' se resolvem quando a lei se aplica e os"donos" so multados severamente. Hoje em dia temos as nossas cidades ...em um estado lamentavel. Quase nao se pode andar nos passeios sem tirar os olhos do chao devido `a sujudade dos animais. A maioria das pessoas levam-nos a passear e nao limpam depois de fazerem as suas necessidades. Gosto dos animais em geral, mas sao uma responsabilidade e temos que nos ocupar de todos os detalhes, mesmo dos mais desagradaveis. :)
ResponderEliminarLeonel. A praça de Moncorvo é um exemplo fantástico de planeamento urbanístico. E se há uma "arte de ser moncorvense" ela exprimia-se exactamente no hábito de passear na praça. Há montes de histórias mostrando que em qualquer parte do mundo os entendidos reconheciam a gente de Moncorvo pela sua "arte de passear". E nunca me esqueço de uma das raras recomendações que recebi do director do colégio Campos Monteiro quando ali iniciei a minha carreira de "professor": - António Júlio, também é preciso ensinar os alunos a passear na praça. E muitas vezes, às 6 da tarde, quando acabavam as aulas eu ia com os alunos a passear na praça. Por outro lado, sempre houve quem falasse dos "cães grandes" que passeavam na praça. Como quer que seja há nisto um valor cultural e de natureza sociológica que não devemos desprezar. E nada melhor do que meter neste blog a magnífica poesia escrita pelo meu amigo Carlos Girão e publicada no seu livro "Relógio de Bolso". J. Andrade
ResponderEliminarO sentido cívico e humor do doutor Sobrinho eram as suas melhores qualidades.Que subtileza...
ResponderEliminarInfelizmente, não foi meu professor.Amigos meus ,que foram seus alunos ,na velha escola industrial,enaltecem o seu sentido de humor.
A Praça Francisco Meireles
ResponderEliminarNo centro de Moncorvo há uma praça
è um autentico picadeiro
Nela se pavoneiam senhores
Barrigudos com dinheiro.
Andando de cá para lá, de lá para cá
Lembram os burros à nora
Pisando os mesmos passos
De fora p,ra dentro, de dentro p,ra fora.
À volta da praça em bancos
senta-se fauna diferente
dum lado-esposas bisblioteiras
Do outro-amantes também são gente.
E ainda neste cenário
P,ró espéctaculo complementar
Jogam às escondidas
Filhos e zorros a par.
Às esposas não agrada
Toda esta misturada.
Regaladas as amantes
Soltam uma gargalhada.
Os pais são mais tolerantes:
Deixem lá é canalhada.
Que andarão a dizer
Os carecas e os barbudos?
Negócios, política, amantes?
Todos eles disso falam
Cuidando ser importantes.
Têm casas, têm quintas,
Vinhas e amendoais,
Têm chalés na praia.
Arre porra que é de mais.
O meu avô e o meu pai
Sem cheta, sem um vintém
Não me deixaram olivais
Nunca roubaram ninguém.
Honestos trabalhadores
deram aos filhos fome
Enquanto estes senhores
Dizem todos: Pança, come.
Andam às voltas à praça
(acho que isto tem graça)
P,rá digestão fazer
Pois esposas e amantes
Vão ter que satisfazer.
Mas como não conseguem
Entra aqui minha vingança
A amante é dele e é minha
A esposa pede folgança.
Enquanto os ricos na praça
Parecem burros à nora,
Estou na cama da amante
Ando de dentro p´ra fora.
Enquanto os ricos na praça
Passeiam a passo lento
Estou eu na cama da esposa
Ando de fora p´ra dentro.
Poesia recolhida na festa de carnaval, no salão dos bombeiros voluntários de Moncorvo, por Júlia B. Biló. Autores não identificados. Ano 1957.
AH!Grande Sobrinho!Humor pós António Silva e pré hermaniano!
ResponderEliminarTIO
Não tenho cheta mas, por amor de Deus, que ninguém me tire o prazer de passear na praça! Se isso acontecesse, penso que poucas mais coisas me ligariam a Moncorvo. Aliás, devo ser dos raros "burros" que ali puxam pela nora desta "arte de ser moncorvense" que os Jesuitas terão introduzido entre nós no século XVII. J. Andrade
ResponderEliminarPerdão: Gostei muito desta poesia de 1957. E gostaria que alguém dos participantes no desfile em que ela foi apresentada fizesse um relato do mesmo. J. Andrade
ResponderEliminarOlá, Amigo António Júlio Andrade:
ResponderEliminarEsta versalhada veio das mãos do Tio Zé Sangra. Ele distribuiu papéis com os versos durante o baile de Carnaval (calculo que terá sido na 3ª feira de Carnaval) no salão dos Bombeiros (ao cimo da Canelha).
No Salão Nobre da Câmara era o baile das meninas ricas; no salão dos Bombeiros era o baile das meninas não-ricas ao qual já iam algumas raparigas da Corredoura. Como pode imaginar-se este baile era muito mais divertido.
Nos bailes de Carnaval o Tio Zé Sangra , um encanto de homem, cheio de vida e humor, trazia sempre uns versos, uns ditos, uma cena mimada , sempre algo que fazia o povo chorar de tanto rir.
Se foi ele, ou só ele, o autor destes versos, não sei. A folhinha não estava assinada.
Quanto a desfiles de Carnaval, lembro-me de alguns, organizados pelas gentes da Corredoura, e bem caçados, diga-se de passagem. A sátira chegava a ser mordaz. Cenas hilariantes em que era evidente o dedo do Tio Zé Sangra, às vezes com uma ajudinha do Sr.Adriano Fernandes e, imagine, do Horácio Espalha.
Um abraço
Júlia
Teresa Lomba:
ResponderEliminarLi com muita atenção esta publicação!!! Tema muito importante, pelo menos para mim! Em primeiro lugar tenho de dizer um cão, quem abandona um cão também abandona uma pessoa; não tem escrúpulos. Neste momento não tenho nenhum em casa, mas já tive e vivo num apartamento. Posso dizer que quando ele partiu foi um grande desgosto, ainda hoje o recordo com muita saudade. Não foi por isso que eu tinha minha casa porca, todos os dias eu ia com ele à rua pelo menos três vezes por dia, mas para isso é necessário muito amor para com os animais e isso nem toda a gente tem essa capacidade. Em todo o lado isso acontece infelizmente. E que tal começarem por se juntarem ( isto para quem tem amor a esses seres ) e construírem um Canil, com o minimo de condições, é claro que para isso é necessário voluntariado e algum dinheiro, terreno e material. Mas será que o Sr Presidente da Câmara, com a colaboração de algumas entidades e moradores da Torre de Moncorvo e muita força de vontade, isso não seria uma maneira de recolher os animais abandonados?? É uma sujestão, e u trabalho que não é tão fácil e comodo como deixa-los ao abandono. Peço desculpa se ofendi alguém com algumas palavras e por ser um tema muito importante, mas NÃO peço desculpa a quem abandona os animais e a quem os mal trata. Obrigada a quem perdeu alguns segundos e leu esta minha opinião