O maquinista, de seu nome Trindade, homem de boas pingas e petiscos, sem pressas, pouco cumpridor de horários, em tudo que eram estações e apeadeiros lá parava a traquitana e zás…quase toda a minha gente saía e…toca!!!…vamos a copos e pataniscas, e mais meia de conversa fiada.
O Trindade era o ” mestre da banda” e o maior vencedor nos copázios de três, dum tinto bem graduado.
Mas a
viagem tinha que continuar: mais estações e apeadeiros e o faduncho continuava
por aí adiante e cada vez mais o álcool
lhes toldava a cachimónia especialmente à do nosso maquinista.
“ O comboio até voava, dava saltos como daqui até ao canto da sala” -
dizia o ti “Putória” para os netos e
amigos a quem contava a inédita viagem.
A certa altura,
o comboio tinha, obrigatoriamente, que
parar na estação de Carviçais. Só que a
” bolina” era tanta, que o maquinista Trindade
nem sequer se apercebeu dos violentos movimentos da bandeira vermelha e dos
estridentes apitos de perri… perri… perri... que o chefe da estação lhe fazia para
o obrigar a parar.De súbito, o amigo Trindade deitou a cabeça de fora da janelinha da máquina e, virado para o chefe, respondeu-lhe em tom bem alto e altivo:
-Qual perri… perri…
qual cara…ho!!! Isto tem rodas é prá andar…
E dizia o ti “Putória” que aquilo foi um ver se te
avias … só pararam em Moncorvo.-O Arnaldo Massa contou, a Júlia vai ler.
NOTA -- Amigos Blogueiros: A Júlia leu e riu à gargalhada. Entretanto, a Júlia lembrou-se que alguém, em comentário, já perguntou se são apenas as mulheres a escrever. Como vêem, (pois sei que todos vão ler e comentar) aqui temos um homem a contar uma estória das antigas, falando de homens muito machos e de um modo muito … vivo. Eu já me diverti . Agora é a vossa vez.J.R.
Olá Sr.Lelo de Moncorvo!
ResponderEliminarCom esta é que eu não contava...Valha-me "Jasus" que isto é do "catancho"...e, ainda não o viram a contar estas e ,outras bem mais "castiças" ao vivo...Com esta é que eu não contava...A Julinha tem que o conhecer!Bjs da Irene
Olá Arnaldo.
ResponderEliminarParabéns pela tua estória, confesso que ri até dizer chega.
("A verdade o mais belo nome da realidade, é uma vagabundagem divina" Platão).
Para dizer que gostei da tua escrita libertina.
Um Abraço e bom Natal.
Manuel Sengo
Depois do Natal, vim ver OS FARRAPOS - Ora aqui está um homem que se atreveu a contar uma estória de homens e com escrita de homem . Parabéns.
ResponderEliminarMª do Céu Afonso
Este texto é muito bom e muito bem escrito. Mande mais amigo Arnaldo Massa.
ResponderEliminarBom 2012
Vítor Santos
Entrada de leão neste blogue.Parabéns senhor Massa.É em plena crise que nós precisamos de nos rir e de massa.Venha mais.
ResponderEliminarEduardo
De facto, tenho de conhecer toda a Família.
ResponderEliminarDo Luis, da Ireninha e do seu marido já faço uma ideia.
Mas que grande contador de estórias aqui temos. Amigo Arnaldo : a sua escrita é de se lhe tirar o chapéu !
Abraços para vós todos.
Júlia
Olá,
ResponderEliminarsó agora li a sua história e ri à gargalhada, mas ao vivo....
É que quem leu a história e conhece o nosso amigo diz para os botões:
"faltam aqui aqueles piiiiis todos, das frases típicas do nosso amigo".....
continue, rir é o melhor remédio para a crise!
beijo
Isabel
ola amiga Isabel!...como esta tenho mais mas como são um pouco apimentadas... e as estórias são como as chouriças das minhas bandas,sem pimentão não sabem a nada,e a minha Irene não gosta de pimentão, porque que lhe faz mal ás tripas e ao paladar...portanto fico me por aqui porque senão não haveria fraldas para aguentar tanto chichi!...de tanta risota.Talvez um dia mais tarde quando já for mais velhote...pois que aos velhos e ás crianças tudo se tolera e perdoa Bji...nhos.
ResponderEliminarObrigado a todos do V/Arnaldo Massa
Gostei, achei genuíno e puro..era assim, era gente da terra pura e sábia... Mas também é maravilhosa a sabedoria de tão ilustre "contador"..muito obrigada senhor Massa.
ResponderEliminar