domingo, 10 de março de 2013

Rasteira ,por Armando Sena

De fobias, percalços e embaraços
Repentina e persistente melancolia
Corre, deambula em ousadia
Desatina e estrebucha envolta em braços

Vassalo é o fragor que a dor consome
Afago as tristes rugas com a mão
De toda essa vasta imensidão
Sobra a tristeza que não dorme

E, por fim em ti bate certeira
Cínica e sempre repentina
Envolta em laivos de ruína
A típica, vil, cruel rasteira

1 comentário:

  1. "A típica, cruel e vil rasteira"
    Sabemos bem - e sem metáforas - que tudo o que rasteja é repelente, com excepção das violetas e das margaridas que, rasteirinhas (e não rasteiras), formam tapetes floridos e perfumados.

    Um abraço
    Júlia Ribeiro

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