Desenhei o esboço desta aguarela numa paragem que fizemos na descida para o Côa. Íamos ver as pinturas rupestres.Depois o esboço andou muito bem "perdido" dentro das Terras do Demo,do Mestre Aquilino.Voltei a pegar no livro,encontrei o esboço e acabei a aguarela.O meu bisavô materno,deixou Trás os Montes(Castro Vicente) com 10 anos. Sózinho seguiu para o Brasil.Voltou para Portugal quando a filha tinha 10 anos.Quando eu tinha a mesma idade, fui pela primeira vez às terras onde o meu bisavô nasceu..e fiquei fascinada pela imensidão das serras que se confundiam lá longe com os céus e os mares. Bisneta de Trás os Montes eu sou. Beatriz Lamas Oliveira
Em 2010 comecei a utilizar a aguarela para expressar uma outra forma de sentir: mais plástica, menos autobiográfica, igualmente intuitiva. A aguarela como meio foi utilizada para descrever uma paisagem urbana e suburbana que eu sinto que está a mudar muito rapidamente e tem pinceladas de muita nostalgia e de muita ironia. Comecei a viajar sempre com o bloco e as canetas para fazer esboços. A Aguarela têm a vantagem da rapidez do esboço. Beatriz Lamas Oliveira
A urze é um arbusto de caule muito delgado mas tem uma espécie de nabo ao fundo, por cima raízes. A essa protuberância dá-se o nome de torga. E as torgas são a lenha que entre todas fornece mais calor, a única lenha que conseguem fazer derreter as pedras de ferro. Por ser assim dura e rija é que os antigos mineiros usavam as torgas nos fornos de fazer ferro. Por outro lado, sendo o caule muito direito e rijo era escolhido para fabricar os fusos com que se fiava a lã. Eu sou do tempo em que nas aldeias de Trás-os-Montes a primeira prenda que um rapaz oferecia a uma rapariga com quem tencionava casar era exactamente um fuso. E para o fabricar procurava-se um caulu de uma urze. J. Andrade
Eu tive um professor da Histária da Alimentação ao longo dos tempos da evolução da espécia humana. Era exactamente assim que ele dava as aulas:contando a história de como os povos timham aprendido a tirar partido do ambiente que os rodeava ,descobrindo as melhores e mais saudáveis formas de cozinhar as alimentos de que dispunham e de além disso aproveitarem de raízes,folhas,caules,e hastes para construirem os utensilios de que precisavam para entretecer os adornos,os diversos objectos,os medicamentos, o vestuário de que precisavam. Não fora a enorme ligação dos povos à natureza envolvente nunca teríamos resistido como espécie. As pessoas agora não respeitam a Natureza porque não sabem sequer os recursos que espezinham..!Obrigada por nos contar a história da urze,da torga,do minério do ferro,dos fusos e do tecer da lã!
E foi por ser assim, rije, capaz de moldar, até o ferro, que Miguel "TORGA" a escolheu para seu pseudónimo. Não sabia eu que a flor era a urze.Obrigada A.A.
Desenhei o esboço desta aguarela numa paragem que fizemos na descida para o Côa. Íamos ver as pinturas rupestres.Depois o esboço andou muito bem "perdido" dentro das Terras do Demo,do Mestre Aquilino.Voltei a pegar no livro,encontrei o esboço e acabei a aguarela.O meu bisavô materno,deixou Trás os Montes(Castro Vicente) com 10 anos. Sózinho seguiu para o Brasil.Voltou para Portugal quando a filha tinha 10 anos.Quando eu tinha a mesma idade, fui pela primeira vez às terras onde o meu bisavô nasceu..e fiquei fascinada pela imensidão das serras que se confundiam lá longe com os céus e os mares.
ResponderEliminarBisneta de Trás os Montes eu sou.
Beatriz Lamas Oliveira
Em 2010 comecei a utilizar a aguarela para expressar uma outra forma de sentir: mais plástica, menos autobiográfica, igualmente intuitiva. A aguarela como meio foi utilizada para descrever uma paisagem urbana e suburbana que eu sinto que está a mudar muito rapidamente e tem pinceladas de muita nostalgia e de muita ironia.
ResponderEliminarComecei a viajar sempre com o bloco e as canetas para fazer esboços. A Aguarela têm a vantagem da rapidez do esboço.
Beatriz Lamas Oliveira
Que magnifico mar de montes escapelados!
ResponderEliminarA urze é um arbusto de caule muito delgado mas tem uma espécie de nabo ao fundo, por cima raízes. A essa protuberância dá-se o nome de torga. E as torgas são a lenha que entre todas fornece mais calor, a única lenha que conseguem fazer derreter as pedras de ferro. Por ser assim dura e rija é que os antigos mineiros usavam as torgas nos fornos de fazer ferro.
ResponderEliminarPor outro lado, sendo o caule muito direito e rijo era escolhido para fabricar os fusos com que se fiava a lã. Eu sou do tempo em que nas aldeias de Trás-os-Montes a primeira prenda que um rapaz oferecia a uma rapariga com quem tencionava casar era exactamente um fuso. E para o fabricar procurava-se um caulu de uma urze. J. Andrade
Eu tive um professor da Histária da Alimentação ao longo dos tempos da evolução da espécia humana. Era exactamente assim que ele dava as aulas:contando a história de como os povos timham aprendido a tirar partido do ambiente que os rodeava ,descobrindo as melhores e mais saudáveis formas de cozinhar as alimentos de que dispunham e de além disso aproveitarem de raízes,folhas,caules,e hastes para construirem os utensilios de que precisavam para entretecer os adornos,os diversos objectos,os medicamentos, o vestuário de que precisavam. Não fora a enorme ligação dos povos à natureza envolvente nunca teríamos resistido como espécie. As pessoas agora não respeitam a Natureza porque não sabem sequer os recursos que espezinham..!Obrigada por nos contar a história da urze,da torga,do minério do ferro,dos fusos e do tecer da lã!
ResponderEliminarE foi por ser assim, rije, capaz de moldar, até o ferro, que Miguel "TORGA" a escolheu para seu pseudónimo.
ResponderEliminarNão sabia eu que a flor era a urze.Obrigada
A.A.