Vai ficar muito bonita a nova ponte.O rio cheio,boas estradas e a proximidade do Douro são portas que se abrem ao desenvolvimento.Vejam o Douro e a empresa DOURO AZUL.Força moncorvenses. L.A.Guardado
Compreendo, mas dói muito.Ali a jusante da ponte na margem esquerda do rio sabor, quando deixa de se ver,é o fragão, por cima a quinta da pega, ali viveu a "tia" Lucinda espanhola que montava um cavalo como um homem. Por ali criou os filhos, sem homem que lhe cheirasse as saias. Era comadre da minha mãe por lhe ter batizado a filha Fernanda (Fernanda espanhola) de quem eu sou compadre por lhe ter batizado a sua filha Alcina, imigrada em França. Então esta zona do rio, o fragão, viu-me crescer. Por ali apanhava com as minhas irmãs, rãs, lampreia, enguia, barbos e bogas com a ajuda do meu pai. Nós crianças o que apanhávamos melhor eram os mexilhões. Por ali, naquelas olgas se viam as lontras, raposas, coelhos e lebres. Isto lá para o início dos anos 60/65. Mas naquela altura não havia a proteção que felizmente há hoje ás espécies. Na altura armavam-se os ferros ás lontras e ás outras espécies que já referi, por um lado protejendo as culturas e por outro servia a sua carne para a alimentação, nada sendo desperdiçado pois as peles eram também parte de aproveitamento, especialmente da lontra e raposa.No fragão até carpas vermelhas havia. Agora com a barragem até as frieiras do bico da ribeira vão desaparecer. A D.ra Júlia que tão bem retrata a vida da corredoura no seu pequeno livro que tenho à minha cabeceira, talvez ainda arranje condições, com o apoio da câmara municipal, de fazer alguns registos de coisas que o tempo varrerá se agora nada for feito. A minha tia Luz, mulher do meu tio Zé da Regina (tio de sangue, irmão da minha mãe), ainda está muito boa das suas lembranças. Certamente que algum legado oral se manterá, mas, é necessário correr contra o tempo. Filipe Rua
Vai ficar muito bonita a nova ponte.O rio cheio,boas estradas e a proximidade do Douro são portas que se abrem ao desenvolvimento.Vejam o Douro e a empresa DOURO AZUL.Força moncorvenses.
ResponderEliminarL.A.Guardado
Compreendo, mas dói muito.Ali a jusante da ponte na margem esquerda do rio sabor, quando deixa de se ver,é o fragão, por cima a quinta da pega, ali viveu a "tia" Lucinda espanhola que montava um cavalo como um homem. Por ali criou os filhos, sem homem que lhe cheirasse as saias. Era comadre da minha mãe por lhe ter batizado a filha Fernanda (Fernanda espanhola) de quem eu sou compadre por lhe ter batizado a sua filha Alcina, imigrada em França. Então esta zona do rio, o fragão, viu-me crescer. Por ali apanhava com as minhas irmãs, rãs, lampreia, enguia, barbos e bogas com a ajuda do meu pai. Nós crianças o que apanhávamos melhor eram os mexilhões. Por ali, naquelas olgas se viam as lontras, raposas, coelhos e lebres. Isto lá para o início dos anos 60/65. Mas naquela altura não havia a proteção que felizmente há hoje ás espécies. Na altura armavam-se os ferros ás lontras e ás outras espécies que já referi, por um lado protejendo as culturas e por outro servia a sua carne para a alimentação, nada sendo desperdiçado pois as peles eram também parte de aproveitamento, especialmente da lontra e raposa.No fragão até carpas vermelhas havia. Agora com a barragem até as frieiras do bico da ribeira vão desaparecer.
ResponderEliminarA D.ra Júlia que tão bem retrata a vida da corredoura no seu pequeno livro que tenho à minha cabeceira, talvez ainda arranje condições, com o apoio da câmara municipal, de fazer alguns registos de coisas que o tempo varrerá se agora nada for feito. A minha tia Luz, mulher do meu tio Zé da Regina (tio de sangue, irmão da minha mãe), ainda está muito boa das suas lembranças. Certamente que algum legado oral se manterá, mas, é necessário correr contra o tempo.
Filipe Rua