I II
Regatos e vales cheios de alegria Do amanhecer ao sol - pôr
Balidos de ovelhas a pastar Ouvem -se mé més de alegria
E o pastor-só dos muitos que havia E falas mansas de seu pastor
Contenta-se com o cajado a assobiar. Construindo esperanças vazias
III IVBalidos de ovelhas a pastar Ouvem -se mé més de alegria
E o pastor-só dos muitos que havia E falas mansas de seu pastor
Contenta-se com o cajado a assobiar. Construindo esperanças vazias
O pastor Ramiro sem surrão Faça chuva, sol ou vento de trovão
Com assobios de simples melodias O pastor sonha sustento de futuro
Acaricia as ovelhas com sua mão Recordando pais e avós do coração
Por montes e vales todos os dias Quando ao sol come o queijo duro
V VI
Na Primavera alegram-se na verdura Pelo meio -dia canta seu fado
Brincam cordeiros de cheiro e fragrância O irmão das voltas e seu pastor
Suas mães ensaiam berros de partitura De inverno há lágrimas do Diabo
Enquanto a passarada salta de ganância Na Páscoa soltam-se hossanas de louvor
VII VIII
Desprendem-se piçarros e coriscos No bardo ordenha-se leite cheio
Nas noites sem lua e sem cear Esperando cardo de coalhar
Ah! e as bruxas do verde trovisco Na francela faz-se vida a recheio
Que meus cordeiros háo -de guardar Com mãos calejadas de apertar
IX X
Nos regatos escuros de Inverno E o pastor Ramiro de Remondes
Chora-se rachelo e ouve -se lobo a uivar Vai pastoreia o rebanho seu encanto
Esta vida é doce e quente como inferno Pisando pedras, flores e montes
Faltando ervas e noites de luar Apreciando passos de verde manto.
Esperando o cardo de coalhar
Um curso intensivo de "ovelhês". Para ver repetidamente :)
ResponderEliminarUm abraço
Virgínia
Há um erro de interpretação,é a nova linguagem da troyca e o rebanho do governo vai-lhe comer à mão.O cão já todos sabemos qual é.Paradoxos do regime:relvas que se alimentam de cartuchos de sangue feitos com euros.
ResponderEliminarMé
Um abraço de Parabéns para o rapazinho do Felgar,traquina ,mas respeitador...
ResponderEliminarDa rapariguita de Urros ,que tinha uma Mãe com um gatinho confidente,que era a sua companhia...
Continue não só a escrever,mas a comentar os belos textos dos nossos queridos "farrapos",os "farrapos" da nossa infância perdida.
Como é possível que me tenha escapado o "Hino ao Pastor Remondes" ? Abri o vídeo, ouvi os sons, mas não vi o poema. Eu devia estar cegueta. Peço desculpa ao Artur Salgado e deixo-lhe aqui os meus parabéns e um grande abraço.
ResponderEliminarJúlia Ribeiro
Isto é o amor de Artur Salgado pela sua terra,pela sua gente.
ResponderEliminarAbraço amigo.
Uma moncorvense