A câmara de Torre de Moncorvo pretende avançar com a recuperação da antiga escola primária de Felgar para receber aí o espólio arqueológico de interesse resultante das escavações em curso na área de Cilhades, a cargo da EDP.
"Defendemos que o espólio resultante das escavações em curso em Cilhades e Castelinho venha a ficar em Felgar e, para o efeito, propomos a recuperação da antiga escola primária, já que o imóvel tem condições para o efeito, dispondo de seis salas e de uma considerável área coberta", avançou à Lusa o presidente da autarquia, Aires Ferreira.
Agora, a câmara vai formalizar a proposta às entidades competentes, para a criação de espaço museológico, que terá como finalidade albergar os materiais resultantes das escavações e que, na opinião do autarca, "são cobiça de outros apetites".
A diretora regional de Cultura do Norte (DRCN), Paula Silva, disse que é de todo o mérito que o espólio resultante das escavações venha a ser preservado, para assim se perpetuar a memória dos locais em estudo.
"Todo o material recolhido tem interesse. Agora, em articulação com IGESPAR, vamos estudar a melhor forma de guardar os materiais e ver qual será o de maior interesse para ser disponibilizado ao público", acrescentou a responsável da DRCN.
Apesar da sugestão do autarca de Torre de Moncorvo em expor os materiais num pequeno museu em Felgar, Paula Silva, disse que essa é uma das hipóteses que está em cima da mesa.
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"Para já, ainda não está nada decidido, porque as escavações ainda estão a decorrer. No entanto, a ideia avançada é interessante e vamos ter de a analisar", concluiu Paula Silva.
A EDP tem em estudo a área mais "paradigmática" do conhecimento arqueológico, histórico e etnológico da futura albufeira do Baixo Sabor, localizada na zona do antigo povoado de Cilhades.
Toda aquela zona arqueológica composta pela necrópole do antigo povoado medieval de Cilhades e castro do Castelinho vai ficar submersa, após o enchimento da albufeira do Baixo Sabor, processo que deverá acontecer até abril de 2013.
Lusa
Ver:http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=6486&Itemid=43
Ver:http://www.brigantia.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=6486&Itemid=43
Fotos do arquivo do blogue.
Acabada de ler a noticia supra nestes " Farrapos da Memória", citando a Lusa,nela podemos ver que o Felgarense e autarca Aires Ferreira em boa hora lhe ocorreu que a antiga Escola Primária sirva para conservar o espólio arqueológico que nos últimos tempos os especialistas tem posto a descoberto e estudado no âmbito dos trabalhos da Barragem do Baixo Sabor, sobretudo no sítio do Laranjal e do Castelinho. Não será demais fazer valer os argumentos junto das entidades ligadas à Cultura e a outras instituições e junto da própria EDP que de facto os valores culturais e imateriais do passado merecem ser salvaguardados.O património cultural local, regional e nacional ficam mais enriquecidos ao mesmo tempo que a nossa memória histórica se fortalece. Se me permite o meu conterrâneo Aires Ferreira,a Junta de Felgar e todos os habitantes da Freguesia, do Souto da Velha e outros espalhados pela diáspora, gostaria de propôr que o futuro núcleo museológico a instalar na Antiga Escola em que eu e muitos aprendemos os primeiros rudimentos da nossa língua pudesse designar-se (?) Núcleo Museológico ou Centro Cultural Professor Amândio Cosme. Seria uma forma dupla: a de perpetuar os vestígios dos nossos antepassados de Cilhades e ao mesmo perpetuar a Gratidão de muitas gerações de felgarenses pelo labor intelectual e cívico do saudoso Professor Cosme.
ResponderEliminarBelo texto de Artur Salgado,bem escrito ,lúcido e justo.A ideia de homenagear o professor Cosme revela um humanismo que é cada vez mais raro .Vamos defender as duas propostas aqui registadas.Cilhades pertence ao Felgar e todo seu espólio.A tentativa de usurpar o que é nosso para o museu de Bragança é lamentável.O tempo em que o concelho de Torre de Moncorvo consentia o saque ACABOU!
ResponderEliminarAntónio G.
Discordo totalmente! Porque não fazer como em Foz-Côa? Um Museu de acordo com o valor arqueológico dos achados. Ou só tem valor o que vem em editoriais do New York Times ? Neste caso até há material para exposição dentro do museu, o que não acontece no caso citado, que ficou tudo no local. Aproveitar um edifício é criar condições para nunca mais se fazer obra nova e digna!
ResponderEliminarF. Garcia
Mirandela
Oxalá se recuperassem todas as escolas primárias antigas e degradadas que não estão em funções e nelas se conservasse e expusesse o património cultural que todas as localidades,onde existem esses edifícios,possuem.Nem só o que é novo de raíz tem qualidade e dignidade.
ResponderEliminarUma moncorvense
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