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Estará presente Maria da Conceição Tina Melhorado. Trata-se da menina da fotografia de Gérald Bloncourt (A Terra do Chiculate, p. 86). Maria da Conceição dará o seu testemunho da sua passagem a salto para França ainda criança e da sua vivência, durante dois anos, num bidonville de Paris. Também falará do seu encontro com Gérald Bloncourt, no passado mês de Junho, e da fotografia que ele lhe tirou na actualidade. |
Excelente notícia.
ResponderEliminarPara quando em Moncorvo e já agora em Felgueiras.Temos muito orgulho em si.
ResponderEliminarQue maravilha saber quantos ilustres cresceram nestas terras de Trás-os-Montes!
ResponderEliminarArinda Andrés
Podem colocar as duas fotografias de Maria da Conceição Tina Melhorado?Divulguem esta obra e todas que falem da emigração.Nos anos 60 o nosso concelho perdeu metade da população e essa epopeia tem que ser contada .Obrigado drªIsabel pelo que tem feito.
ResponderEliminarLeitor
Felgueiras é a terra da autora, de Martins Janeira e de António J.Andrade.
ResponderEliminarObrigada a todos! Obrigada ao blogue Farrapos de Memória!
ResponderEliminarA Terra do Chiculate será apresentada por Rogério Rodrigues,no dia 27 de Agosto, pelas 15h, em Moncorvo, na Biblioteca Municipal.
Contamos com a presença de todos!
Abraço,
Isabel Mateus
A informação relativa ao livro A Terra do chiculate está disponível no website (www.isabelmateus.com ), partir do qual também se poderá comprar o livro.
ResponderEliminarA Terra do Chiculate pretende retratar as vicissitudes da emigração portuguesa, maioritariamente clandestina, em França, a partir dos anos 60, e revelar as suas consequências positivas e negativas transportadas até ao presente, quer na pátria, quer no país de acolhimento.
Ao mostrar o difícil passado recente da emigração portuguesa, A Terra do Chiculate alerta, igualmente, para a vigência e a actualidade do tema da emigração clandestina neste início de século.
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A obra divide-se em três partes e dá voz, através dos seus relatos, na primeira pessoa, aos seus “reais protagonistas”. Deste modo, os protagonistas do livro partilham com o leitor a sua realidade mais íntima que, em muitos casos, ainda não tinha sido exteriorizada, inclusive, no seio da própria família.
Na primeira parte, intitulada “Naufrágio”, a narração da criança, entregue aos cuidados da avó materna, com apenas 12 meses, centra-se nas suas memórias indeléveis da infância e da juventude, exprimindo, sobretudo, o modo como a ausência dos seus pais se reflecte, de forma nefasta, na sua vida. Aliás, a sua experiência individual remete a temática para um panorama mais vasto, pois a sua situação vai ao encontro da mesma realidade familiar e social de tantas outras crianças e jovens do Portugal rural, principalmente do Norte e Interior do país, durante a época da Ditadura.
A segunda parte, “Viagem(ns)”, trata dos percursos de vida daqueles que deram “o salto”, isto é, dos seus sucessos e infortúnios provenientes desta epopeia da era moderna. Entre outras, aqui perpassam as histórias do passador, da criança e dos jovens arrancados à terra de origem, bem como as referentes aos homens e às mulheres e aos seus muitos trabalhos que passaram para se adaptarem ao novo país, à língua e à cultura.
No presente, “os protagonistas” mais idosos desta efeméride deparam-se com outro tipo de problemas: surge o dilema do regresso para Portugal ou da sua permanência em França ou, então, a opção pelo contínuo vaivém entre os dois países, até que as suas forças físicas e psicológicas o permitam.
Quanto às várias gerações de luso-descendentes, debatem-se pela procura e pela afirmação da sua identidade portuguesa, resolvendo deste modo o conflito, por vezes existente, entre o desequilíbrio da influência das culturas francesa e lusa.
A última parte da obra resulta das impressões de viagem do narrador adulto em peregrinação pelos espaços da diáspora dos primeiros emigrantes portugueses, onde se incluem os seus próprios pais, os seus familiares e os seus amigos. A partir daqui, pretende-se que as suas reflexões e considerações elucidem o leitor acerca deste período da emigração ainda mal conhecida por muitos e, até então, com aspectos por desmistificar.
Podemos concluir que nestes relatos as vozes do Passado e do Presente se fundem e se confrontam, tendo o objectivo primordial de dar continuidade ao seu legado da portugalidade no país de acolhimento, ao mesmo tempo que se reafirma a mesma intenção em relação ao território português.
ISABEL MARIA FIDALGO MATEUS nasceu nas Quintas do Corisco, Felgueiras — Torre de Moncorvo, em 1969, na década em que mais portugueses passaram a fronteira a salto com destino a França.
ResponderEliminarLicenciou-se em Português Francês na Universidade de Évora. Leccionou durante dez anos no ensino secundário em Portugal. Em 2001 emigrou para o Reino Unido. Aí prosseguiu os seus estudos na Universidade de Birmingham, onde obteve o grau de Doutor (PhD—Hispanic Studies) e na qual também ensinou língua e literatura.
Em edição da Gráfica de Coimbra 2 deu a lume, em Agosto de 2007, a obra a Viagem de Miguel Torga. Estreou-se na ficção com Outros Contos da Montanha, em Janeiro de 2009. Ainda em Dezembro do mesmo ano, publicou a colectânea de contos O Trigo dos Pardais, cujo tema reverte para a evocação das brincadeiras da infância em comunhão com a Natureza.
Na obra A Terra do Chiculate — Relatos da Emigração Portuguesa, a Autora contempla o fenómeno da emigração clandestina para França durante os anos 60 e as suas repercussões até ao presente pela voz dos "reais protagonistas". A seguir à pungente perspectiva infantil da primeira parte, surgem, durante a segunda, as confissões do passador, do emigrante do "bidonville", do torna-viagem, do empresário de sucesso, do "clochar" e de muitos outros intervenientes neste movimento migratório. Para, na última parte da obra, o leitor se dar conta que o eu inicial da criança apenas amadureceu devido à sua actual Peregrinação pelos meandros da problemática da emigração.
É com muito prazer que tomo conhecimento da apresentação do livro da dra.Isabel Mateus no dia 27 de Agosto em Moncorvo.É também com muito prazer e orgulho que espero estar presente para lhe dar um beijinho pelo seu excelente trabalho que tanto nos honra e enobrece.Para quem pensa que a provincia é um obstáculo para se alcançar conhecimento, cultura...e, consequentemente, abraçar uma grande carreira, a Dra.Isabel é bem o exemplo que prova o contrário.Parabéns Isabel.Bjinhos.
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