A primeira Central Solar Fotovoltaica Flutuante da Europa foi instalada para o aproveitamento hidroelétrico da albufeira do Alto Rabagão, no concelho de Montalegre.
“É um projecto arrojado, inovador e prestigiante para a EDP mas também para o Município de Montalegre. Faz com que possamos contribuir para que o nosso governo consiga cumprir os acórdãos de Paris e as metas de defesa e preservação do planeta”, congratulou-se o presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Orlando Alves, durante a cerimónia de inauguração, que contou também com a presença do secretário de Estado do Ambiente.
Trata-se de um projecto pioneiro que está em fase de testes e onde a empresa investiu 450 mil euros. São 840 painéis solares flutuantes numa espécie de jangada, com uma produção anual estimada de 300 MWh, o equivalente ao consumo de 100 famílias.
“Felicito a empresa que escolheu Montalegre para investimentos pioneiros. Lembro que a EDP tem, cada vez mais, a obrigação de contribuir para a sustentabilidade do território”, desafiou ainda o autarca de Montalegre. A Central Solar Fotovoltaica Flutuante do Alto Rabagão arrancou em Novembro de 2016 e, até ao final de Junho, ultrapassou as metas de produção em 6 por cento, ainda que este sucesso possa ser até certo ponto ser explicado por um “ano atípico”, muito sol, vento e pouca chuva. A avaliação da viabilidade técnica e comercial será feita ao fim do primeiro do ano de produção desta unidade.
A solução poderá, posteriormente, ser usada noutras barragens exploradas pela EDP em Portugal e há a possibilidade de o projecto ser levado para o Brasil onde a eléctrica tem centrais hídricas. Para o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, este “é um projecto muito importante para o ambiente”. E o governante explicou: “está, desde logo, alinhado com as nossas preocupações com as energias renováveis. Do ponto de vista da economia, é bom que seja uma empresa portuguesa a desenvolvê-lo. Espero que seja um exemplo replicado por outras entidades públicas”.
Carlos Martins destacou ainda a circunstância de haver naquele local muita energia eólica hídrica, colocando o Município de Montalegre “numa situação muito particular”. E o secretário de Estado espera que “seja motivo para a fixação de empresas consumidoras de electricidade. Seria uma oportunidade de atractividade e uma solução para o despovoamento, promovendo a coesão territorial”.
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